O GP de Mônaco foi apenas mais um capítulo no desentendimento que tem acontecido entre Lewis Hamilton e Riccardo Adami. Em alguns momentos o heptacampeão é bombardeado de informações que ele não precisa, enquanto em outros – fica completamente cego sobre a sua prova.
Durante a prova em Monte Carlo, Hamilton poderia ter iniciado o evento ocupando a quarta posição, mas por conta de uma informação incorreta passada pela equipe, o competidor foi penalizado e caiu para o sétimo lugar.
Sabendo que é difícil ultrapassar em Mônaco, Hamilton ainda conseguiu avançar para o quinto lugar, mas fez uma prova particular, sem incomodar Oscar Piastri e sem ter adversários.
Novamente, em uma troca de rádio com o seu engenheiro, Hamilton solicitou uma informação, para saber por quantos segundos estava separado do pelotão que estava à sua frente, Adami então respondeu sobre a Ferrari estar lutando e mencionou a corrida de Charles Leclerc. Hamilton voltou ao rádio para dizer que ele não tinha a informação que precisava.
Após obter a informação que precisava, Hamilton retornou ao rádio para agradecer os mecânicos pelo conserto do carro após a batida do piloto no TL3 e deixar mais uma mensagem de encerramento da prova. Por fim, Hamilton não obteve nenhuma resposta e perguntou pelo rádio se Adami “estava chateado ou algo assim” – onde também ficou sem resposta.
Adami já foi engenheiro de Sebastian Vettel e Carlos Sainz, pilotos que questionavam algumas decisões da equipe sobre a estratégia e também tinham as suas particularidades. No entanto, após a ida de Hamilton para a Ferrari, esse relacionamento não apenas com a equipe, mas com o engenheiro é observada de perto.
Tudo sobre a mudança feita por Hamilton gera curiosidade, mas também é óbvia a comparação direta do trabalho realizado entre o heptacampeão mundial e Peter Bonnington, assim como a combinação Lewis e Adami.
Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Ferrari, tratou de esclarecer o que aconteceu sobre a comunicação da equipe e Hamilton, naquele momento que o competidor ficou sem resposta.
“Porque quando o piloto pergunta algo entre a Curva 1 e a Curva 3, temos que esperar o túnel para responder, para evitar falar com ele durante as curvas. Não é que estejamos dormindo, não é que estejamos tomando uma cerveja no pit-wall dos boxes, é só porque temos um trecho da pista onde combinamos de falar com ele.”
“E, sinceramente, não é um momento em que o cara esteja pedindo alguma coisa. Ele está entre os muros… ele está sob pressão, ele está lutando… ele está a 300 km/h entre as barreiras e eu estou perfeitamente bem [com isso]”, concluiu.
Hamilton e Adami continuam tentando um meio-termo para a comunicação entre eles, já que esses são os primeiros momentos de trabalho junto. Vale mencionar que Lewis já consta com um volante que tem mapas bem importantes e ajudam ele na obtenção de informações, que ele não precisa de confirmação do engenheiro – tudo isso para estar mais bem situado na prova e evitar muita conversa.
Porém, o grande problema até o momento vem sendo as questões estratégicas – como já acontecia com Vettel e Sainz, além da dificuldade de Hamilton ter as informações que busca e não um completo rodeio.
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