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GP da Inglaterra: Norris brilha em casa e Hülkenberg conquista primeiro pódio

Britânico conquista vitória inédita diante da torcida e amplia disputa interna com Piastri; Hülkenberg surpreende com pódio histórico pela Sauber

Lando Norris cruzou a linha de chegada do GP da Inglaterra na ponta, o piloto da McLaren conseguiu a tão sonhada vitória correndo em seu país. Anteriormente o competidor tinha mencionado que trocaria até mesmo a vitória em Mônaco, pela chance de vencer em casa, no entanto, agora o competidor é dono das duas.

Após um início de campeonato difícil, marcando por novos erros, Norris emplaca a sua quarta vitória da temporada 2025. O duelo pelo título se intensifica, com o competidor tendo como principal adversário o companheiro de equipe.

A dupla da McLaren dominou desde o início: Max Verstappen largou na pole e liderou nos primeiros momentos, mas logo cedeu a Piastri com a chuva. A superioridade da equipe só foi reduzida com a presença do Safety Car em pista.

A vitória escapou das mãos de Oscar Piastri, na segunda relargada pós-Safety Car. O australiano, que ditava o ritmo para a relargada, ficou muito lento na pista e com isso, Max Verstappen acabou realizando a ultrapassagem. O lance foi investigado pelos comissários, que aplicaram uma punição de 10 segundos. Piastri cumpriu ela na rodada final de pit-stops, invertendo a posição com Norris.

Com o final da prova, existia um gap razoavelmente grande, que protegia Norris nas 8 voltas finais e Piastri precisou se contentar com a segunda posição. O resultado para a equipe foi muito bom, principalmente por conta da dobradinha, em mais um evento que Max Verstappen não terminou no pódio.

O pódio contou com uma presença inesperada, Nico Hülkenberg faturou a terceira posição com a Sauber e por consequência, o primeiro pódio da carreira. Partindo de 19º no grid, o piloto fez uma prova de recuperação incrível e garantiu seu primeiro pódio na F1 – e em sua 239ª largada, com Fernando Alonso e Lewis Hamilton na história.

Hamilton até tentou lutar pelo pódio em casa, por conta das suas grandes marcas nos últimos anos, mas precisou se contentar com o quarto lugar. Além do carro, estar difícil de guiar, a falta de dados impediu de a Ferrari ajudá-lo em pista.

Depois de uma corrida complicada também para Max Verstappen, o neerlandês foi o quinto colocado, seguido por Pierre Gasly com a Alpine em sexto, enquanto Lance Stroll, depois de disputar o pódio, foi o sétimo colocado. Alexander Albon encaixou o carro da Williams em oitavo, acompanhado por Fernando Alonso e George Russell, que fecharam o top-10.

Saiba como foi o GP da Inglaterra

As horas que antecederam o início do GP da Inglaterra, foram marcadas por uma chuva forte. A sua intensidade reduziu, conforme a largada se aproximava, mas o asfalto ainda estava bem úmido, enquanto as rajadas de vento também marcavam esse começo da prova.

Por ordem da direção de prova, os competidores precisaram realizar a volta de apresentação atrás do Safety Car. Os pilotos partiram com os pneus intermediários instalados, pois parecia a melhor escolha para o início da prova. Além disso, as nuvens carregadas ao redor do circuito, indicavam que a chuva voltaria em poucas voltas.

No entanto, nem mesmo o céu escuro e a indicação do radar, impediram que George Russell, Charles Leclerc, Andrea Kimi Antonelli, Isack Hadjar e Oliver Bearman se dirigissem para os boxes, na busca por substituir os pneus intermediários, por compostos slicks antes da largada.

Max Verstappen, que largou da pole, manteve a liderança nas voltas iniciais, com Oscar Piastri e Lando Norris logo atrás. Lewis Hamilton tentou pressionar Norris pela terceira posição, mas os carros da McLaren já demonstravam ter ritmo superior desde os primeiros giros.

Ainda na primeira volta, Franco Colapinto e Liam Lawson se envolveram em incidentes distintos e deixaram a prova. Bortoleto também rodou, e a presença do Safety Car Virtual foi necessária para remoção dos carros, mas principalmente das peças que ficaram pela pista, por conta do brasileiro. Com a relargada aconteceu na sétima volta, Piastri não perdeu tempo: partiu para o ataque e superou Verstappen ainda na volta 8, assumindo a liderança com autoridade sob as primeiras gotas de chuva mais intensa.

Se a tática de alguns pilotos era ganhar algumas posições, com o uso dos pneus de pista seca, a permanência do VSC por alguns giros, complicou as coisas. Desta forma, rapidamente, Andrea Kimi Antonelli se lançou mais uma vez aos boxes, abandonando o confronto com Charles Leclerc.

A chuva atingiu a pista, movimentando os boxes, enquanto Verstappen precisava lidar com Lando Norris. Em uma disputa lado-a-lado, o neerlandês rodou e saiu da pista, abrindo caminho para o britânico avançar.

No entanto, a McLaren optou por chamar os seus dois pilotos para os boxes, dessa forma, a parada para Norris foi um pouco mais lenta, com isso, Verstappen ficou mais uma vez à frente. A Williams tirou Alexander Albon, que tinha ficado entre Norris e Verstappen quase permitindo que o duelo entre eles retomasse – se não fosse a presença do Safety Car em pista – que neutralizou a prova.

O replay mostrou Leclerc extravasando os limites de pista, passando pela grama e cortando a pista, pouco depois de relatar água na viseira.

Na volta 18, a bandeira amarela voltou a ser acionada após um acidente entre Isack Hadjar e Kimi Antonelli. Hadjar atingiu o adversário por conta da falta de visibilidade gerada pelo spray. Com esse incidente, restavam apenas 16 carros na pista.

Na relargada, veio o momento decisivo da prova: Piastri reduziu demais a velocidade no momento de acelerar para reinício, e acabou punido com 10 segundos por conduta considerada perigosa. Yuki Tsunoda também foi penalizado pela batida que fez com que Olli Bearman rodasse. Com isso, a liderança real passou a estar nas mãos de Norris. Pouco depois, Verstappen cometeu um erro incomum e rodou, despencando para a décima posição— um episódio raro na temporada do tricampeão, que vinha sendo pressionado por Hülkenberg.

Enquanto isso, Hamilton iniciava sua recuperação, superando Pierre Gasly e Lance Stroll, e buscando aproximação dos líderes. No mesmo ritmo vinha Nico Hülkenberg, que partira de 19º e já aparecia em quarto. A corrida, porém, teria mais reviravoltas. Com a pista começando a secar, as equipes se prepararam para a troca de pneus. Norris parou primeiro e assumiu a ponta. Piastri, que ainda precisava cumprir a punição, parou na volta 44 e voltou em segundo. A McLaren optou por não interferir na disputa e deixou seus pilotos livres para correr até o fim.

Apesar da aproximação de Piastri nas voltas finais, Norris manteve o controle da corrida. Sem cometer erros, cruzou a linha de chegada com pouco mais de seis segundos de vantagem, conquistando sua primeira vitória em Silverstone, para delírio da torcida. Piastri completou a dobradinha da McLaren, enquanto Nico Hülkenberg garantiu um histórico e merecido terceiro lugar, subindo ao pódio pela primeira vez em sua longa carreira.

Hamilton terminou em quarto, seguido por Verstappen, que se recuperou até o quinto posto. Gasly foi o sexto com a Alpine, seguido por Stroll, Albon, Alonso e Russell. Ocon, Leclerc, Bearman e Tsunoda completaram a lista dos que cruzaram a linha de chegada. Fora da prova ficaram Colapinto, Lawson, Hadjar, Antonelli e Bortoleto.

A corrida contou a história de Norris vencendo em casa, assim como Hülk que pode celebrar o seu primeiro pódio da carreira, com a Sauber.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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