Com o ePrix de Jacarta a Fórmula E dará início a sua segunda metade do campeonato. Até o momento tivemos um campeonato bem disputado como está intrínseco na categoria. A temporada começou com liderança de Edoardo Mortara, mas o piloto da Venturi teve os seus altos e baixos. Stoffel Vandoorne é o atual líder da categoria e neste momento vai garantindo a conquista de mais um campeonato para a Mercedes, antes da saída do time alemão.
Após as provas realizadas em Berlim, Edoardo Mortara conseguiu uma vitória e um pódio, retomando a segunda posição do campeonato com os seus 99 pontos conquistados até o momento, contra 111 do piloto belga. Nesta disputa, a regularidade de Jean-Éric Vergne é a que chama mais atenção, o piloto da DS Techeetah terminou todas as provas até aqui, mas também esteve na zona de pontuação em todas elas. Vergne é o único bicampeão da categoria e busca seu terceiro título nesta temporada.
A Fórmula E é bem elogiada pela sua competitividade, existem times grandes, mas ainda é possível manter uma disputa e ter um campeonato acirrado. É difícil se manter regular na categoria, pois isso exige não apenas um bom trabalho da equipe, mas também as variáveis do fim de semana. Mesmo um piloto que tem um bom retrospecto em alguns traçados, nem sempre consegue manter o seu nível de competitividade.
Com a redução dos tempos disponíveis para os treinos livres, os times precisam ser mais certeiros em suas configurações. Aqueles que não conseguem resolver essas questões rapidamente, acabam prejudicando a preparação dos pilotos e por consequência, a realização de uma boa classificação. Outro fator chave é saber trabalhar bem a ativação do modo ataque, para conseguir escalar o grid durante as provas.
Das oito corridas que tivemos nessa temporada, apenas Mortara, Nyck de Vries e Mitch Evans venceram duas vezes. Tivemos um início de campeonato com cinco vencedores diferentes, Vandoorne e Wehrlein também conquistaram uma vitória cada nesta temporada, desta forma tivemos cinco vencedores diferentes até aqui.
De Vries começou a temporada com o objetivo de defender o título, o holandês venceu a primeira prova, mas também contou com muitos altos e baixos. Seu companheiro de equipe que geralmente é o mais azarado, conseguiu trabalhar muito bem nesta primeira metade do campeonato. O holandês é o sexto colocado do campeonato e conta atualmente com 65 pontos, mas esteve no pódio apenas nas duas vezes que venceu, nas outras provas sequer esteve dentro do Top-5.
Robin Frijns também está realizando uma boa campanha, o piloto da Envision conta com 81 pontos e três pódios. Frijns bateu literalmente na trave para obter uma vitória, apenas 30 pontos o separam do atual líder. Em um fim de semana se o piloto conquistar a pole, vencer e conquistar a volta rápida, ele pode obter 29 pontos. Então realmente a distância de Vandoorne para o quinto colocado não é nada confortável neste momento.
Neste atual momento da temporada, dos onze times, dez já conquistaram pontos. Apenas a Dragon dentro de todas as suas dificuldades, ainda está lutando para não deixar a temporada 2021/22 sem pontos.
A Dragon não tinha perspectivas para uma temporada melhor por conta da homologação do equipamento para duas temporadas, com o objetivo de aliviar os orçamentos em decorrência da pandemia. O novo formato de classificação também não é nada favorável para o time que já tem muita dificuldade para disputar algum espaço no grid. E mesmo com um resultado melhor, a tendência são os carros da Dragon perderem desempenho ao longo da prova e por consequência, despencar ainda mais no grid.
Dos 22 pilotos do grid, apenas o brasileiro Sergio Sette Câmara e Antonio Giovinazzi não conseguiram pontos ainda, enquanto a NIO 333 com Oliver Turvey e Dan Ticktum juntos somam sete pontos.
Será um final de temporada extremamente disputado. A categoria terá nesta metade Jacarta e Coréia do Sul como novidade, além do retorno de Marrakech.