A Fórmula E está estudando uma forma de aumentar a dinâmica das provas na próxima temporada e tornar a categoria ainda mais atrativa. Desde a substituição do Gen1, a Fórmula E busca uma forma de retomar os pit-stops e isso talvez seja possível com a introdução do Gen3.
A categoria elétrica deve testar um novo equipamento para realizar a recarga rápida das baterias neste mês – entre o ePrix de Jacarta e Marrakech, em uma sessão privada. As equipes que são fornecedoras de powertrain na categoria terão a oportunidade de realizar as atividades, mas o local dos testes não foi divulgado pela categoria ou times, a informação foi reportada pelo site The Race.
Nissan, Porsche e DS vão realizar as atividades em algum lugar da Europa por estar fora do Reino Unido, enquanto os fabricantes que têm registro no Reino Unido – Mahinda, NIO 333 e Jaguar – provavelmente vão fazer as suas avaliações na Inglaterra no mesmo período.
O elemento para a recarga rápida será fornecido pela ABB, empresa que é parceira da Fórmula E e fornece estações de carregamento rápido de alta potência.
Com a introdução do Gen3, a categoria terá carros ainda mais rápidos e com baterias que vão fornecer mais performance. A tecnologia foi desenvolvida para possibilitar recargas mais rápidas e pensando nisso, a categoria está vendo uma forma de voltar a contar com a realização das paradas obrigatórias.
A Fórmula E não vai trabalhar com a troca de pneus como acontece em outras categorias, pois é uma categoria que luta pela sustentabilidade. Os pneus usados pelos carros da Fórmula E trabalham em circuitos secos e frios, assim como os pneus que usamos diariamente me nossos carros. Além disso, não trabalhando com esse tipo de pit-stop, não é necessário viajar com muitos jogos de pneus, reduzindo a carga e o deslocamento.
Atualmente a Fórmula E conta com a utilização do modo ataque, quando o piloto passa por determinada área da pista consegue ganhar um pouco mais de potência e fazer o uso dela por um determinado tempo. Essa é uma das mecânicas usada para dar uma movimentação na pista, onde os times precisam estabelecer estratégias para o ganho de posições. Com a introdução do Gen3, a categoria poderia introduzir novamente os pit-stops obrigatórios, mas agora sem a necessidade de realizar a troca dos carros.
“Temos que discutir, pois há prós e contras para esse tipo de demonstração [técnica], não temos uma filosofia específica. É interessante mostrar a recarga rápida, pois em um carro radical, o carregamento rápido é fundamental para a autonomia e distância, mas temos que ver se é relevante sob o ponto de vista esportivo”, avaliou Jean-Marc Finot, CEO do grupo Stellantis Motorsport ao The Race.
A categoria ainda deve manter a utilização do modo ataque na próxima temporada, mas a FIA e a Fórmula E ainda estão realizando uma avaliação de todo o formato que será utilizado com o início dessa nova era da categoria elétrica.
“Também trabalharemos na maneira de implementar o modo ataque, mas em uma versão 2.0, disse Frederic Bertrand, diretor da Fórmula E.
“Será necessário pensar em formas de como trabalhar com ele, sem interferir na questão do pit-stop. “A maneira como implementaremos [o modo ataque] e a maneira como criaremos o entretenimento em torno desta parte da corrida é algo que precisaremos ser inovadores e é algo que será necessário manter um pouco diferente do que temos atualmente”, seguiu Bertrand.