O GP da Emilia-Romagna marcou a conclusão da 13ª etapa do campeonato de 2020, uma pista desconhecida para grande parte dos pilotos do grid e um desafio a ser enfrentado por conta do número reduzido de compostos disponíveis e de atividades realizadas.
Depois desta corrida realizada a Mercedes conseguiu o sétimo título mundial de construtores e Lewis Hamilton está bem perto de atingir a mesma marca em sua carreira. A prova foi marcada por uma dobradinha do time alemão, mas que não veio em total conforto, pois Max Verstappen estava imprimindo um ritmo forte até o momento em que abandonou a prova.
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A dupla da Mercedes largou com os pneus médios e poderia permanecer mais tempo na pista, no entanto Max Verstappen era o foco do time alemão e quando o holandês realizou a sua parada – abandonando os pneus macios para os duros – a Mercedes respondeu com Bottas que também passou a utilizar os duros. Hamilton permaneceu na pista e foi ampliando a distância e quando o virtual Safety Car foi ativo, ele tinha tempo suficiente para realizar a sua parada e fazer o – overcut- garantindo a liderança da prova.
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Nas últimas 10 voltas quando o Safety Car foi ativo por conta do abandono de Max Verstappen e a batida de George Russell, alguns pilotos realizaram uma segunda parada e passaram a utilizar os pneus macios, mesmo que estivessem na estratégia da parada única.
Os pneus utilizados na rodada e o seu comportamento
Duros (faixa – branca): foram a aposta de diversos times, menos da McLaren e Alfa Romeo que realizaram um stint mais longo com os médios. Ricciardo que foi ao pódio e Charles Leclerc que terminou na quinta posição realizaram as paradas depois de completar 14 voltas com o pneu macio e fizeram o restante da prova com os pneus duros.
Médios (faixa – amarela): uma opção para aqueles que gostariam de permanecer mais tempo na pista após o início da prova. A dupla da Mercedes partiu com este composto para o Q2, mas nem todos os pilotos que apostaram nesta estratégia e largaram entre os dez, conseguiram uma boa volta na segunda fase da sessão.
A Alfa Romeo teve um bom desempenho com estes pneus e acabou rendendo a dupla três pontos, Kimi Raikkonen completou 49 voltas com os médios, enquanto Antonio Giovinazzi fez 53 voltas.
Macios (faixa – vermelha): se mostrou um bom pneu para a largada, pois proporcionou uma reação melhor para Daniel Ricciardo que conseguiu realizar a ultrapassagem em Charles Leclerc ainda no início da prova. Já Daniil Kvyat da AlphaTauri, usou os pneus macios-duros-macios para conseguir terminar a corrida na quarta posição.
As melhores voltas de cada composto:
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— Pirelli Motorsport (@pirellisport) November 1, 2020
Nos comentários de Mario Isola, chefe da Pirelli na Fórmula 1: “O safety car no final da corrida influenciou fortemente a estratégia até então, parecia que a estratégia de uma parada seria adotada pela maioria dos pilotos. Também porque há uma grande perda de tempo no pit stop em Imola.
“Devido a alguma granulação observada no macio, as estratégias anteriormente previstas envolvendo o macio mudaram amplamente em favor de uma estratégia de médio para o duro. O pneu médio foi escolhido pelos dois primeiros pilotos para iniciar a corrida e mostrou degradação mínima mesmo em passagens muito longas. O pneu duro também foi executado por muitos pilotos em mais de 40 voltas. Obviamente, precisamos olhar para o pneu duro que completou 32 voltas com Max Verstappen da Red Bull para entender exatamente o que aconteceu, parece que alguns destroços na pista podem ter causado um furo. Parabéns à Mercedes por conquistar seu sétimo campeonato de construtores consecutivo.”