A Fórmula 1 segue neste fim de semana para o Autódromo Hermanos Rodriguez, para disputar o GP do México. Esta rodada tripla conta com circuitos que são conhecidos pelos competidores.
O circuito que recebe a próxima etapa do calendário tem o seu formato comparado ao circuito de Monza, na Itália, mas as características remetem ao traçado do GP do Azerbaijão.
Para essa edição do GP do México, a Pirelli optou por substituir a gama intermediária de pneus, pela gama macia de compostos, o que pode dar uma dinâmica diferente para a prova de 2023. Os competidores terão disponíveis os compostos: C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio).
A Pirelli experimentou esse tipo de gama em 2019, quando a categoria ainda usava o aro 13, mas por conta da abrasividade, a fornecedora de compostos acabou recuando na ideia e voltou a fornecer a gama intermediária para o evento em 2021.
A granulação é observada neste traçado, com os carros deslizando mais por conta do efeito aerodinâmico que é reduzido por conta da alta altitude. A prova no México é disputada a mais 2.200 metros acima do nível do mar. O ar é mais rarefeito afeta os motores e a aerodinâmica, os carros contam com menos downforce especialmente quando estão em velocidades mais baixas.
“A segunda parada da excursão norte-americana da Fórmula 1 acontece na Cidade do México, no circuito que leva o nome de Pedro e Ricardo Rodriguez: os irmãos que foram heróis do motorsport local nas décadas de 1960 e 1970. A pista, localizada na zona oeste da cidade, tem pouco mais de quatro quilômetros de extensão, com 17 curvas”, disse Mario Isola, diretor de motorsport da Pirelli.
Sem o formato sprint, os times têm mais tempo para preparar os carros e sentir os compostos que vão acompanhá-los ao longo do fim de semana. No nível de abrasividade da Pirelli, a pista está apenas no grau 2, pois o asfalto não é muito rugoso, mas isso acaba interferindo diretamente na aderência que é uma das mais baixas. É fácil cometer erros neste circuito e danificar os compostos.
“Este ano nós decidimos trazer os três compostos mais macios para o México – C3, C4 e C5 – após cuidadosa reflexão com base nas informações do ano passado, assim como nas simulações que as equipes como sempre nos forneceram. Isso deve levar a uma maior variedade de escolhas estratégicas ao longo da corrida, abrindo também a porta para uma estratégia de duas paradas. No ano passado, quando os compostos escolhidos foram C2, C3 e C4, quase todos os pilotos pararam apenas uma vez, principalmente usando macios e médios”, seguiu Isola.
Uma parada foi a escolha estratégica mais popular na prova do ano passado, Max Verstappen começou a prova usando os pneus macios e terminou a corrida com os médios. Lewis Hamilton por sua vez, trabalhou com a combinação médio – duros.
Max Verstappen é o piloto mais bem sucedido no México, o competidor conta com quatro vitórias em sete participações. Nos últimos anos, desde que a categoria voltou a correr neste autódromo, as vitórias ficaram concentradas na mão da Mercedes e Red Bull.
Este não é um traçado muito favorável para as ultrapassagens, pois o DRS não tem o mesmo efeito quando usado no circuito, já que o vácuo não é tão efetivo.
Novamente a Pirelli utilizará a sexta-feira para avaliações dos seus pneus, cada um dos competidores receberá dois jogos adicionais dos pneus C4 para avaliação. O composto protótipo está sendo fornecido aos pilotos, para que uma avaliação aconteça e eles possam informar o seu feedback para a Pirelli. A fornecedora de compostos desenvolveu um novo pneu C4, mas para que ele possa ser usado em 2024, precisa ser testado pelos competidores.
“O México também nos dá a oportunidade de testar uma nova variante do C4 com todas as equipes. Durante as duas horas do treino livre de sexta-feira, cada piloto terá dois conjuntos destes novos protótipos para usar como desejar. Depois de analisar todos os dados, nós decidiremos se vamos ou não homologar essa versão para uso em 2024”, seguiu Mario Isola.