Vencer pilotando um carro de ponta é tarefa aparentemente fácil, agora fazer milagres com carros horríveis de equipes nanicas não é para qualquer um.
Roberto Moreno foi um daqueles pilotos que perambulou por várias equipes que de tão nanicas fariam a Caterham e HRT parecerem times grandes.
A saga do brasileiro começa em 1987 na AGS, disputou 2 provas Japão e Austrália e conseguiu o milagre de pontuar em Adelaide chegando em 6º lugar com um carro que nada mais era que um F-3000 adaptado para a F1.
A aventura continuou em 1989, mesmo após o título da F-3000 no ano anterior, teve que se contentar com a italiana Coloni, conseguindo classificar o sofrível carro para apenas 4 etapas não completando nenhuma e tendo como melhor lembrança o 15º lugar no grid em Portugal, nada mal para um bólido que sofria para passar da pré-classificação.
1990 na Eurobrun conseguiu a proeza de classificar-se a frente da Ferrari de Nigel Mansell com a 16ª posição no grid da abertura do campeonato em Phoenix, claro que Mansell teve problemas na sexta-feira e no sábado choveu, mas largar de Eurobrun à frente de uma Ferrari é feito digno de nota. Após isso conseguiu colocar o carro no grid apenas em Imola.
Após passagens pela Benetton, Jordan e Minardi entre 1990 e 1991, chegou a uma das equipes mais sofríveis da categoria em 1992, a Andrea Moda. O milagre da vez foi colocar o carro no grid em Mônaco, única vez que um carro da equipe largou em um GP.
Fechando a saga nas equipes nanicas disputou toda a temporada de 1995 pela Forti Corse, e como não havia mais pré-classificação passou a lutar contra o limite de 107% do tempo do pole, melhor posição de largada 20º lugar na Austrália, melhor posição em corrida 14º lugar na Bélgica.
Chegava ao fim a aventura do persistente Moreno na F1, sem dúvida um batalhador.
lll As nanicas defendidas por Moreno:
lll AGS
lll Coloni
lll Eurobrun
lll Andrea Moda
lll Forti Corse
Se o cara tivesse corrido por uma Minardi ou até mesmo uma Larrousse, teria sido campeão.