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Os novos motores e a entrada da Audi e Porsche na Fórmula 1

A discussão que está sendo relevante e necessária agora na Fórmula 1, tem relação com o motor que vão ser utilizado no futuro da categoria, além da direção eles querem tomar. Durante o GP da Itália, uma reunião ocorreu para debater alguns pontos sobre este futuro, que até teve um avanço, mas ainda sem uma definição.

Agora, acredita-se que no GP da Turquia (próxima etapa do calendário) eles vão chegar finalmente há um consenso. Ferrari, Mercedes e Renault são as fornecedoras atuais do grid, enquanto o projeto da Honda será cuidado pela Red Bull ao final de 2021. Eles também devem concordar com um compromisso que possa ajudar a trazer novos fabricantes que estejam interessados na categoria a partir de 2026.

Em um texto do jornalista Tobi Grüner, para o site Auto Motor und Sport, ele explica este processo e o que está sendo acordado.

Primeiramente, já tem algum tempo que especulam a entrada do Grupo VW na categoria, através da Audi e Porsche. A matéria aposta que os fornecedores atuais renunciariam a algumas coisas, desde que as partes interessadas assumissem um compromisso de longo prazo – de pelo menos cinco anos.

Um dos pontos de discussão está relacionado ao MGU-H, componente que forma a unidade de potência, mas é uma peça complexa e de alto custo. Eles devem abandonar esse conceito em 2026, já que estão notando que atrelar a tecnologia utilizada hoje, combinada com os combustíveis sustentáveis é inviável. São algumas etapas até chegar ao combustível neutro, mas os motores que estão disponíveis agora impedem a verdadeira sustentabilidade que querem para o futuro. No entanto, o motor V6 é algo que deve permanecer.

Motor Honda – Foto: reprodução

Outro ponto que a matéria levanta é sobre o aumento da potência do MGU-K, outro componente que forma a unidade de potência, mas neste caso é a fonte de energia cinética do motor. Com atualização para 2026, o MGU-K passa a fornecer 350 quilowatts em vez de 120 quilowatts, que é o equivalente a 476 cv em vez de 163 cv. Estas mudanças precisam ser atreladas a modificações no carro, pois a bateria ficará maior, assim como o MGU-K que ficará mais robusto.

Essas mudanças acabam compensando aquelas provocadas pela performance que será obtida diante da introdução dos combustíveis com 100% de neutralidade, bem como a utilização de motores mais simplificados.

Mas todas essas questões quando as mudanças da unidade de potência, também geram outros questionamentos, como a recuperação de energia no eixo dianteiro, algo que os fabricantes estão relutando. Isso sem a introdução da tração nas quatro rodas, algo que fora uma sugestão da Volkswagen. Mas quem está na Fórmula 1 atualmente pensa em uma aerodinâmica ativa ou até mesmo uma suspensão ativa.

F1 revela o carro de 2022 – Foto: reprodução F1

E para a entrada do Grupo VW, ainda existe um ponto bem importante. Eles estão pensando em um teto orçamentário para os fabricantes de motores. Audi e Porsche falam em um teto mais alto, enquanto a Mercedes quer exatamente o contrário.

O empasse se dá, pois, a Mercedes faz a fabricação de grande parte das suas peças internamente, enquanto as outras dependem das políticas de preço dos fornecedores. Para as novatas existe a chance de receberem uma concessão no teto orçamentários, e dividir os custos do desenvolvimento está sendo estudado.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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