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James Hunt, provavelmente o cara mais divertido de todos os tempos

James Simon Wallis Hunt. James Hunt, campeão mundial de Fórmula 1 em 1976 debaixo do dilúvio no Japão. Provavelmente o cara mais divertido daquela época, e top 10 de todos os tempos.

Hoje, 29 de agosto, James Hunt estaria completando 75 anos, mas uma vida a 300 por hora não só dentro do cockpit o levou mais cedo do que queríamos, silenciosamente, aos 55 anos.

Um produto dos anos 70, Hunt deu 100% de si em tudo, desde que tirou sua carteira de motorista aos 17 anos e, segundo suas próprias palavras,

sua vida começou

Começando com os Minis, passando pela Fórmula Ford e Fórmula 3 num modo “win or wall”, acabou encontrando um irmão espiritual no endinheirado e libertino Lorde Hesketh.

A parceria os levou à categoria-mãe, e a lenda de que gastavam mais em champagne do que em combustível num final de semana de corrida só serviu para surpreender a todos quando Hunt começou a apresentar resultados cada vez mais sólidos.

Tornou-se a escola óbvia da McLaren para substituir o bicampeão Fittipaldi e encarar Niki Lauda e a Ferrari. Não vou detalhar o que foi a temporada de 76 (vão rever Rush, eu espero!), mas o título foi mais que merecido, e só quem tem um fígado saudável no lugar do coração acredita que ele não conseguiria sem o acidente de Niki.

Brincou mais um pouco, mas já tinha provado a si mesmo o que queria. Não ficou muito tempo longe dos autódromos: rapidamente estava passeando pelo paddock, braços dados com o gigante Murray Walker, e tecendo seus comentários ácidos e certeiros na BBC.

Continuou sendo um amador: amava as pessoas, amava o rádio, amava ajudar quem precisava (doava seu cachê das transmissões dos GPs da África do Sul a instituições que combatiam o Apartheid), e amava profundamente todas as mulheres – estava apaixonado e iria se casar novamente quando o coração não aguentou amar tanto e tão completamente.

Hunt, meu velho, esse ferrarista empedernido jura que torce pra você vencer sempre que revê 76. Hoje vou preparar um drink em sua homenagem e levantar o copo aos céus relembrando sua famosa frase:

A primeira coisa que acontece quando você pisa no acelerador é nada. A segunda coisa que acontece, é tudo.

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Carlos Eduardo Valesi

Velho demais para ter a pretensão de ser levado a sério, Valesi segue a Fórmula 1 desde 1987, mas sabe que isso não significa p* nenhuma pois desde meados da década de 90 vê as corridas acompanhado pelo seu amigo Jack Daniels. Ferrarista fanático, jura (embora não acredite) que isto não influencia na sua opinião de que Schumacher foi o melhor de todos, o que obviamente já o colocou em confusão. Encontrado facilmente no Setor A de Interlagos e na sua conta no Tweeter @cevalesi, mas não vai aceitar sua solicitação nas outras redes sociais porque também não é assim tão fácil. Paga no máximo 40 mangos numa foto do Button cometendo um crime.

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