Neste fim de semana a Fórmula 1 concluiu a sua passagem pela Hungria, com vitória de Lando Norris. A estratégia de apenas uma parada para o britânico surtiu efeito e permitiu que ele conquistasse a sua quinta vitória da temporada 2025.
Algumas coisas eram “esperadas” para a Hungria, antes do início das atividades de pista, a primeira delas, era uma corrida baseada na estratégia de duas paradas, para tornar a prova mais dinâmica; a outra, é a corrida tivesse a presença da chuva. Mas o cenário foi diferente, as equipes optaram por uma troca de pneus, por conta das temperaturas mais baixas… e a chuva não chegou para bagunçar o grid.
A Pirelli optou por fornecer a mesma seleção de pneus, dos últimos eventos, trabalhado com a gama macia – C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). Apesar de contar com um composto C6, sendo o mais macio possível, a Pirelli não levou esse pneu para a Hungria, por conta do nível de exigência do traçado – já que é muito sinuoso.
Por fim, horas antes da largada, choveu no circuito, mas a umidade se quer permaneceu, para forçar um início de prova com os pneus intermediários. Para esse início prova, a maior parte do grid apostou na largada com os pneus médios, enquanto cinco pilotos arriscaram uma tática diferente.
Entre esses pilotos estava Lewis Hamilton, o heptacampeão mundial, começou a corrida usando os pneus duros, com a intensão de fazer o inverso do grid: apostando em permanecer mais tempo na pista, enquanto os outros competidores faziam as suas paradas, por estarem em uma janela de médios.

A escolha de Hamilton parecia uma boa aposta, mas foi um fracasso, o piloto britânico perdeu duas posições depois da largada – iniciando da 12ª posição – ficou preso no trenzinho de DRS e não conseguiu fazer as ultrapassagens necessárias para chegar ao top-10. Novamente Hamilton fez uma corrida cega, com poucas informações passadas pelo engenheiro, o que prejudicou ainda mais a corrida de Lewis, dessa forma ele terminou a corrida na mesma posição da largada.
Para tornar a tática de Hamilton ainda mais complicada, alguns pilotos conseguiram prolongar a sua permanência com os pneus médios, como foi o caso de Fernando Alonso que parou apenas na 39ª volta, enquanto Gabriel Bortoleto seguiu o seu mentor e parou no giro 40, assim como Liam Lawson ou Lance Stroll que substituiu os pneus na 36ª volta – todos terminando dentro do top-10. Hamilton, que tinha feito 42 giros com os pneus duros, não teve vantagem.
A estratégia da corrida que chamou mais atenção, foi a escolhida para Lando Norris, já que com a estratégia de apenas uma parada, o britânico teve chances de vencer a corrida. Norris herdou a primeira posição com a segunda troca de pneus de Leclerc e Piastri, dessa forma, o piloto pode ficar em pista, esperando a aproximação dos adversários. Nos dois últimos giros, de fato o australiano esteve colado em Norris, mas para evitar uma colisão entre eles, cometeu um erro e precisou recuar. Lando então conquistou a sua quinta vitória da temporada 2025.
A McLaren deu a escolha de Oscar Piastri também parar apenas uma vez, mas o australiano achou que as suas condições melhorariam com duas trocas de pneus. O time britânico acabou “enganando” a Ferrari com o seu blefe, induzindo a equipe italiana chamar o monegasco na volta 40, quando Piastri só fez a sua segunda troca de pneus no giro 45, contando com compostos mais frescos para travar a batalha pela vitória com Leclerc.
A aposta da McLaren foi certeira, já que a corrida na Hungria é disputada na estratégia de pneus e no momento que vai se realizar a parada, podendo ou não fazer um undercut. Ao menos neste evento, os três pneus foram usados ao longo da corrida, embora os pneus médios e duros, tenham apresentado uma operação bem semelhante, por conta da temperatura na pista e condições climáticas.

Charles Leclerc até largou da pole e conseguiu resistir as investidas da McLaren, até a primeira troca de pneus, mas no momento que os adversários foram se movimentado, as coisas ficaram ruins para a Ferrari. Para concluir a corrida, a Ferrari fez aquela segunda parada, usando dois conjuntos de duros. Inicialmente, acreditava-se que o fato da Ferrari ter caído no jogo tático da McLaren, foi o que realmente custou a vitória: mas Leclerc ainda lidou com um problema nos chassis e sua performance foi comprometida até o final do evento.
Além de ser superado por Norris, por conta da estratégia e ser ultrapassado em pista por Piastri, George Russell encontrou fôlego para também superar o monegasco. Leclerc precisou se contentar com a quarta posição como resultado da corrida antes das férias de verão.
Outra prova que chamou muito a atenção, foi a realizada pela Aston Martin. Embora a equipe tenha se beneficiado de uma classificação forte e de um circuito travado para conseguir a 5ª posição com Fernando Alonso e o 7° lugar com Lance Stroll, foi uma corrida “suada”.
Primeiramente, Alonso precisou resistir as investidas de Gabriel Bortoleto, na primeira fase da corrida. Conforme as voltas aconteceram, o brasileiro precisou recuar, foi neste momento que o espanhol aproveitou o momento de não estar travando uma batalhar com a Mercedes para prolongar o seu tempo em pista e fazer a substituição dos pneus lá na frente.
Para Bortoleto da Sauber, a corrida também foi um tanto complicada, por além de atacar Alonso no começo da prova, precisou lidar com Max Verstappen, que queria passagem para salvar a sua corrida. Bortoleto fez Max desgastar os pneus atrás dele e o neerlandês ainda precisou de duas trocas de pneus para fechar a corrida – algo que foi descartado por boa parte do pelotão.
Para Stroll foi o momento de fazer a sua prova, para conseguir se manter na zona de pontuação e com o resultado ajudar a Aston Martin nos Construtores – já que ultrapassaram a Sauber na tabela de pontos. A estratégia de apenas uma parada, funcionou bem para a dupla do time britânico.
As temperaturas mais baixas na corrida, colaboraram para que boa parte do grid sustentasse apenas a tática de apenas uma troca de pneus, a escolha então foi a melhor e a mais rápida no evento.
A dificuldade com relação ao tráfego intenso, além de ser um circuito travado e não ajudar nas ultrapassagens, também definiu bem a edição deste ano na Hungria.
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