Faaaala, pilotinhas e pilotinhos!
Para seu desespero eu volto a escrever mais um post da Master e, por hora, assumo o posto do nosso querido Gabriel Mendes, que infelizmente vai se ausentar de algumas etapas e passou essa importante tarefa para as minhas mãos, sem mais enrolação de início porque já chega a tanto que eu enrolo no texto, vamos ao que aconteceu no sábado, dia 16 de março de 2019!
Enfim a nossa terceira etapa, dessa vez saímos da capital e partimos para os rincões inexplorados do vasto interior paulista, chegamos finalmente a Nova Odessa e, melhor que isso, chegamos uniformizados e patrocinados!
Já adianto os agradecimentos aos patrocinadores da etapa: Abrantes e Wisdowtech, parabéns galera!
E parabéns a Tharcila, pois os uniformes ficaram sensacionais! Embora o uniforme da Ferradis tenha ficado um nível acima dos outros *cof cof cof*
O Kartódromo tem uma pista que vendo de cima me dá até vertigem de tanta curva e possibilidade de traçado, mas dessa vez o traçado decidido para a prova foi muito bacana, misturando uma boa parte de alta, fazendo uso das retas externas e depois trazendo para um miolo um pouco mais técnico.
Se eu tivesse que descrever o traçado diria que a sensação seria algo tipo “Ali eu quase morro, ali eu acho que vou morrer e ali é certeza que se eu rodar e alguém estiver vindo, vai dar problema pro funeral”, mas tudo ocorreu sem maiores problemas (exceto para algumas cuecas talvez, que foram limpas ao longo da corrida mesmo, como veremos mais tarde).
Dessa vez foi bom já assistir à corrida com a Light concluída, numa paz enorme, cabeça relaxada e sem que nada tivesse acontecido comigo antes para estar p***, pude ver os pilotos da Master indo para pista tentar fazer o máximo nos 5 minutos de classificação, o que considerando o tempo de volta, foram em torno de 4 voltas. Infelizmente nessa etapa não contamos com a presença do ilustre Fábio Ramiro, o Fabioca, que já não iria participar da etapa e do Lula e do London, que de última hora não puderam ir, mas isso mostra que em alguma etapa esse ano ainda teremos grid completo, o que anima bastante!
Alguns certos pilotos – que até vou evitar comentar pra não me comprometer e tal – já haviam treinado durante o final de semana anterior, e até durante a semana, então já conheciam os segredos da pista, porém o grid definido não foi tão influenciado pelos treinos. Na ponta saiu Júnior, que vem se mostrando forte nas classificações, seguido de Filipe Paro, esses dois virando figuras sempre presentes nas primeiras filas, com Thiago Meira, fazendo uma ótima volta, em terceiro e Ricardo Soares fechando a segunda fila. O grid de largada formado após a classificação foi, portanto:
- Júnior Gomes
- Filipe Paro
- Thiago Meira
- Ricardo Soares
- Caio Terra
- Fernando Portella
- Antônio Zambon
- Rodrigo Santos
- Flávio Chaves
- Márcio Kuwakino
- Cássio Machado
- Fábio Sugano
- Leopoldo Rabelo
- Rodrigo Vilella
- Levi Francisco
- Fábio Prado
- André Francisco
E aí a verdadeira história da corrida começou…
Mesmo antes da bateria da Light o céu já dava seus sinais, a presença do Sol mal era notada e as nuvens davam um prenuncio do que aconteceria nos próximos minutos.
Houve piloto que olhou para o céu e ficou feliz (“Eu quero é que chova mesmo!”) e houve mulher de piloto preocupada (“Ele não gosta de correr na chuva, fica nervoso” – Me foi segredado).
Se na classificação o tempo ainda estava firme e com tempos até melhores que a melhor volta da Light, já na corrida o auxílio do prestativo Cebola ao passar ante embaçante nas viseiras dos pilotos antes de saírem para a classificação se mostrou certeira. Na formação do grid as primeiras gotas surgiram e com elas a tensão de todos, seja na pista, seja no paddock.
A primeira volta já mostrou que a corrida não seria fácil, se na classificação os tempos foram em torno de 1min04-05seg, a melhor volta de toda a corrida foi a justamente a primeira, geralmente a mais lenta da prova, sendo em torno de 1min08-09seg, daí pra frente o que se viu foi um show, seja por belas pilotagens ou por rodadas sensacionais.
Contar a história dessa corrida é de uma complexidade extrema pois se nas duas primeiras voltas o que se viu foram algumas ultrapassagens, boas disputas e poucos erros, o que se viu a seguir fez todo mundo ficar igual ao famoso meme.
To entendendo é patavinas nenhuma disso aí
Na largada Júnior saiu bem e manteve a primeira posição, segurando Filipe Paro que foi seguido de muito perto por seu companheiro Ricardo Soares, o PPT, que durante a primeira e segunda volta ainda empurrou Filipe Paro nas retas, o que já foi uma prévia do que poderia acontecer mas ninguém percebeu.
Os três ponteiros estavam em ótima performance, não dava pra negar, disputando curvas sempre colados, trocas de posições constantes e era difícil saber quem teria aquele momento mágico de ultrapassagem que permitiria abrir uma vantagem pra tentar respirar.
E aí o céu resolveu que não ia só brincar de deixar a pista levemente escorregadia com poucas gotas…
A chuva que caiu no Kartódromo foi de “algumas gotas” para “quando será que vão interromper a corrida?” em questão de duas voltas, os comentários sobre interrupção de prova surgiram aqui e ali no paddock…
Com a chuva apertando, o estilo de pilotagem mais agressivo de Júnior não ajudou muito, embora tenha conseguido algumas ultrapassagens dignas de nota em pontos inesperados, como sempre.
Eis que no meio da prova o Paro acaba aquaplanando antes da subida, indo para a grama e abrindo as portas para Ricardo assumir a liderança.
Daí pra frente a chuva foi apertando, Ricardo afinando a pilotagem e se defendendo do sempre presente Júnior, que não deu um minuto de sossego.
As posições se mantiveram até a nona volta, quando, de maneira correta, a prova foi interrompida e, conforme é de praxe, o que vale é a volta anterior, e depois de muito tempo, salvo ledo engano dois anos, Ricardo Soares, nosso querido PPT, voltou ao lugar mais alto do pódio! Merecido! Ouso dizer que mesmo sem a chuva existia uma grande chance de ele estar lá de qualquer maneira, mas não vamos entrar na seara do “E se…”
Júnior terminou num respeitável segundo lugar, apenas 0.6 seg. do líder e com todos os méritos por não ter rodado, mesmo com seu estilo de pilotagem arrojado, que não segue os traçados que seriam usuais.
Filipe Paro teve muitas dificuldades e, segundo o próprio, aquaplanou duas vezes na reta pra subida e em ambas foi pra grama, comprometendo toda sua corrida, chegou em sexto, por enquanto é a prova de descarte, mas que pode pra frente dar uma boa embolada em todo campeonato.
Mas e o Thiago Meira que estava em terceiro na largada? Cadê?
Meira não largou bem e perdeu a sua posição logo no início, mas se manteve colado aos três primeiros até o meio da segunda volta, aproveitou um vacilo do Júnior chegou a ultrapassá-lo, mas ao tentar aproveitar uma brecha aberta pelo Paro e Ricardo, acabou indo por dentro, fechando demais a curva e derrapando, perdendo assim a posição para o Júnior. Conseguiu se recuperar mas não resolveu muito, poucas curvas depois se viu envolvido em uma confusão maior, rodou (ou foi rodado), perdeu muito tempo e a concentração, logo depois acabou rodando sozinho (uma, duas, três….) e ai teve a prova bem comprometida, finalizando a prova em 13º, se não me engano apenas a frente dos karts que apagaram por conta da água.
Quem fechou a prova na terceira posição foi Rodrigo Santos, outro que fez uma prova exemplar, saindo de oitavo, foi evitando problemas, sendo constante e sabendo se aproveitar dos problemas alheios, escalou todo pelotão e chegou a respeitáveis 2 segs. do segundo colocado! O campeão mostra que não foi sorte que o colocou ali, o desempenho do Rodrigo sempre é constante e de respeito.
Na quarta colocação vem outro piloto muito constante e que nunca se ouve seu nome em problemas, Leopoldo Rabelo garantiu o pódio com sua pilotagem sempre precisa e regular, mais um que está aí pra provar que os tiozinhos têm muito a ensinar ainda!
Em quinto chegou Fernando Portella, outro que possui uma pilotagem limpa, sempre rápido e se aproveitando de oportunidades, largou bem e se manteve próximo ao pelotão da frente as perdeu performance e se viu envolvido, de graça, em uma confusão na primeira curva e logo depois no S, o que de momento comprometeu bastante sua prova, porém foi se recuperando numa pilotagem segura na chuva, escapando de mais problemas e garantindo seu lugar no pódio!
Em sétimo tivemos Antônio Zambon, que desde seu retorno em dezembro vem demonstrando que o tempo parado não afetou tanto seu desempenho e sempre figura em boas posições nas corridas em que participou.
Na oitava posição ficou Caio Terra, que apesar de uma boa classificação não fez uma ótima largada e mesmo conseguindo se recuperar rapidamente já entre a primeira e segunda volta, acabou se envolvendo em diversos problemas e também algumas escapadas, que afetaram seu resultado final, apesar de algumas voltas de recuperação de respeito debaixo de muita água, não foi o suficiente.
Subindo de décimo primeiro na largada para nono, tivemos Cássio Machado, que não começou o ano muito bem e ainda amargou a chuva, que ainda considera seu ponto fraco, apesar disso não ter ficado aparente na prova, fez uma corrida consistente, fugindo de maiores problemas e garantindo alguns pontos para o campeonato, que começou mal para ele.
Na décima posição vem Levi Francisco, o homem do saco fez uma corrida relativamente apagada depois que a chuva apertou, mas garantiu ainda seu lugar entre os dez primeiros, aposto que ainda sente falta das performances que teve no início de 2018, na torcida para que retorne a esses dias.
Nas posições de 11º e 12º, respectivamente, temos André Francisco e Fábio Prado, a situação não anda das melhores para os pilotos que subiram da Light para a Master, azar com as confusões por conta da chuva? Peso da responsabilidade? As corridas estão complicadas para todos os pilotos movidos lateralmente da Light para a Master, são ótimos pilotos mas que ainda não conseguiram mostrar de fato todo o potencial.
Com isso fechamos nosso grid!…. Mas espera, cadê o Flávio Chaves? O Fábio Sugano? Márcio Kuwakino? O Rodrigo Vilela?
Bom, a chuva tem suas complicações e apesar dos 4 pilotos terem feito ótimas provas, chegando a figurar o pelotão da frente, o acúmulo de água na pista fez com que seus karts apagassem e os 4 tiveram que abandonar a prova, no resultado final tivemos Flávio Chaves em 14º, Fábio Sugano em 15º, Márcio Kuwakino em 16º e Rodrigo Vilela fechando em 17º, uma pena para esse pilotos, todos teriam com certeza melhores posições, mas corridas tem dessas. Inclusive a melhor volta da prova ficou com Flávio Chaves, com 1min 08seg 550, garantindo um ponto extra.
Com isso acho que fechamos o que rolou nessa prova tão movimentada e complicada pra se falar, com isso o resultado final segue abaixo, com fotos do pódio e nos vemos mês que vem no templo sagrado, Interlagos!
lllll ENTREVISTAS
Ricardo Bunnyman
Júnior
Rodrigo Silva
lllll ONBOARDS
Caio Terra
Thiago Meira
André Francisco
Cássio Machado
Leopoldo Rabelo
Ricardo Soares Bunnyman
Fábio Sugano
Fernando Portella
Filipe Paro
lllll Calendário Google
[powerpress_subscribe]