Fernando Alonso sempre foi um piloto excepcional, bicampeão mundial, mesmo com a fama de tomar decisões erradas na carreira, ainda assim é considerado por muitos como o piloto mais completo do grid da Fórmula 1.
Na temporada de 2017, o espanhol tentou conquistar a Tríplice Coroa do automobilismo ao disputar as 500 milhas de Indianápolis, porém a 22 voltas do final, o motor Honda acabou traindo-o e foi necessário abandonar a prova.
Alonso vai regressar às 500 milhas de Indianápolis em 2019 com a McLaren para acertar os assuntos inacabados. Ele sempre deixou muito claro o interesse em ter essa conquista em sua carreira que já consiste na vitória em Mônaco e nas 24 horas de Le Mans, restando apenas o feito nas 500 milhas.
O espanhol deixa a McLaren no próximo ano e a equipe terá seus carros guiados por Calos Sainz Jr e Lando Norris, ambos pilotos muito novos que precisam ainda adquirir experiência. Também é de conhecimento de todos os fãs e amantes da Fórmula 1 que a equipe vem passando por inúmeros problemas, mas no que exatamente isso afeta a equipe?
Gil de Ferran, quando pedido para falar sobre o que a McLaren perderia com essa saída do espanhol, explicou quais são as diferenças de Alonso com relação aos outros pilotos e porque ele é quem é: ”Ele tem uma sensibilidade muito grande e ele é muito direito. [..] Interpreta muito bem o que sente e coloca aquilo de uma maneira muito concisa para você entender e isso é um ponto muito forte dele”.
Fernando é muito bom para resolver situações difíceis e complexas, encurtando o caminho até achar a solução. Além disso ele tem uma capacidade de leitura e raciocínio durante a corrida que ajudam-no a compreender as coisas de forma mais rápida ”mesmo em situações de altíssima pressão, ele lida com muitas coisas ao mesmo tempo. Isso é realmente uma qualidade muito grande que ele tem”, diz Ferran.
Com 37 anos, Alonso tem o feeling que muitos pilotos jovens ainda não adquiriram. Correndo desde 2001 o espanhol já passou por 311 Grandes Prêmios, 18 modelos de carros diferentes, além de 23 melhores voltas, 22 poles e 32 vitórias. É inegável a diferença que ele faz para a equipe, principalmente nessa fase em que a McLaren está buscando melhorar.
Sobre ter dois pilotos jovens na equipe, os desafios serão diferentes, assim como os problemas e como o campeonato vai se desenvolver, Gil ainda diz: ”impossível você dizer que a gente não vai sentir falta do Fernando. Eu realmente considero o Fernando como um dos melhores pilotos da história da Fórmula 1. Então não tem como negar que ele vai deixar um espaço grande, mas é o sentido da vida, as coisas… é como o relógio anda, anda para a frente.”
O passado de Alonso e seus feitos, para quem o viu correndo, nota-se em seus números, em suas disputas na pista e principalmente nesse período em que ele não esteve lutando por vitórias, mas mesmo assim mostrou disputas incríveis. Relembrando os tempos do bicampeonato, quando tinha pilotos como Kimi Raikkonen, Schumacher, Montoya e Fisichella no seu encalço. Alonso é de uma perícia ímpar.