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Mercedes planeja mudanças para o W14 depois de avaliações inicias do carro

Lewis Hamilton afirmou que existe uma boa distância da Mercedes para as equipes que estão na frente do pelotão. O time vai lutar mais uma vez para deixar o carro competitivo

Nos testes de pré-temporada a equipe Mercedes parecia um pouco mais otimista com o seu desempenho, mas no treinos livres realizados no Bahrein, a performance de Lewis Hamilton e George Russell com o W14 é colocada em dúvida.

Durante a primeira atividade Hamilton terminou na décima posição, enquanto no TL2 o piloto obteve o oitavo lugar. George Russell foi o décimo colocado no TL1, mas na segunda sessão o dono do carro #63 ficou apenas com a décima terceira posição.

A primeira sessão foi marcada por testes, quase como uma continuação das avaliações da pré-temporada. Mas a segunda atividade do dia foi dedicada as voltas em modo de simulação de classificação e corrida, preparando os carros para o restante do fim de semana, em especial para a classificação e corrida que serão realizadas no mesmo horário do TL2.

Depois de deixar o W14, Hamilton comentou a performance da Mercedes: “Descobrimos que estamos muito longe. Nós meio que sabíamos disso um pouco nos testes, mas é uma grande lacuna. Estou tentando o que posso, apenas olhando para as simulações de corrida, eles são um segundo e meio mais rápidos [comparado a Red Bull]. Então temos muito o que trabalhar.”

A Mercedes foi a equipe que mais cresceu na reta final da temporada, desta forma ninguém esperada que a equipe tivesse decaído de desempenho. Por outro lado, a Mercedes ainda insiste em um conceito de carro bem diferenciado do que são as apostas do grid e essa escolha fez o time quebrar a cabeça durante toda a temporada de 2022 com o W13.

No início do ano passado quando perceberam que não disputariam o campeonato, passaram a realizar vários testes de configuração. Com o auxílio de sensores para coletar dados, a Mercedes pode evoluir na segunda fase do campeonato, introduzindo atualizações mais efetivas. O trabalho realizado também serviu de margem para a construção do W14, pois de certa forma aquelas equipes que não mudaram drasticamente o seu conceito estão lidando neste ano com um projeto que é continuação do que foi aprimorado em 2022.

Durante as próximas corridas a Mercedes atualizará ao seu carro, mudando várias partes, inclusive o sidepod – Foto: reprodução Mercedes / Daimler

“Acho que coloquei o carro no melhor lugar que pude. Em temos de configuração, podemos continuar a ajustar um pouco aqui e ali, mas serão pequenos pedaços aqui e ali, que são milissegundos. No entanto, matemos a cabeça baixa esta noite, analisaremos os dados, continuares a trabalhar e tentaremos progredir amanhã. Mas temos que tentar descobrir se há alguma maneira de encontrar desempenho da noite para o dia”, afirmou o piloto inglês.

“Acredito que podemos fechar a lacuna em algum momento? Sim, mas acho que é muito difícil com o conceito que temos.”

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A Aston Martin que é uma equipe que utiliza motores Mercedes aparenta ter dado um salto de desempenho de um ano para o outro. A equipe é colocada como a segunda ou terceira força do Campeonato. Tudo ainda é muito especulativo, as cartas vão ser colocadas na mesa durante a primeira classificação do ano.

Nota-se se algumas equipes estão lidando com carros mais nervosos, como é o caso da Red Bull e da McLaren. Os pilotos do time austríaco não ficaram satisfeito com o desempenho dos carros nesta sexta-feira e ainda cometeram alguns erros no traçado. A Ferrari parece estar atrás de Aston Martin e Red Bull, ocupando a terceira posição, diferente das apostas da pré-temporada.

“Pensei que a Ferrari fosse a segunda, mas acho que em stints longos, estamos bem próximos da Ferrari. Mas estamos no caminho errado, portanto, temos que continuar nossa preparação e nos colocar no caminho certo. Mas agora, estamos muito longe dos caras da frente”, afirmou Hamilton.

O único ponto positivo na evolução do W13 ao W14 até o momento é a falta de porpoising da nova máquina. Algo que a equipe conseguiu controlar e afetava muito o desempenho no ano passado.

A Mercedes apareceu no Bahrein depois dos testes com uma traseira mais fina. O chefe técnico Mike Elliott informa que a Mercedes vai mudar ainda mais nas próximas etapas.

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“Toto [Wolff] já disse que temos uma carroceria diferente chegando. Não será igual ao dos outras e não será igual ao que temos, será diferente”, disse.

“Faz parte do desenvolvimento normal. Temos um sidepod muito diferente chegando, digo, muito diferente. Acho que Toto disse isso à imprensa. Mas lega tempo para trazer isso. Leva tempo para fazer as peças, leva tempo para trocar as peças que ficaram embaixo da carroceria, então vamos trazê-lo o mais rápido possível”, afirmou Elliott.

Também foi explicado que a nova asa traseira da Mercedes está funcionando como o esperado. A equipe também promoveu mudanças mais sutis no W14 depois dos testes de pré-temporada.

“Acho que a diferença visual óbvia é a asa traseira. Isso é algo que não trouxemos para os testes, é algo que temos aqui e está fazendo exatamente o que esperávamos. Mas Mas também há algumas coisas de configuração que mudamos com base nos dados que encontramos, nos dados que examinamos após o evento de teste”, afirmou.

“Mas acho que quando saímos dos testes de inverno, sentimos que tínhamos respondido a todas as perguntas que queríamos responder, então meio que viemos e usamos [TL1] como uma sessão de treinos, tentando aprender com isso… E quando você chega ao tipo de sessões mais frias que são um pouco mais representativas, veremos onde estamos”, afirmou Elliott.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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