O GP dos Estados Unidos contou com vitória de Charles Leclerc. O monegasco fez uma excelente largada e não abandonou mais a ponta. A vitória da prova Sprint ficou com Max Verstappen, que também não foi ameaçado pelos adversários.
Correndo no Circuito das Américas, as equipes tinham um desafio pela frente, por conta do novo asfalto instalado em algumas partes do traçado, localizado principalmente nas retas do circuito. O COTA passou por um processo de recapeamento que levou três anos para ser concluído, dessa forma, mesmo com trechos novos de asfalto, uma parte dele já tinha passado por um processo maior de maturação, interferindo na performance dos pneus e em seu desgaste.
Acreditava-se que neste ano, mais uma vez os pneus médios da gama intermediária, seriam o destaque do evento e isso de fato aconteceu. Na prova Sprint, nenhum dos competidores arriscou o uso dos pneus macios, os compostos médios atenderam a demanda da prova de 100 km e no momento que a corrida foi encerrada, era próximo da primeira troca de compostos que aconteceria na corrida do domingo.
Julgando pelo que aconteceu no ano passado, mesmo usando a gama intermediária, os pneus macios não eram ideias para essas condições de pista. Mesmo os pneus médios, existia uma dúvida se eles poderiam suportar uma corrida com apenas uma parada, mas no final, a aposta das equipes deu certo.
Apenas Esteban Ocon, Oscar Piastri, Alexander Albon, Yuki Tsunoda e Zhou Guanyu, usaram um conjunto novo de pneus médios na Sprint, enquanto o restante do pelotão trabalhou com um dos pneus médios usados, que foram trabalhados na classificação sprint.
Max Verstappen venceu a corrida Sprint, apresentando uma boa performance. A grande surpresa da prova em questão, foi Carlos Sainz, que travou uma disputa com Charles Leclerc, George Russell e Lando Norris, para terminar a prova ocupando o segundo lugar. O espanhol tem se sentido mais livre este ano, principalmente quando o carro está melhor de guiar e eles não precisam pensar tanto na conservação dos pneus.
A pista e o asfalto estiveram quentes ao longo de todo o fim de semana, desta forma, os pneus macios só foram usados na classificação. Na sessão classificatória da sexta-feira, o seu uso era obrigatório no SQ3, enquanto o composto foi trabalhado durante toda a classificação do sábado, para definir o grid da corrida principal.
As equipes já tinham sentido que era um evento onde os pneus médios e duros seriam os mais exigidos e isso ficou claro durante a realização do único treino livre do fim de semana.
Domingo
A Pirelli apostava na estratégia de duas paradas como a principal para a corrida, pois no domingo, o asfalto estava mais quente do que em todo o fim de semana.
Diferente da prova Sprint que todos estavam seguros por usar o pneu médio, na corrida principal, apenas quinze pilotos largaram com os pneus médios, enquanto a dupla da Sauber apostava em compostos usados. Os outros cinco: Lewis Hamilton, George Russell, Lance Stroll, Franco Colapinto e Liam Lawson partiram para a corrida com os pneus duros instalados.
A Williams achava que era melhor Colapinto largar com os pneus médios, mas o piloto defendeu a estratégia com os pneus duros. O argentino conseguiu chegar na zona de pontuação, encerrando a prova na 10ª posição, levando mais um ponto para a equipe. Esteban Ocon privou Colapinto de ficar com o ponto da volta mais rápida, pois fez uma troca adicional no final da corrida para instalar os pneus macios.
A parada única foi a estratégia principal da corrida, diferente do que a Pirelli tinha previsto. Vários dos pilotos que largaram usando os pneus médios, assim como os pilotos de pneus duros, conseguiram conservar os compostos e fazer stints mais longos, evitando uma segunda passagem pelos boxes.
Porém, a estratégia foi alvo de discussão por parte da Ferrari, que conforme a corrida avançou, conversou com os seus pilotos, para saber se era possível alongar um pouco mais a permanência com os pneus médios, antes de instalar os pneus duros e tentar ir até o final. O time parecia que estava certo sobre a estratégia de duas paradas, mas ao notar que os adversários não fariam uma segunda troca de pneus, foi preciso ajustar a trajetória para ter chances de vencer.
As equipes geralmente tentam realizar apenas uma troca de pneus, pois submeter os carros em uma segunda troca pode ocasionar erros ou problema no pit-stop.
Embora a Ferrari estivesse muito mais rápida que a Red Bull ou a McLaren, a troca de pneus deles foi pautada no trabalho dos rivais. Com Carlos Sainz foi necessário parar um pouco antes, como o espanhol não conseguiu superar Verstappen em pista, mas manteve a distância entre eles em menos de 2 segundos, eles conseguiram fazer o undercut funcionar, ganhando a posição nos boxes.
No caso de Charles Leclerc, o monegasco permaneceu em pista com os pneus médios até a volta 26, parando um giro depois de Max Verstappen, para cobrir a escolha da equipe realizada para o adversário. O monegasco tinha uma diferença de mais de 9 segundos para o holandês, mas não queria correr o risco de nada sair errado.
Na troca de Verstappen, o piloto holandês foi devolvido atrás de Sainz, sem chances de brigar pelo segundo lugar. Até existia a expectativa da diferença dos pneus possibilitar uma aproximação no espanhol, já no final da corrida, mas o embate do holandês foi com Lando Norris.
O britânico da McLaren, realizou a sua troca de pneus, apenas na volta 31. Se no começo da corrida, depois de perder a liderança ele não tinha chances de duelar com a Ferrari e a Red Bull, o time passou a preparar o piloto para um embate no final da corrida.
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Norris conseguiu realizar a sua aproximação e com quatro voltas para o final, o piloto fez a ultrapassagem. A conquista da posição não aconteceu como deveria, pois Norris fez uma ultrapassagem por fora, quando Verstappen mandou o competidor para fora da pista. A atitude de ultrapassar além dos limites de pista, rendeu uma punição de cinco segundos, fazendo com que o britânico fosse punido na última volta.
O embate entre os competidores voltou a chamar a atenção, embora as duas equipes não serem o real destaque da prova.
A Ferrari foi a protagonista do evento, tanto na Sprint, como na corrida principal. O desempenho foi um dos melhores, mesmo sem levar nenhuma atualização para essa corrida. O time italiano está perseguindo a possibilidade de se tornar vice-líder no Mundial de Construtores, superando a Red Bull.
Sobre as outras estratégias da corrida, apenas Kevin Magnussen, Esteban Ocon (para tirar o ponto da volta rápida de Colapinto), Alex Albon e Zhou fizeram duas paradas. O restante foi sentindo ao longo da corrida eu era possível concluir a prova usando apenas um pneu médio e outro duro, cumprindo apenas o regulamento que determina o uso de dois tipos de pneus.
Lewis Hamilton não teve a chance de concluir a corrida e talvez terminar na zona de pontuação igual George Russell. Como o inglês tinha começado a prova com os pneus duros, era possível fazer um stint de pneus duro mais longo, mas Hamilton rodou na curva 19, na terceira volta, provocando a entrada do Safety Car.
A neutralização da corrida não ajudou os pilotos a realizar a parada obrigatória, apenas Albon buscou os boxes durante o período em Safety Car, mas voltou usando um jogo de pneus médios, para dar continuidade a escolha que a Williams tinha determinado para a sua corrida.
De fato, fazer um stint mais longo com os pneus duros no início da prova, funcionou para Russell, Lawson e Colapinto, que chegaram até a zona de pontuação. Não deu certo para Lance Stroll que teve uma corrida muito caótica, mas sem grande desempenho.
Valtteri Bottas foi o piloto que mais completou voltas nos compostos duros, atingindo 40 giros com o mesmo composto, assim como Russell. Com os pneus médios foi Piastri que completou 32 voltas. Apenas Esteban Ocon usou os pneus macios na corrida, para fechar a prova e roubar a volta mais rápida de Franco Colapinto.
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