A Fórmula E estava se preparando para utilizar a recarga rápida na temporada 2022/23, mas a implementação do pit-stop pode não acontecer neste ano e ser adiado para o próximo campeonato.
A categoria tinha a expectativa de introduzir o pit-stop de 30 segundos no início desta temporada, mas por motivos de força maior foi necessário adiar a introdução. A Fórmula E sofreu com um problema nas baterias e o mecanismo não poderia ser implementado junto com o início da 9ª temporada.
Embora os testes com o hardware tenham acontecido brevemente em setembro do ano passado, a decisão de adiar a introdução foi tomada logo depois. A Fórmula E esperava fazer a introdução do mecanismo ainda nesta temporada, talvez na metade do campeonato, mas parece que não será possível.
No e-Prix de São Paulo Alberto Longo, co-fundador da Fórmula E mencionou um pouco dos problemas que estão enfrentado neste momento para a introdução do mecanismo.
“Ainda estamos com o mesmo problema que o mundo está lidando, a falta de suprimentos. Temos um problema quanto a linha de produção, trabalhando para o rendimento e seguimos esperando um fornecedor para que façamos tudo no tempo. Porém ainda não temos em definitivo a certeza se será em Jakarta, Portland, Roma ou Londres.”
A categoria gostaria de realizar uma prova teste antes do encerramento da temporada e a implementação definitiva do sistema.
A Fórmula E está enfrentando outro problema, as equipes tinham deixado bem claro desde o começo do Campeonato que não gostariam que mudanças no regulamento esportivo fossem realizados com a temporada em andamento, para não ocorrer uma quebra na linearidade da competição. Embora a Fórmula E seja uma categoria relativamente nova e com a oportunidade de realizar testes para melhorar a competição, os times não eram favoráveis ao sistema de pit-stop ser testado ou implementado com a temporada acontecendo.
“Sei que existe um mecanismo dentro do regulamento para fazer isso, mas mudar o formato da corrida no meio da temporada não é o ideal. Que outro esporte faz isso? Futebol, tênis, críquete, seja o que for, acho que agora será muito difícil introduzir com um grau de confiança, mesmo que funcione da primeira vez”, comentou Roger Griffiths, chefe de equipe da Avalanche Andretti ao The Race.
Os times conhecem o grau de dificuldade para se adaptar ao mecanismo, desta forma eles gostariam de ter uma sessão de testes destinada a esse tipo de avaliação. Apenas implementar o sistema e deixar cada uma das equipes lutando para compreendê-lo, não agrada as equipes, muitos tem a visão que esse não é o caminho ideal.
O The Race informa que as equipes estão esperando por uma reunião em Berlim para ter uma atualização sobre os planos para os testes. A avaliação poderia ser realizado no teste de novatos em Berlim, mas a categoria deve optar por oferecer uma sessão extra de treinos livres com os novatos em Roma, em meados de julho e aproveitar o momento para fazer a avaliação do sistema de recarga rápida.