George Russell retomou uma discussão importante que permeia o ambiente da Fórmula 1, a atuação de comissários voluntários, dentro de um esporte multibilionário.
Ao longo dos últimos anos, o assunto é retomado no certame da Fórmula 1, por conta das divergências que ocorrem na aplicação de punições e o desgaste que isso gera para a competição. Muitos pilotos e equipes, acreditam que ter comissários permanentes e remunerados, pode trazer muito mais benefícios para a competição.
Carlos Sainz comentou que o trabalho dos comissários deveria ter um padrão semelhante ao dos comentaristas na TV, como a participação de ex-pilotos, como o trabalho realizado por Karun Chandhok, Anthony Davidson e Jolyon Palmer; o espanhol ainda falou que os assiste no pós-corrida.
“Sim, bem, eu respeito esses três que ele mencionou do ponto de vista da análise, e acho que eles acertam em cheio”, falou Russell sobre os comentários que Sainz fez sobre esse grupo de comentaristas.
“A vantagem que eles têm, em comparação com os comissários, é que, primeiro, não têm pressão, segundo, têm tempo de sobra para não tomar uma decisão no momento e, terceiro, não estão seguindo diretrizes.”
“Eles estão seguindo a própria visão, baseada em sua experiência e conhecimento de corridas, que, diga-se de passagem, eu acho que os comissários também têm, mas o trabalho deles não é tomar uma decisão baseada na própria visão.”
“No que diz respeito ao conhecimento em corridas, o trabalho deles é tomar decisões com base nas regras. Isso significa que as regras precisam estar corretas. Se as regras não estiverem corretas, as decisões também não estarão.”
“Mas não se pode ter uma diretriz para cada circunstância. Então, voltamos ao ponto em que acredito que a atuação consistente de comissários com experiência em corridas, que conseguem enxergar um incidente pelo que ele é, é o que nos proporcionará as penalidades mais consistentes para um determinado incidente. E é aí que pilotos como Anthony, Jolyon e Karun levam vantagem.”
A manutenção de comissários permanentes e não voluntários, é um debate recorrente, pois a FIA sempre relaciona o assunto aos custos que isso acarretaria para a instituição e como poderia ser realizado o repasse.
Em um esporte que movimenta muito dinheiro e as decisões têm impacto direto nas posições que os times vão terminar o ano, é normal ver esses questionamentos. Russell argumentou que é necessária uma gestão consistente e para isso, é necessário que os cargos sejam remunerados em vez de funções voluntárias.
“Mas alguém tem que colocar a mão no bolso para pagar aos comissários o valor correto. Seria ideal ter uma equipe de fiscalização consistente ao longo das 24 corridas. No fim das contas, é um trabalho. Essas pessoas… É um esporte que movimenta bilhões de dólares. Não deveríamos ter voluntários com tanto poder em certas funções. Então, alguém tem que pagar por essas pessoas, na minha opinião.”
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