Nesta sexta-feira (24) às vésperas da realização do GP de Abu Dhabi, Mercedes e McLaren confirmam que o acordo para o fornecimento de motores foi estendido até 2030. Desta forma o time britânico continuará utilizando as unidades de potência da fornecedora alemã, mesmo no momento que a categoria se prepara para a introdução dos novos motores.
Depois de sofrer com os motores Honda e Renault, a McLaren voltou a utilizar as unidades de potência da Mercedes em 2021, seus últimos carros foram projetados para envolver esse tipo de motor. A fornecedora alemã tem entregado uma boa unidade de potência que não apresenta falhas ou problemas de confiabilidade.
A McLaren optou por mais uma vez utilizar os motores da Mercedes, depois de uma parceria de sucesso entre 1995 e 2014. Com as novas regulamentações de unidades de potência, que conta com um maior foco na eletrificação, a McLaren agiu rápido para ter ao seu lado a Mercedes. O time alemão é o maior fornecedor de unidade de potência do grid, além dos seus motores serem usados pelos seus carros, a Mercedes equipa McLaren, Aston Martin e Williams.
A partir de 2026, a Mercedes não estará mais com a Aston Martin, pois a equipe britânica firmou um contrato com a Honda. A categoria está buscando ter mais fornecedoras de motores no grid e o cenário de fornecimento da Mercedes poderá sofrer alterações.
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“A Mercedes-Benz tem sido uma parceria brilhante e confiável da equipe McLaren de F1. A extensão significa a confiança que os nossos acionistas e a equipe em geram têm nos seus motores a direção que estamos a levar com eles na nona era de regulamentos que se aproxima”, comentou Zak Brown, CEO da McLaren.
“Tivemos sucesso juntos, tanto nas últimas três temporadas como quando eles anteriormente impulsionaram a equipe, por isso estamos ansiosos pelo sucesso que está por vir enquanto continuamos nossa jornada para lutar de forma consistente na frente do grid”, seguiu.
Depois das diversas quebras no período Honda, combinado as escolhas ruins para a concepção do carro, a McLaren também viveu um momento bem ruim na Fórmula 1 com as unidades de potência da Renault.
Ao optar por utilizar os motores da Mercedes, o time voltou a brigar por melhores posições no grid, combinado aos pódios. A McLaren enfrentou certas dificuldades com o nascimento do carro, pois ainda tem fama de desenvolver um equipamento complicado, mas ao menos com a utilização dos motores, conseguem contar os problemas de falta de potência ou competitividade. O time britânico neste período com a Mercedes, faturou uma vitória durante o GP da Itália de 2021 com Daniel Ricciardo, além de 15 pódios e uma pole na Sprint do Brasil e vitória na Sprint do Catar de 2023.
“Temos o prazer de confirmar uma renovação de longo prazo do nosso acordo de unidade de potência com a Mercedes-Benz para a nova era de regulamentos”, disse Andrea Stella, chefe da equipe McLaren. “Temos grande confiança na Mercedes e em nosso relacionamento com eles.”
“Eles apoiaram a nossa jornada de volta à frente do grid até agora, e a segurança e a estabilidade que esta parceria traz são vitais para garantir que possamos seguir nesta trajetória ascendente. Gostaria de agradecê-los pela colaboração até agora e estamos ansiosos pelos próximos anos.”
Com este acordo, a McLaren torna-se o primeiro cliente da Mercedes para a nova era de motores na Fórmula 1 que será iniciada em 2026, trabalhando ao lado de uma equipe que faturou oito títulos mundiais.
“Tem sido um pilar da nossa estratégia no automobilismo trabalhar com equipes fortes como clientes”, disse o chefe da Mercedes, Toto Wolff. “Isso tem muitas vantagens. Ele fornece uma referência competitiva clara, acelera nosso aprendizado técnico e os negócios.”
“A McLaren tem sido uma competidora feroz e justa desde 2021, especialmente na segunda metade desta temporada. O forte desempenho da McLaren sublinha a importância do fornecimento transparente e igualitário a todas as equipas clientes no esporte, se quisermos atingir a meta de 10 equipes capazes de lutar pelo pódio.”