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Liberty Media elimina uso de grid girls – Muda a Identidade da categoria?

A Liberty Media anunciou hoje (31) que as Grid Girls não estarão mais presentes na pista a partir desta temporada, com isso as categorias que realizam seus eventos de suporte junto com a Fórmula 1, como Fórmula 2 e GP3, também terão que abandonar esse hábito. Sean Bratches, chefe comercial da categoria acredita que as Grid Girls não fazem mais parte da imagem que a Liberty está buscando.

Nas próprias transmissões de 2017 algumas mudanças já foram notadas, a busca pelo show, aproximação do público, incentivo para tornar a corrida um hábito da família e leva-los para o autódromo. E a imagem da mulher que também ama corridas e torce muito pela sua equipe e piloto do coração também é impactada.

Tirar as grid girls representa muito porque algumas pessoas ainda não entendem que aquilo que elas fazem é um trabalho e acabam objetificando a mulher e seu corpo, além de incentivar o machismo. Está na hora de quebrar isso, pois temos sim mulheres que gostam de corrida, de frequentar o autódromo e algumas vezes fazem isso sozinhas ou com a família. O mundo está evoluindo e mudar essa ”pequena chave” é sim de grande importância.

Algumas pessoas falaram que isso é mudar a identidade de uma categoria, mas eu acredito que vamos para o autódromo ver os carros na pista, ver as disputas e torcer. Mudar a identidade de uma categoria teria mais a ver se quando chegássemos no autódromo ao invés de vermos carros de Fórmula, nos depararemos com protótipos, GTs, marcas e dessa forma não se chamaria mais Fórmula 1. Tirar as grid girls não vai interferir em nada o desempenho dos carros na pista.

No podcast gravado para o Boletim do Grid discutimos um pouco mais sobre esta mudança muito antes dela ser confirmada e nele apontamos algumas mudanças que poderiam acontecer se as Grid Girls fossem mantidas, como aproveitar uma forma de fazer mais uma propaganda para as marcas que os pilotos já representam, entre outras coisas, então vale a pena conferir.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

7 Comentários

  1. Não se muda Machismo tirando a liberdade da mulher ser modelo e usar a sua sensualidade como forma de ganhar dinheiro(independente se você considera isso objetificação da mulher), eu não vi reclamação nenhuma por parte das Grid Girls, provavelmente quem perde com isso é a categoria, pois a DTM investe muito em suas Grid Girls e tem vários vídeos delas e até entrevistas que geram bom lucro, a maioria dos movimentos que fizeram pressão pra saída das Grid Girls sequer assistem F1, mas pra agradar um público alvo a mídia faz de tudo.

    1. Ja trabalhei como diretor de arte em uma empresa de eventos que fazia a stock e a porsche aqui em ctba e que tbm cuidava do casting dessas meninas. Boa parte das delas acham que vai ser uma boa oportunidade, mas acabam ouvindo tanta merda, desde o assedio da galera que falam coisas bem baixas estilo pedreiro na rua até a forçada de barra pra fazerem programa como se fossem putas, e nao são, uma minoria talvez. Na maioria das vezes eram bem tratadas pela organização, isso é um faato, mas soube que muitas se sentiam humilhadas pela quantidade de gente mexendo com elas, e por isso poucas aceitavam fazer de novo, até pq a grana nem é tanta. A gente tem que entender que nenhuma mulher gosta de ouvir merda, elas se sentem mal obvio… Eu entendo a decisão de acabar pois essa atividade tbm colabora pra mentalidade do assédio livre.

      1. Concordo, porém acabar com a profissão delas não torna os caras que disseram merda delas sábios, eles vão continuar falando merdas de mulheres em outros casos, a questão é que ano passado a BBC entrevistou as Grid Girls e as próprias foram contra a extinção do seu trabalho, não é questão de ser assédio ou não, é questão de ser o emprego delas, sendo que o emprego delas não estava em risco por denúncias das mesmas e sim por pressão de movimentos sociais, o que torna pior ainda, até quando as mulheres vão precisar ser molda-das e categorizadas por tais movimentos que julgam defende-las? Quando os próprios consideram mulheres que fujam deles como objeto sexuais.

  2. É como tirar a bandeira quadriculada por que é preta e branca, pouca diversidade. Sabia que haveria patuscadas na F1 na mão dos americanos. Se eles admitem que não tem piloto para andar na categoria, não estraguem o que é tradição. Ridículo. Não entendem o público. Nada na dignidade das moças estava ameaçado. Ou será que eles não conseguem controlar seus surtos de assédio? Pronto, falei.

  3. Vão colocar o Pablo vittar no lugar delas?, a viadagem chegou na fórmula 1?

  4. Estes americanos são uns puritanos de merda…e por outro lado tem a maior industria pornográfica do mundo.

  5. É sempre bom lembrar que o WEC aboliu as grid girls em 2015 e nem por isso foi o fim do mundo.

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