Às vésperas do GP do Japão, como era esperado, a Lola Cars anunciou o seu retorno ao automobilismo, formando uma parceria técnica com a Yamaha Motor Company para fazer parte do grid da Fórmula E a partir da 11ª temporada.
A marca icónica, com passagem por diversas categorias do automobilismo, escolheu a Fórmula E para marcar o seu retorno as competições. Junto com a Yamaha, estabelecendo uma parceria de múltiplos anos, estão entrando na categoria como fornecedores de powertrain.
O anúncio durante os preparativos para o e-Prix de Tóquio é bem significativo, principalmente por está ser a primeira vez que a categoria elétrica disputará uma prova no país.
A Fórmula E se prepara para a introdução do Gen3 Evo, sendo uma segunda versão do equipamento usado atualmente pela categoria. Para a 11ª temporada os times vão trabalhar com os novos equipamentos.
“Estamos entusiasmados em confirmar nossa entrada na Fórmula E. Para nós, esta é mais do que apenas uma oportunidade de devolver Lola às pistas, é também uma plataforma fantástica para desenvolvimento tecnológico”, comentou Mark Preston, diretor de motorsport da Lola Cars.
“A parceria é o primeiro de vários grandes projetos planeados para restabelecer a empresa britânica como líder da indústria em engenharia sustentável e esporte motorizado, focando-se estrategicamente em três áreas de eletrificação, hidrogénio e combustíveis e materiais sustentáveis”, seguiu.
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Para a Yamaha é a oportunidade de retornar ao âmbito das corridas internacionais de automobilismo, desde o seu último projeto na Fórmula 1 em 1997.
“A Yamaha Motor Company está acelerando a pesquisa e o desenvolvimento de diversas tecnologias que contribuem para a sustentabilidade. Como parceiro técnico, esperamos adquirir tecnologias de gestão de energia mais avançadas através do mais alto nível de corridas elétricas na Fórmula E. Também partilhamos a nova filosofia de automobilismo sustentável da Lola e estamos muito satisfeitos e honrados por formar esta parceria com eles”, comentou Heji Maruyama, diretor-executivo e de gerência da Yamaha.
A Lola realizou várias contratações significativas nos últimos meses para conseguir encarar o projeto, incluindo Mark Preston e Keith Smout, pessoas que trabalhando na Techeetah no auge da equipe.
É importante dizer que a Lola não será a 12ª equipe presente no grid da Fórmula E, ao menos neste primeiro momento. A ideia inicial é fornecer os motores, podendo aproveitar a própria ABT Cupra que encerrou o contrato com a Mahindra para o próximo ano.
Desde a aquisição da Lola Cars em 2022, Till Bechtolsheimer e sua equipe estavam analisando os meios para o retorno da Lola. O relacionamento com a Fórmula E começou ainda em 2022, quando Beachtolsheimer visitou o e-Prix de Nova Iorque. A sua presença foi notada em outras etapas.
“Estamos extremamente entusiasmados com a parceria com a Yamaha Motor Company ao entrarmos no Campeonato Mundial de Fórmula E da ABB FIA. Ser selecionado por um dos OEMs (fabricantes) mais inovadores do mundo para ser parceiro em um projeto desta importância é uma prova do calibre da equipe que estamos construindo na Lola”, comentou Till Bechtolsheimer.
“O foco deste projeto está diretamente no desenvolvimento tecnológico no qual Lola está totalmente investida. Vemos o powertrain elétrico altamente eficiente de 350 kW que sustenta o perímetro do fabricante na Fórmula E, como uma tecnologia fundamental com aplicações interessantes em muitas formas de automobilismo internacional de alto nível nos próximos anos”, seguiu.
Fundada por Eric Broadley em 1958, a Lola Cars projetou e produziu quase 5 mil carros de corrida, com 400 tipos de modelos diferentes. A fabricante de carros de corrida existiu por cerca de 50 anos. Com trunfo nas 24 Horas de Le Mans e Rally, participação na Fórmula 1, fora as vitórias nas 500 Milhas de Indianapolis.
