O dia 18 de dezembro pode ser conhecido pelo aniversário de morte de David Keith Duckworth (72). Nascido em Blackburn, Reino Unido, Duckworth veio a se tornar um engenheiro famoso da era pós-guerra que faleceu em 2005 e foi responsável por projetar o motor Cosworth DFV (Double Four Valve), revolucionário para a Fórmula 1.
Duckworth se juntou com Mike Costin após três anos trabalhando na Lotus e formou a Cosworth em 1958, uma empresa para desenvolver motores, o que acabou vindo muito a calhar, já que anos depois a Coventry Climax, que era fornecedora de motores para a maioria dos times britânicos, deixou a categoria. Colin Chapman comandante da Lotus procurou os dois para conseguir o fornecimento dos motores para a equipe já enquadrando-o nas novas diretrizes, o motor demorou dois anos para ser produzido, pois ainda precisava sair do papel, Duckworth passou a trabalhar 16 horas por dia para que o projeto pudesse ser concluído e ficou muito satisfeito ao ver o resultado.
O projeto consistiu em utilizar o bloco de motor do Ford V8 para desenvolver o incrível Ford Cosworth DFV (Double For Valve). As transações com a matriz americana não foram nada fáceis, pois acreditava-se que era um projeto muito ariscado, mas Chapman foi fundamental para as negociações e para a Ford faltava apenas o título dentro da principal categoria do automobilismo.
O motor fazia parte da estrutura ”estressada” e aerodinâmica do carro se tornando um padrão na categoria e se tornou um motor acessível por possibilitar verificações mais rápidas dada a sua localização. Na sua estreia acabou impulsionando Jim Clark para uma vitória no Grande Prêmio holandês de 1967, devidamente relatado pelo nosso colunista Cristiano Seixas na série 365 Dias no post 04 de Junho de 1967, 50 anos do início de uma Era, a Era Cosworth. Em 1968, a montadora passou a fornecer motores para quase todas as equipes do grid, desse ano até 1983 foi derrotada pela Ferrari apenas três vezes e somente uma pela BMW já na era turbo. Um dos seus atrativos para ter conquistado o grid foi o preço relativamente baixo e uma boa entrega de potência, beirando os 400cv, também eram leves e confiáveis.
A última vitória dos motores Cosworth foi no Grande Prêmio de Detroit em 1983 com o italiano Michele Alboreto, que pilotava a Tyrrell 011 e o último pódio também ocorreu em Detroit, mas foi no ano seguinte com Brundle na Tyrrell 012 obtendo um segundo lugar, no entanto foi desclassificado na mesma temporada por infrações técnicas.
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