Após a reunião do Conselho Mundial de Esporte a Motor da FIA realizada em Paris, algumas medidas foram adotadas para a continuação do campeonato. Foram modificadas as temperaturas do combustível, assim como aproveitaram para definir uma alteração para o parque fechado, entre outras medidas.
No começo da temporada algumas equipes tiveram o problema com a temperatura do combustível, no Grande Prêmio de Miami a Aston Martin precisou largar dos boxes pois cometeu um erro no processo da redução da temperatura de combustível. Em Barcelona a AlphaTauri teve um problema semelhante, mas Pierre Gasly conseguiu deixar o pit-lane instantes antes dele ser fechado.
A regra relacionada a temperatura do combustível, informava que nenhum combustível de uso imediato em um carro pode estar mais de 10°C abaixo da temperatura ambiente. A aferição da temperatura era realizada duas horas antes da largada e desta forma os times tinham uma base para trabalhar os combustíveis.
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Agora o artigo 6.4.2 do regulamento técnico foi revisado, desta forma, ela aponta agora que em corridas onde a temperatura ambiente for superior a 30°C, será permitido que o combustível seja usado a 20°C, mas em provas com temperaturas do ambiente mais baixas, a temperatura do combustível ainda será trabalhada em 10°C após a medição.
As temperaturas serão aferidas uma hora antes de qualquer sessão de treinos e duas ou três horas antes da corrida ou prova sprint. Essas aferições serão identificadas pelo medidor de fluxo do combustível em cada carro. A medida tomada é importante, principalmente por conta dos problemas que aconteceram no início do ano, além disso, os times vão enfrentar provas bem quentes pelo restante da temporada.
Parque Fechado
Os problemas de confiabilidade dos motores têm provocado vários abandonos, desta forma a pedido das equipes, a FIA mudou as regras de parque fechado entre a classificação e a corrida. Os times poderão realizar mudanças na unidade de potência para versões mais atualizadas durante o período que é determinado como parque fechado, mas só será permitido para aqueles que estiverem dentro do limite da temporada. Antes qualquer mudança que fosse realizada, gerava a necessidade de largar do pit-lane.
A FIA também permitirá alguns reparos no motor após identificarem danos ou falhas, mas também só poderá ser realizado para reparos temporários.
Deflexão das asas
Também foram realizadas mudanças voltadas para a deflexão da asa traseira e da beam wing. Antes era permitido que a ‘beam wing’ poderia defletir em não mais do que 5mm em uma carga de 60N. Agora ela só poderá defletir em 3 mm quando a carga de 150N foi aplicada.
Enquanto a asa traseira agora poderá defletir em 3 mm, enquanto antes o permitido era 2 mm, mas a carga permanece inalterada em 200N. As marcações serão usadas para monitorar a deflexão, junto com as câmeras onboard.
Há também uma atualização para os espelhos, pensando justamente na melhora da visibilidade da traseira.
Outras alterações para completar o pacote!
A FIA também realizou uma restrição para os testes de pneus. A Pirelli está realizando com colaboração dos times a avaliação dos compostos que serão usados na próxima temporada, entretanto, as equipes estavam se aproveitando para verificar peças. A FIA incluiu uma cláusula informando que “nenhuma peça de teste, software de teste, mudança de componentes ou alterações de configuração serão permitidas”.
Como os testes são limitados, os times estavam tentando ganhar alguma vantagem quando levavam os seus carros para a pista, desta forma não poderão usar atividade da Pirelli para coletar dados, que não sejam destinados ao teste de pneus. Ajustes só serão permitidos se forem contribuir para a avaliação dos compostos.
Por último a FIA definiu que as coletivas de imprensa serão realizadas às quintas-feiras, ratificando o que foi estipulado no começo da temporada para ‘reduzir o fim de semana’. As entrevistas dadas perdiam rapidamente o valor, principalmente com os treinos livres começando pouco depois das entrevistas.
As coletivas serão realizadas 23 horas antes do início do TL1, com duas sessões de 30 minutos contendo cinco pilotos, enquanto os outros dez falarão separadamente com as emissoras de televisão e imprensa escrita separadamente.