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Mitch Evans escala o grid e vence o caótico e-Prix de São Paulo

Com presença de safety car, além de duas bandeiras vermelhas, o e-Prix de São Paulo marca o começo da 11ª temporada da Fórmula E

O e-Prix de São Paulo costuma ser uma das provas mais movimentadas do calendário da Fórmula E, mas ninguém conseguiria prever o caos que foi a primeira corrida da 11ª temporada. Para se ter noção do quanto a prova foi agitada Mitch Evans que largou da última posição, conseguiu vencer a corrida.

O piloto foi trabalhando com a Jaguar para construir a vitória, escolhendo os momentos ideias para fazer o uso do Modo Ataque e crescer na prova. A Jaguar mais uma vez consegue extrair um bom resultado no Brasil, embora Nick Cassidy tenha abandonado depois de um incidente com Pascal Wehrlein.

Antonio Felix da Costa foi o segundo colocado, representando a Porsche no pódio.

Taylor Barnard conseguiu a terceira posição, em sua primeira corrida com a McLaren. No entanto, não foi um começo fácil, o piloto passou por uma substituição de pneus no início da corrida e ambos os pilotos da McLaren foram punidos com um drive through por conta de uma detecção de overpower.

Sam Bird chegou na quarta posição, depois de vencer no último ano com a McLaren.

Edoardo Mortara finalizou a prova no quinto lugar, seguido por Norman Nato, Sébastian Buemi, Dan Ticktum e Jean-Eric Vergne.

Oliver Rowland liderou boa parte da corrida, mas por conta de uma punição de overpower no final da corrida, não conseguiu ter tempo para buscar uma recuperação como a dupla da McLaren.

A prova em São Paulo foi marcada pela presença do Safety Car no começo da prova, além de duas neutralizações por bandeira vermelha. A primeira bandeira vermelha aconteceu pelo abandono de Jake Dennis, que estava posicionado na curva 2.

Infelizmente a segunda aconteceu por conta da batida de Nick Cassidy e Pascal Wehrlein, o piloto alemão capotou na pista e precisou de assistência para deixar o carro. No entanto, o campeão da 10ª temporada da Fórmula E se comunicou com a equipe, avisando que estava bem.

A Fórmula E retorna no dia 11 de janeiro, para o duelo do e-Prix do México.

Saiba como foi o e-Prix de São Paulo

Pascal Wehrlein faturou a pole, ganhando o direito de começar a prova em São Paulo da posição de honra. O alemão faturou a sua segunda pole na pista paulista, dessa vez derrotando Oliver Rowland.

Ficou definido antes da largada que o Modo Ataque para essa corrida seria de oito minutos, com duas ativações: 2+6 ou 4+4 ou 6+2, com as equipes conseguindo trabalhar a estratégia para deixar uma boa impressão após a primeira prova do calendário.

Foram programadas 31 voltas para a corrida deste sábado, mas a largada precisou ser abordada por problemas técnicos, pois o carro de Robert Frijns precisou ser removido do grid. Com a largada autorizada, Wehrlein não conseguiu sustentar a ponta nos primeiros metros, pois Rowland saltou para a ponta.

Norman Nato, por sua vez, perdeu espaço no grid, caindo para o oitavo lugar, depois de travar um duelo mais intenso com o piloto da Maserati.

Sem maiores problemas, a prova seguiu, com algumas ultrapassagens acontecendo nos primeiros metros, como foi o caso de Jean-Éric Vergne que ganhou três posições depois da largada.

No terceiro giro já tinha carro danificado na pista. Depois de algumas disputas mais duras, um piloto da McLaren se tocou com o carro de Sébastien Buemi, que pela falta de espaço, atingiu então Hughes. Na sequência o carro de Nico Müller foi atingido, tirando o piloto da Maserati e Andretti deixaram a prova.

Os primeiros eram: Rowland, Wehrlein, Günther, Da Costa, Vergne, Dennis, Nato, Mortara, Cassidy and Vandoorne.

O Safety Car permaneceu em pista por mais alguns minutos, permitindo que a limpeza de pista fosse concluída.

A sessão voltou ao seu ritmo no início da sexta-feira, com isso, alguns pilotos foram encorajados a usar o Modo Ataque, como foi o caso de Cassidy, Vandoorne, Di Grassi, Barnard e Bird. Não demorou muito para uma nova bandeira amarela indicar um incidente na volta 17, com Di Grassi acabando com a asa dianteira danificada e seguindo para os boxes na sequência.

Wehrlein recuou, caindo para o quinto lugar, por conta dessa movimentação para o uso do Modo Ataque.

Foi no décimo giro que os dois pilotos da McLaren: Barnard e Bird, além de Nato, receberam uma punição por usar energia superior à permitida, com isso, os pilotos foram punidos com um drive through e por não ser uma punição negociável, os pilotos foram aos boxes.

Com quinze voltas, os dez primeiros eram: Rowland, Cassidy, Dennis, Evans, Buemi, Vergne, Maloney, Günther, De Vries e Da Costa.

A corrida seguiu e Maloney passou a ser investigado também por overpower.

Alguns pilotos ainda estavam liberando o Modo Ataque, para definir as batalhas da corrida. No décimo nono giro, Wehrlein e Da Costa brigavam pela liderança, enquanto Mortara ocupava a terceira posição, com Rowland em quarto. Os cinco primeiros colocados estavam com o Modo Ataque ativado, mas em diferentes tempos.

Na volta seguinte, na curva 2, Jake Dennis ficou parado na pista, posicionado na curva 2.

A corrida foi encaminhada diretamente para a bandeira vermelha, pois o local que o carro da Andretti estava era um ponto importante de disputa e para entrar a equipe de pista, era muito arriscado acertar os fiscais, bem como o piloto do carro 27.

No momento que a corrida foi paralisada, alguns competidores estavam encarrando o seu Modo Ataque, como foi o caso de Rowland que tentava se livrar dos adversários para buscar a vitória em São Paulo.

Os dez primeiros eram: Rowland, Da Costa, Günther, Wehrlein, Mortara, Cassidy, Vandoorne, De Vries, Ticktum e Beckmann.

Após alguns minutos para organizar a pista, com os carros sendo acompanhados nos boxes, o Safety Car conduziu os pilotos para uma nova largada parada no Sambódromo do Anhembi.

Da Costa então tomou a ponta de Rowland, mas poucos metros depois o piloto da Nissan voltou a recuperar a primeira posição. Günther então conseguiu superar Da Costa, para mandar o português para a terceira posição.

Com a corrida retornando, Maloney foi punido com um Drive Through também pelo overpower, se tornando o quarto piloto do grid a obter tal punição.

Com 25 voltas, foi a vez do líder da corrida ser investigado por overpower, podendo acabar com a corrida que o competidor estava fazendo em São Paulo, se uma punição fosse aplicada.

Cassidy, Evans, Bird, Nato e Barnard utilizaram o último Modo Ataque na volta 26. O neozelandês assumiu a terceira posição, tentando se aproximar de Günther para conseguir o segundo lugar. Pouco depois foi a vez do piloto da Jaguar se posicionar logo atrás de Rowland.

O piloto da Nissan, liderava com mais de 2 segundos de vantagem para o segundo colocado. Com o restante do Modo Ataque, Cassidy construiu uma boa distância para Günther, com 1s3 de diferença, para reduzir a pressão com o adversário.

Foi na volta 27, Cassidy, Evans e Da Costa se enfrentaram na briga que estava valendo o pódio. Evans que começou a prova do final do grid, surgiu na terceira posição.

Rowland então foi punido pelo overpower, também com um drive through, o piloto caiu para a décima segunda posição, depois de brigar pela vitória.

Foram adicionadas quatro voltas para o final da corrida, para compensar o tempo de Safety Car. O acidente que estava por vir, foi desencadeado pelo duelo que levou Günther para o muro.

Mitch Evans assumiu a liderança, mas ainda tinha muito para acontecer, já que Wehrlein e Cassidy se encontraram na pista e a batida fez com que o pole da corrida abandonasse, depois de ver o mundo de cabeça para baixo.

O alemão da Porsche capotou na curva 6, ficando preso no equipamento enquanto aguardava ajuda dos fiscais para deixar o carro. O piloto relatou para a equipe que estava bem para a equipe, logo depois do acidente.

A corrida então passou por um novo período de bandeira vermelha, os dez primeiros eram: Evans, Da Costa, Barnard, Bird, Mortara, Nato, Ticktum, Rowland, De Vries e Vergne.

A McLaren voltou para a disputa, podendo brigar por uma vitória, mesmo após o caso de overpower que gerou uma punição para os dois carros da equipe.

Com uma corrida “sprint” pela frente, a corrida foi reiniciada às 15h47 do horário local.

A prova foi reestabelecida para que quatro voltas fossem disputadas em bandeira verde se nenhum novo acidente marcasse a prova. Com uma largada lançada para não perder tempo, Evans foi comboiando o grid, mas Barnard era alertado por ter mais energia do que aqueles que estavam na liderança.

Evans tentava controlar a corrida, enquanto Rowland começou a perder posições, por ter pouca bateria para completar a prova.

Bird queria ultrapassar o companheiro de equipe, pois era pressionado por Mortara. Na penúltima volta, Evans, também era pressionado por Da Costa, mas fazia o possível para manter um traçado defensivo.

Resultado do e-Prix de São Paulo – Foto: reprodução FIA

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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