Nesta quinta-feira (31) na Itália a Fórmula 2 apresentou o carro que será usado pela categoria a partir de 2024.
Às vésperas da penúltima etapa da temporada 2023, a categoria enfim revela o carro da próxima geração da categoria de base. A expectativa é que o modelo seja usado até 2026. O novo equipamento tem uma aparência mais próxima do que é o carro de Fórmula 1 usado atualmente e tem por objetivo preparar os competidores para dar um próximo passo nas suas carreiras.
Até o final de dezembro, cada uma das equipes do grid receberá um carro novo da F2, o segundo equipamento será entregue em meado de janeiro. Será realizado um shakedown com os times antes do primeiro teste oficial de pré-temporada, executado com um carro por equipe.
O novo equipamento foi aperfeiçoado não apenas em sua aparência, assim como na segurança, sistemas, desempenho, sustentabilidade e acessibilidade, mas ainda pensando nos custos que essas alterações vão impactar na categoria.
Os carros de Fórmula 1 passaram por uma mudança e o regulamento foi introduzido em 2022. Este é o segundo ano da categoria principal com um novo design, desta forma também era necessário modificar o carro da Fórmula 2, para aproximar mais as duas categorias. O carro também foi pensado para permitir disputas ainda mais próximas, recebendo alterações no bico, asas dianteiras, traseira, assoalho e conta ainda com uma aparência mais fluída.
Ele segue as especificações da FIA para 2024 em termos de freada, esforço na direção e ergonomia, pensando nos pilotos que vão participar do próximo campeonato e tornando ele mais acessível. O carro ainda contará com o sistema de DRS e foi aprimorado com uma nova unidade de controle do veículo Mirelli (VCU), além de contar com o Virtual Safety Car (VSC).
A asa traseira foi o que chamou mais atenção neste lançamento, ela é bem diferente. O carro será movido pelo motor Mecachrome turbocompressor de 3,4 litros, incluindo recursos para a utilização do combustível sintético, que será introduzido em 2025. Para o próximo ano, a categoria ainda vai trabalhar com o 55% biocombustível sustentável, introduzido no início da temporada 2023 com êxito.
Em julho o carro foi avaliado em Varano em um shakedown, com a ex-pilota de F2, Tatiana Calderon ao volante. Após a revelação realizada, o programa de desenvolvimento continuará ao longo de uma série de testes que serão realizadas ao longo deste fim de ano, com vários pilotos, incluindo o campeão da Fórmula 2, Felipe Drugovich.
O programa de avaliação, contará com acúmulo de quilometragem para garantir a confiabilidade dos carros, antes que eles possam ser entregues para as equipes. O desenvolvimento será realizado ao longo dos próximos anos, à medida que o novo combustível é inserido e trabalhado pela categoria de base até que a F2 possa usar um combustível 100% sintético e sustentável em 2027.
“Estou muito orgulhoso de apresentar nosso novo carro de F2, que correrá pelos próximos três anos. Juntamente com a FIA, concebemos um carro potente, desafiador e seguro que vai preparar jovens pilotos para a F1 e que continuará a proporcionar grandes corridas e muitas oportunidades de ultrapassagem, algo que os fãs esperam da F2”, comentou Bruno Michel, CEO da Fórmula 2.
“Ele foi projetado também para todos os tipos de pilotos, levando em consideração as avaliações da FIA em relação ao esforço de direção. Isto é obviamente fundamental para tornar o nosso esporte mais inclusivo, melhorando a dirigibilidade e o conforto do nosso carro”, seguiu.
“Quero agradecer aos nossos parceiros Aramco, Pirelli, Dallara e Mecachrome, que são fundamentais para tornar este carro seguro, confiável e a melhor equipamento de corrida para preparar nossos pilotos para a Fórmula 1.”
Os novos carros da Fórmula 3 serão introduzidos a partir de 2025, com a categoria tendo um pouco mais de tempo para se preparar para as mudanças.