Em virtude da Renault buscar o encerramento do programa de motores, funcionários da Alpine vão realizar um protesto durante o GP da Itália. Alguns funcionários também entrarão em greve para apoiar a causa, questionando essa mudança radical que é traçada para o futuro da equipe.
A Alpine está em busca de utilizar os motores da Mercedes como tem apontado os últimos rumores. Com a mudança de regulamento dos motores prevista para 2026, o time francês tem buscado alternativas para se tornar um time mais competitivo.
A empresa alemã tem vários clientes no grid e apresenta um motor confiável, enquanto a Alpine se vê sozinha do desenvolvimento de uma nova unidade de potência e não tem perspectiva de fornecer o equipamento para algum time.
Se tornar uma equipe cliente traria alguns benefícios para a equipe, economizando em um programa que não tem trazido bons frutos. O CEO Luca de Meo acredita que essa é a melhor saída para o time, mas tem enfrentado alguns contratempos.
O Conselho Econômico e Social (CSE) que representa os trabalhadores da fábrica de Viry-Chilton, acusou a falta de diálogo e anunciou protestos planejados para esta sexta-feira em Monza, enquanto os treinos livres do GP da Itália são realizados. Cerca de 100 funcionários estarão presentes no circuito, em uma ação organizada pela CSE, se manifestando contra essa mudança radical da configuração do time.
A ideia é defender a manutenção do programa e a continuidade da produção do motor, em mensagens que não tem a intenção de serem agressivas. Os funcionários vão usar uma camiseta branca com o logo da Alpine e uma mensagem “ViryOnTrack, além de braçadeira preta. Também é esperado que alguns funcionários nos boxes da equipe participem do protesto, mas usando a braçadeira preta em apoio.
O futuro da Alpine, mas precisamente o que será feito com a fábrica de Viry-Chatillon deve ser tomado no próximo mês, enquanto a Alpine dá continuidade as negociações com a Mercedes.
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Na declaração emitida, “nenhuma ação impedirá que as operações de pista ocorram”, desta forma a Alpine poderá participar normalmente do evento, correndo com os carros de Pierre Gasly e Esteban Ocon.
“Os funcionários que não conseguiram ir para o evento, entrarão em greve em solidariedade a este movimento”
“O anúncio do fim do desenvolvimento e da produção de motores franceses para Fórmula 1 é incompreensível. Não podemos conceber que a Alpine e o Grupo Renault traiam seus propósitos e prejudiquem sua imagem”, o CSE comentou através do comunicado.
A Alpine tem passado por sucessivas mudanças no comando e da sua estrutura técnica. Hoje a equipe tem um déficit de desempenho para boa parte do pelotão que vai além do motor, pois também é um problema nos chassis usados.
O programa de desenvolvimento dos motores para 2026 já estão acontecendo, e o CSE entende que já existe um “avanço tecnológico”. A Alpine estaria abandonando um projeto que já começou, perdendo milhões de dólares, além de tempo que já foi investido.
A Alpine está ciente da greve e das manifestações que serão realizadas pelos seus funcionários: “Estamos cientes de algumas atividades planejadas para este fim de semana pela equipe de Viry. Entendemos pela comunicação deles que esses serão protestos pacíficos e não impactarão as operações da equipe. O projeto de transformação continua sendo avaliado e nenhuma decisão foi tomada ainda pela gerência da Alpine.”
“O diálogo, que começou desde que o projeto foi apresentado aos representantes dos funcionários da Viry em julho, é importante para a gestão da Alpine e será continuado nas próximas semanas.”
Oliver Oakes assumiu como chefe de equipe da Alpine na Holanda, enquanto Flavio Briatore tem atuado como consultou executivo do time. Recentemente a Alpine confirmou a sua dupla de pilotos para 2025, Pierre Gasly segue na equipe e terá Jack Doohan como seu companheiro para a próxima temporada.
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