O GP Brasil de 1977 ficou marcado pelos vários carros acidentados na curva três do antigo traçado de Interlagos. O recapeamento feito às pressas somado ao forte calor de janeiro com a largada ao meio dia fez o asfalto literalmente descolasse soltando pequenos pedregulhos, fazendo com que os carros literalmente andassem sobre bolas de gude naquele trecho. Nada menos que oito carros se acidentaram ali: Jochen Maas (McLaren), Clay Regazzoni (Ensign), Ronnie Peterson (Tyrrell), Vitorio Brambilla (Surtees), Jacques Laffite (Ligier), Patrick Depailler (Tyrrell), John Watson (Brabham) e finalmente Jose Carlos Pace (Brabham).
As efemérides desta conturbada prova acabaram virando enredo de livro. O enigma do autódromo de Interlagos escrito por Stella Carr narra as aventuras dos jovens Marcos, Elois e Isabel durante o GP em Interlagos tentando impedir o vilão Barata Voadora, que com sua estranha arma parecida com uma luneta criava um campo magnético invisível arrebentando os carros na curva três. Nem o acidente de Mario Andretti cuja Lotus pegou fogo no sábado escapou a autora que em sua ficção transformou o incidente no primeiro teste da arma do vilão, que prometia eliminar todos os carros da prova.
Voltando a realidade esta prova marcou a primeira vitória de Carlos Reutemann na Ferrari e a última apresentação de Jose Carlos Pace em Interlagos. Os acidentes na curva três foram o estopim para que a prova fosse disputada no ano seguinte no novo e moderno autódromo da Barra no Rio de Janeiro, vulgo Jacarepaguá.
A efeméride final ficou por conta do italiano Renzo Zorzi que conquistou o melhor resultado de sua carreira chegando em sexto lugar com seu Shadow. Apenas sete carros cruzaram a linha de chegada, graças a Marcos, Elois e Isabel que impediram Barata Voadora de concretizar seu plano maligno.