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Mesmo com caos, Scott Dixon controla as ações e leva GP de Nashville

Hexacampeão da Indy supera danos dos vários toques da prova e segura Scott McLaughlin nas voltas finais. Agora o neozelandês da Ganassi está a seis pontos da liderança

O GP de Nashville entregou o nível de entretenimento que se esperava e a Fórmula Indy teve mais uma corrida caótica na Cidade da Música nos Estados Unidos. Foram oito bandeiras amarelas e uma vermelha durante a etapa, mas dentre os pilotos do grid, Scott Dixon provou mais uma vez que aproveita as chances que aparecem, e conquistou sua segunda vitória no ano.

O neozelandês se isolou como o segundo maior vencedor da Fórmula Indy, com 53 vitórias, e, de quebra, assumiu a vice-liderança do campeonato, com apenas seis pontos de desvantagem para Will Power, que não teve uma corrida tranquila e terminou apenas em 11ª.

A corrida já começou complicada antes mesmo de começar, pois a chuva e a tempestade de raios que caíam perto do circuito atrasaram a competição em cerca de uma hora. A disputa foi liberada após a tormenta ter passado e a prova foi realizada com pista seca.

As confusões já começaram cedo. Logo na primeira volta, Colton Herta se enroscou com Dalton Kellett e danificou a asa dianteira, perdendo tempo e uma volta. Logo mais, no oitavo giro, foi a vez de Alexander Rossi sair da pista e causar a primeira bandeira amarela do dia.

A prova recomeçou com o seu ritmo normal, mas com alguns alguns pilotos perdendo rendimento, com o ajuste de seus carros.  Alguns aproveitaram para parar nos boxes e mudaram a sua tática, como Alex Palou, e Simon Pagenaud. Então, Hélio Castroneves rodou e causou a bandeira amarela.

A partir daí, a prova ficou bem amarrada, com os acidentes se acumulando. Primeiro houve duas confusões no meio do pelotão: o primeiro afetou Pato O’Ward, que foi atingido por trás pelo carro de Graham Rahal. Enquanto o Dallara de Rahal batia com a asa danificada, o bólido da McLaren SP parou na pista com a transmissão danificada. O abandono praticamente acaba com as chances do mexicano de brigar pelo título.

Mais atrás outra confusão se iniciou com o toque entre Jack Harvey e Dalton Kellett travou o pelotão de trás. Kellett, assim como Simona de Silvestro abandonaram junto com O’Ward, enquanto outros pilotos tiveram danos, como Scott Dixon, que ainda conseguiu seguir com pequenas avarias, e Hélio Castroneves, que perdeu uma volta e viu sua corrida comprometida. O brasileiro não conseguiu voltar ao giro dos líderes, mas conseguiu escapar das confusões futuras e concluiu a prova em 13°.

Na sequência, outro acidente aconteceu, envolvendo Delvin Defrancesco e Takuma Sato. O japonês ficou furioso e reclamou bastante com o novato canadense, sendo contido pelos fiscais de pista.

Após um intervalo de três bandeiras amarelas de 17 voltas em 18 disputadas, a corrida recomeçou com estratégias diferentes postas à prova. Alguns pilotos optaram por parar para subir no grid. Este grupo, liderado por Dixon foi beneficiado depois que Graham Rahal (que tinha voltado à pista para tentar ganhar posições de quem abandonou) acertou o muro e também foi atingido por Rinus Veekay.

Com as paradas nos boxes,  Josef Newgarden assumiu a liderança, mas o piloto da Penske precisaria parar mais uma vez, enquanto, o grupo liderado por Scott Dixon que havia parado antes da neutralização da prova estava na sequência.

Newgarden tentou acelerar para abrir vantagem e tentar se recuperar, mas outra bandeira amarela, causada pela colisão entre Kyle Kirkwood e David Malukas jogou por terra seus planos.

Então, Dixon assumiu a liderança, mas sofria forte pressão de Christian Lundgaard. No entanto, o piloto da Ganassi segurava bem na base do push-to-pass. Mas Jimmie Johnson bateu sozinho em uma das grandes retas e causou mais uma bandeira amarela.

A relargada seguinte, faltando cinco voltas para o fim,  foi a mais polêmica. Na frente, Scott McLaughlin, que foi o pole e teve o carro mais competitivo no fim de semana, tomou o segundo lugar de Lundgaard e foi ao ataque pela liderança. Mais atrás, a disputa entre Newgarden e Romain Grosjean terminou com o francês no muro. O piloto da Andretti não gostou da manobra e reclamou na pista do piloto da Penske

A direção de prova decretou a bandeira vermelha para limpeza da pista e para que a prova pudesse recomeçar em bandeira verde. Neste tempo, Marcus Ericsson ficou parado com problemas eletrônicos e viu as chances de recuperar a liderança do campeonato irem por água abaixo.

Na última relargada, tivemos os duelos dos neozelandeses pela vitória. McLaughlin partiu para o ataque de todas as formas, mas Dixon fez uma linha que impossibilitou qualquer ataque do rival. Assim, o piloto da Ganassi conquistou sua segunda vitória no ano e de número 53 na Fórmula Indy.

No campeonato, Dixon deu um salto importante, assumindo a segunda posição, com seis pontos de diferença em relação a Will Power. O australiano teve uma corrida complicada e não teve ritmo para permanecer nas primeiras posições e concluiu a prova em 11°.

Mesmo com o abandono no fim, Ericsson segue no páreo, com 12 pontos da liderança. Newgarden e Alex Palou seguem na disputa, com desvantagem de 22 e 33 pontos, respectivamente. McLaughlin e O’Ward agora estão com mais de 50 pontos atrás da liderança e dependem de uma combinação grande de resultados nas três corridas restantes para permanecer na disputa.

A próxima etapa da Fórmula Indy será no dia 20 de agosto com o GP de Gateway, a última corrida em circuito oval nesta temporada.

Classificação do GP de Nashville confira aqui:

Classificação do Campeonato (após 14 de 17 etapas):

1 – Will Power (AUS) – Penske/Chevrolet – 450
2 – Scott Dixon (NZL) – Chip Ganassi/Honda – 444
3 – Marcus Ericsson (SUE) – Chip Ganassi/Honda – 438
4 – Josef Newgarden (EUA) – Penske/Chevrolet – 428
5 – Alex Palou (ESP) – Chip Ganassi/Honda – 417
6 – Scott McLaughlin (NZL) – Penske/Chevrolet – 392
7 – Pato O’Ward (MEX0 – McLaren SP/Chevrolet – 391
8 – Alexander Rossi (EUA) – Andretti/Honda – 330
9 – Felix Rosenqvist (SUE) – McLaren SP/Chevrolet – 325
10 – Colton Herta (EUA) – Andretti/Honda – 315

18 – Hélio Castroneves (BRA) – Meyer Shank/Honda – 224

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