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Organização do GP de São Paulo realiza simulação de segurança como parte dos preparativos finais para o evento

Com a aproximação do GP de São Paulo, excercício de simulação de segurança é repetido em Interlagos. Atividade acontece sob forte chuva

No último sábado (19) no autódromo de Interlagos, foi realizada uma simulação de segurança pelas direções médicas e esportivas do GP de São Paulo. Os procedimentos são repetidos todos os anos, antes dos eventos de Fórmula 1. A prova deste ano está programada para acontecer entre os dias 1º e 3 de novembro.

Mesmo com chuva intensa, os trabalhos voltados para o resgate de pilotos em caso de acidente seguiram o seu curso. Também foram avaliadas as sinalizações, enquanto os bombeiros testaram as equipes para uma situação especial caso ela aconteça durante o evento.

A ‘vítima’ durante a simulação foi a médica do Sancta Maggiore, Gabriela Feliciano. Com ela, a equipe realizou a extração de um cockpit FIA (com as mesmas dimensões e características de um carro de F1) duas vezes. O procedimento contou com a participação de duas equipes distintas, depois ela foi conduzida de ambulância até o centro médico.

Nos próximos dias ela realizará uma avaliação dos exercícios, indicando se tudo correu bem. Geralmente um médico é usado, para que ele possa confirmar se todos os procedimentos foram conduzidos de forma correta, para não expor a ‘vítima’ em risco.

A rede hospitalar Sancta Maggiore é a responsável pelos serviços médicos do GP São Paulo para atendimento exclusivo para pilotos e equipes.

O exercício de simulação de segurança é realizado todos os anos no autódromo de Interlagos, próximo da disputa do GP de São Paulo – (Foto: Bruno Motta/F1 GP São Paulo)

Restando cerca de duas semanas para o evento, a chuva no momento é esperada para a corrida em São Paulo. O diretor-médico do GP de São Paulo, Dino Altmann, lembrou que as vítimas em um acidente sempre enfrentam uma situação de hipotermia. Com o macacão molhado pela chuva, a condição se torna ainda mais delicada: “Então, fazer o simulado com chuva pode chamar a atenção para esse detalhe. Mas, de modo geral, a prática é a mesma se fosse uma manhã de sol”, lembrou Altmann.

Após a realização da simulação, o diretor-médico do Sancta Maggiore, Marco Pimentel da Cunha, aprovou o teste e disse que a indicação de profissionais adequados para o atendimento médico sempre assegura sua eficiência. Ao todo são 22 médicos e 15 enfermeiros participaram da simulação.

Durante o GP, as unidades Sancta Maggiore Dubai e Itaim ficarão de plantão, caso seja necessário remover algum piloto ao longo do evento. No autódromo estarão 35 médicos, 40 enfermeiros e 8 bombeiros socorristas.

O objetivo após um acidente na pista, é primeiramente estabilizar a vítima e depois partir para as outras etapas do atendimento, que podem consistir na necessidade de levar o piloto para o hospital.

Também foram executados os procedimentos de sinalização, largada e acidente, envolvendo 305 participantes. Foram usados monopostos construídos por estudantes da FEI Mauá e Unesp Bauru, além de alguns modelos de Fórmula 1600 durante a avaliação.

Para o diretor de prova Felippe Biazzi, o exercício na chuva foi positivo. “Há mais de dez anos que essa situação não ocorria no simulado. Trata-se de um cenário de mais risco onde também aumenta a possibilidade de um acidente. Foi um bom teste para as equipes”, afirma.


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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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