Após o encerramento do GP de Abu Dhabi, a Mercedes entrou com um recurso na FIA para protestar contra o resultado da prova, por consequência a vitória de Verstappen. A prova em Yas Marina que aconteceu neste domingo (12) definiu o campeonato, onde o holandês conquistou o seu primeiro título mundial.
O final da prova foi uma verdadeira bagunça, Hamilton liderava com vantagem confortável até que Nicholas Latifi bateu e provocou a entrada do Safety Car. Quando a corrida foi neutralizada na volta 54, os líderes estavam ultrapassando os retardatários, portanto existiam alguns competidores entre Hamilton e Verstappen.
A Red Bull teve a reação de chamar Verstappen para os boxes e instalar os pneus macios, como Hamilton não parou estava com os pneus velhos. Poucas voltas depois a direção de prova sinalizou que não pediria para os pilotos retardatários deixarem as suas posições, a Red Bull começou a reclamar no rádio pois não achava a escolha justa, eles queriam uma disputa se a prova fosse reestabelecida.
Entretanto, na volta 57 a mesma direção de prova tirou os pilotos que estavam entre Hamilton e Verstappen, pouco depois a corrida recomeçar.
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A Mercedes não viu a escolha como coerente, da forma como ela foi executada, portanto optou por abrir um protesto ao final da prova, se amparando no Regulamento Esportivo da FIA, mencionando o artigo 48.12.
O artigo em questão menciona a conduta em Safety Car, que aponta que todo os pilotos que foram ultrapassados pelo líder, são obrigados a se reposicionar na pista, entrando na volta do líder. Quando a reorganização do grid ocorrer, o Safety Car pode retornar para os boxes no final da volta seguinte, e a corrida pode ser recomeçada. Ultrapassagens não são permitidas neste momento.
De certa forma ao longo do ano vimos a direção de prova interpretando algumas regras, mas em outros momentos seguindo-as literalmente. Bom, de certa forma a corrida foi reestabelecida, mas nem todos os pilotos estavam na volta do líder, tiraram apenas aqueles que estavam separando Hamilton e Verstappen para ter uma última volta da corrida disputada.
Eles também não optaram por terminar a corrida em Safety Car, ou declarar bandeira vermelha após o acidente, que poderia nivelar um pouco mais a disputa entre os pilotos. A Mercedes não fez uma segunda parada com Hamilton, como a Red Bull fez durante o Virtual Safety Car, ou quando o Safety Car entrou ao final da prova, portanto o inglês não tinha pneus para aguentar os ataques.
Cabe a FIA ver as evidências e tomar uma decisão.