Avaliações e análises. É assim que o ano da Red Bull termina, precisando optar por Alexander Albon ou a contratação de Sergio Pérez – a segunda opção muitos já estão dando como certa.
A confirmação de Yuki Tsunoda na AlphaTauri, mostra que o movimento de retornar Albon para a equipe irmã não existe mais. Além disso nas declarações dadas pelo chefe de equipe da AlphaTauri, Franz Tost tinha muito interesse no jovem japonês, pois o piloto mostra conhecimento técnico e habilidade trabalhando com o time.
Na Red Bull as coisas ainda estão desconexas, principalmente pelos anos turbulentos onde pilotos foram promovidos e rebaixados e tantos outros talentos foram desperdiçados pelo time austríaco, conhecido por querer resultados imediatos. A Red Bull trabalha no ritmo ‘isso aqui não é para amadores’, não dando muito espaço para erros e colocando prazos. Ao mesmo passo que o tempo de ‘experiência’ é curto, por conta desta ânsia por resultados.
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Alexander Albon foi colocado à prova quando se tornou companheiro de Max Verstappen, substituindo Pierre Gasly. Em 2019 a dupla formada pelo holandês e pelo tailandês foi mais consistente, contanto com momentos que Albon até superou o novo companheiro de equipe, dando uma perspectiva melhor para manter a dupla em 2020.
As coisas desandaram um pouco ao longo de 2020, Albon não pontuou em provas importantes, a Red Bull começou zerada no GP da Áustria. Conforme a temporada foi avançando muitos acreditavam que a troca entre Albon e Gasly aconteceria mais uma vez, pois o francês da AlphaTauri estava desempenhando um bom trabalho.
No entanto, a temporada 2020 fechou com Albon na Red Bull, com um resultado longe do ideal, pois terminou na sétima posição do campeonato de pilotos. O tailandês teve altos e baixos neste ano, mas conquistou dois pódios – GP da Toscana e Bahrein – o problema real foi a falta de ritmo.
Confira: O que Albon fez ou deixou de fazer na Red Bull – Review
Sergio Pérez pode fechar com a Red Bull, principalmente pela experiência atrelada ao bom ano que o piloto teve com a Racing Point. Este pode ser o ponto que a carreira de Albon pode ficar estagnada, pois ao se tornar piloto de testes ou reserva o seu desenvolvimento não vai progredir da mesma forma quando estava disputando nas pistas.
A contratação do mexicano implica diretamente no futuro de Albon que pode realmente ficar ameaçado, pois a Red Bull deve preparar Tsunoda para ocupar o assento do time.
O tailandês não é um piloto ruim, mas parece que a pressão em 2020 jogou contra ele. Os dois lados vão perder, Pérez se não fechar com a Red Bull terá o seu ano sabático; Albon se não renovar com o time austríaco pode ficar na geladeira por tempo indeterminado sem grandes chances de negociar um contrato melhor. A precipitação da Red Bull pode trazer frutos imediatos na próxima temporada, mas fazer o que ela já fez outras vezes, desperdiçar talentos por não saber esperar.