No último final de semana Pierre Gasly finalmente conseguiu sua primeira vitória na GP2. O jovem francês comemorou não apenas seu primeiro triunfo na categoria de acesso a F1 como também encerrou um jejum pessoal que já vinha desde setembro de 2013, quando ele venceu a etapa de Paul Ricard da Formula
Renault 2.0. Tal feito o coloca definitivamente como um dos principais nomes para a disputa do título da temporada da GP2 e ainda deixa seu nome cada vez mais próximo de uma vaga na Toro Rosso.
Cabe esclarecer que o grande período sem vitórias não reflete o que foi o desempenho puro de Pierre nesse espaço de tempo. Sempre forte e combativo, mas também errático em alguns casos – é verdade, o francês sempre se manteve impondo boas apresentações e mostrando resultados, por isso mesmo que está firme e forte no disputadíssimo grupo de jovens pilotos da RedBull.
Olhando para o cenário da Toro Rosso na F1, vemos que o desempenho de Daniil Kvyat, recentemente rebaixado da RedBull para a Toro Rosso, até aqui, não vem representando o tipo de modelo ideal de resultado imposto pelo grupo dos energéticos, e claro, naturalmente sua vaga para a próxima temporada começa a correr riscos. O fato de já ter passado pela RedBull Racing, e pior do que isso, ter sido rebaixado, é algo que joga completamente contra as chances do ótimo – eu disse ótimo – russo Kvyat. Cito aqui apenas Kvyat, porque Carlos Sainz Jr, além de estar fazendo uma bela temporada, também acabou de renovar seu contrato para permanecer na equipe até o final de 2017.
Nenhum piloto do grupo júnior da RedBull atualmente está tão preparado para estar na F1 como Gasly. Se, e somente se, realmente existir a vontade de trocar Kvyat, então Gasly é o nome mais do que óbvio para a vaga. Mas claro, para se conseguir um vaga na F1 é necessário mostrar méritos e resultados em todas as condições. Méritos Gasly já vem mostrando ter, mas os resultados – no caso, a(s) vitória(s) – ainda estavam por vir.
Essa vitória representa de uma vez por todas o início do passo derradeiro até a F1, uma vez que esse tende a ser o ‘push’ final para emplacar uma sequência de bons resultados. Um dos pontos, é que essa vitória tira dele o receio, eu diria, de estar a tanto tempo sem triunfar. Não cabe aqui entrar em fatores psicológicos, mas sabemos que esse é o tipo de fator que pesa contra o piloto na hora de ele tomar decisões rápidas e precisas, uma prova disso é o erro cometido por ele na corrida 1 da rodada do RedBull Ring onde o mesmo erra sozinho quando estava na liderança da prova. Não acredito que tenha sido esse o grande fator que o fez cometer o erro, mas entrar no carro pressionado por trazer a primeira vitória depois de tanto tempo, com toda certeza, não ajuda.
No final existe a sensação de que a RedBull está apenas esperando que Gasly tenha bons resultados para assim ter o motivo final de coloca-lo pra cima. Ainda não estamos nem na metade da temporada da GP2, então muita coisa ainda vai acontecer, mas, desde já, todos de olho em Pierre Gasly.