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Para manter o nível de competitividade, equipes realizam mais paradas em Barcelona

O GP da Espanha foi bem movimentado e dessa vez os times não ficaram limitados a uma estratégia de apenas uma parada, várias equipes do grid realizaram três trocas, tudo para dar mais condições para os seus pilotos brigarem até o final por posições melhores.

A Pirelli levou a gama mais dura de pneus para Barcelona, mas os times optaram por não usar o composto mais duro (C1) durante a prova, ele se provou muito lento durante as avaliações realizadas em simulação de corrida durante os treinos livres. Suas estratégias foram baseadas na utilização dos pneus médios e macios, em uma combinação de duas até três paradas para manter um bom ritmo, pois a degradação dos compostos era alta. Compensou passar pelos boxes mais vezes do que apostar em um composto que deixaria os carros mais lentos na pista.

Inicialmente os times pensaram que o melhor seria trabalhar com uma estratégia de duas paradas, como fizeram nos últimos anos em Barcelona, mas a Red Bull alterou a sua estratégia por conta do comportamento dos pneus. Em alta temperatura eles começaram a degradar mais, alguns pilotos relataram que ao longo da pista estavam perdendo alguns pedaços da borracha, pois com a combinação de asfalto abrasivo e calor, os pneus sofreram. Verstappen largou com os macios, trocou para os médios, fez mais um stint com os macios e fechou a prova com compostos médios novos.

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A Red Bull conseguiu uma dobradinha na Espanha usando a estratégia de duas paradas – Foto: reprodução

Lewis Hamilton permaneceu na pista mesmo após sofrer um toque de Kevin Magnussen. O inglês seguiu para os boxes depois da largada, pois ficou com o composto médio furado depois do toque. Hamilton então completou o stint com os pneus macios, seguiu para os médios e terminou a prova com os compostos macios, algo que permitiu a sua recuperação na prova, aliado ao bom desempenho do piloto nessa pista.

A Alfa Romeo optou por não responder as paradas que foram realizadas por Hamilton e Carlos Sainz para a fase final da prova. Deixaram o finlandês em pista com os pneus médios, dessa forma ele foi ultrapassado pelo piloto da Ferrari e Mercedes.

Pneus disponíveis para cada um dos pilotos antes da largada – Foto: reprodução Pirelli

Os pneus da rodada

Estratégias adotadas durante o GP da Espanha – Foto: reprodução Pirelli

Duro (C1 – Faixa Branca): esse pneu era muito lento em pista quando comparado aos outros. As equipes os discaram de suas estratégias e optaram por realizar mais paradas, tornando os carros mais competitivos. Como Kevin Magnussen se envolveu naquele toque com Lewis Hamilton na largada, a equipe acabou instalando os pneus duros, depois de uma sequência, macios (uma volta), stint de 28 voltas com os médios e saltaram para os duros. Diferente de Hamilton o piloto dinamarquês não conseguiu escalar o grid;

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Médio (C2 – Faixa Amarela): esse pneu foi chave para as estratégias, com uma duração melhor que os macios, os times tiveram que adicionar eles em suas estratégias. Apenas Hamilton largou com ele, mas Magnussen usou ele composto ainda no trecho inicial da prova, por conta do toque com o piloto da Mercedes.

Ainda vale dizer que Magnussen tinha disponível apenas um jogo de pneus médios para a prova e um jogo de pneus duros novos, enquanto contava com quatro pneus macios usados. Então a sua estratégia teria que ser médio e duro, ou fazer mais alterações para terminar a prova trabalhando com os macios – o dinamarquês não tinha muitas opções depois da batida com Hamilton;

Macio (C3 – Faixa Vermelha): usado por todo o pelotão, com exceção de Lewis Hamilton que tinha optado por começar a prova com os médios. Depois do toque o inglês não teve outra saída e instalou os pneus macios. Esse composto esteve na estratégia dos competidores e teve um desempenho ainda melhor quando os tanques dos carros foram ficando mais vazios, quando a prova se aproximava do final. Também foi usado por Red Bull e Mercedes que tentaram buscar a volta mais rápida no stint final.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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