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GP de Portugal – Dados e as estratégias sobre os pneus utilizados no Circuito do Algarve

Um circuito inédito para a realização da décima segunda etapa do calendário, o Circuito do Algarve provou o quanto é desafiador, forçando as equipes traçarem estratégias diferentes buscando obter o melhor aquecimento com os compostos escolhidos pela Pirelli para a etapa.

Lewis Hamilton teve problema com os pneus na largada, mas após obter o aquecimento ideal para os pneus médios voltou a recuperar a liderança da corrida, para cruzar a linha de chegada na primeira posição e conquistar a 92ª vitória da sua carreira.

Confira: Raio-X do GP de Portugal

Sem a intervenção do Safety Car, foi possível ver as equipes lidando realmente com a durabilidade dos compostos, mas também estavam ligados na ameaça de chuva que poderia mudar a direção da corrida.

Os compostos da Rodada

Antes de tudo é importante dizer que a Pirelli apostou na estratégia conservadora de utilizar os pneus mais duros para esta corrida. A fornecedora italiana se baseou nos dados que apontavam um asfalto abrasivo, mas a pista de Portimão foi recapeada em agosto, mudando toda a estrutura do desgaste dos pneus. O circuito se tornou extremamente liso e de pouca aderência, provocando um desafio ainda maior.

Duros – Faixa Branca: utilizado principalmente por aqueles pilotos que largaram com os pneus médios e não poderiam instalar o mesmo tipo de goma para terminar a corrida. Desta forma, os pilotos apostaram nos pneus duros para obter uma performance mais linear até o final da corrida.

Hamilton venceu a corrida com estes pneus instalados no carro e a sua estratégia foi bem semelhante a que a Mercedes adotou para Bottas. Entre os dez, apenas Leclerc fez uma estratégia parecida com a dos pilotos do time alemão. Por outro lado, apenas Kevin Magnussen largou com os pneus de faixa branca.

Médios – Faixa Amarela: a grande estrela do fim de semana, o pneu que apresentou durabilidade e aderência quando atingiam a temperatura ideal. Esteve com Lewis Hamilton e Valtteri Bottas para a conquista da pole e apresentou uma boa evolução no decorrer das primeiras voltas. Raikkonen completou 54 giros com este pneu após abandonar os macios, enquanto Ocon conseguiu dar 53 voltas antes de parar nos boxes para realizar a sua parada obrigatória.

Macios – Faixa Vermelha: foram a grande incógnita do fim de semana, alguns pilotos reclamaram da sua durabilidade. Na largada eles apresentaram uma possibilidade diferente, já que foram fundamentais para os ataques protagonizados por Carlos Sainz e Kimi Raikkonen, no entanto poucas voltas depois o seu desempenho estava comprometido. Grande parte dos pilotos abandonaram a sua utilização com pouco mais de 20 voltas.

Foto: reprodução Pirelli
Confira: GP de Portugal – Hamilton quebra recorde e conquista a 92ª vitória da carreira

No comentário de Mario Isola, chefe da Pirelli na Fórmula 1: “Estamos muito felizes com o desempenho dos três compostos em um circuito exigente que as equipes não conheciam bem. Apesar disso, todos os três compostos mostraram velocidade e durabilidade, com uma ampla gama de estratégias diferentes. As condições hoje foram complicadas com temperaturas de pista razoavelmente baixas e até um pouco de chuva, mas isso não nos impediu de ver algumas rodadas impressionantemente longas, especialmente com o pneu médio, que estabeleceu a pole. Parabéns a Lewis Hamilton por seu registro incrível, temos o privilégio de testemunhar a história sendo feita.”

Confira o Podcast com o Review do GP de Portugal

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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