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Ferrari busca indenização após carro de Carlos Sainz ser danificado por bueiro em Las Vegas.

A Ferrari está discutindo de forma privada um ressarcimento após acidente de Carlos Sainz com bueiro

Durante o TL1 do GP de Las Vegas, o carro de Carlos Sainz foi acertado por um bueiro, danificando o equipamento usado pelo espanhol, algo que gerou a necessidade de a Ferrari realizar alguns reparos. Por baixo dos panos, Frédéric Vasseur revelou que está conversando com as partes interessadas do GP de Las Vegas para que consiga uma indenização por conta dos danos causados ao carro de seu piloto.

Enquanto Sainz realizava os treinos ao lado de outros competidores, o espanhol passou por um bueiro que teve a sua tampa ejetada e acabou danificando o chassi, unidade de potência e a bateria do SF-23. Por conta da mudança da bateria, Sainz foi punido perdendo 10 posições no grid de largada.

A temporada está se encaminhando para a última corrida, não compensando que a Ferrari realize grandes alterações no carro de Carlos Sainz, mas de qualquer forma a equipe ficou com o prejuízo, principalmente no momento que duela com a Mercedes diretamente pela vice-liderança do campeonato.

“Esta será uma discussão privada que terei com as partes interessadas deste evento. Não há previsão no orçamento ou limite de custos para descartar acidentes. Com certeza você tem muitos custos extras. A caixa de câmbio foi danificada, a bateria foi danificada o motor morreu”, afirmou o chefe de equipe da Ferrari, Vasseur.

“Temos muitas consequências pelo lado financeiro, do lado esportivo e até do estoque de peças adicionais, e do lado orçamentário com certeza não é fácil”, seguiu.

No GP da Malásia de 2017, quando o carro de Romain Grosjean foi seriamente danificado após o carro do piloto ser atingido por uma tampa, a Haas negociou um acordo financeiro com os organizadores de Sepang.

Carlos Sainz tem carro afetado após bueiro se soltar e atingir o SF-23, danificando todo o carro – Foto: reprodução F1

O GP de Las Vegas foi organizado pela Liberty Media e a Fórmula 1, desta forma a prova foi promovida internamente, sem precisar de organizadores locais para a prosseguir com o evento.

A Ferrari precisou reconstruir o carro. Com o adiamento do início do TL2 Sainz retornou para o traçado, mas o espanhol quase ficou fora da prova. O piloto ainda teve que lidar com uma punição que não pareceu muito justa, principalmente pelo carro ser afetado por algo externo, de natureza da pista que não teve a preparação adequada.

Vasseur foi questionado sobre o quanto isso afetará o time para a próxima etapa: “Você pode ver os prós e os contras disto, não seremos capazes de reconstruir tudo porque a próxima [corrida] é na próxima semana. Não há como construir um novo monochoque, por exemplo.”

O carro de Sainz também foi afetado pela demora para que a bandeira vermelha fosse ativada.

“Teríamos que discutir as circunstâncias do incidente também. Porque não se trata apenas do fato de a tampa ter saído, mas também do fato de termos tido um minuto entre a bandeira amarela e a bandeira vermelha”, comentou Vasseur.

“Isso significa que, quando eles colocaram a bandeira amarela, viram algo na pista. E eles demoraram um minuto antes de ativar a bandeira vermelha. Acho que isso é demais.”

“A principal questão para mim nesse caso é que, quando você coloca a primeira bandeira amarela, isso significa que você viu algo, você não coloca a bandeira amarela por antecipação.”

“Significa que o cara que deu a bandeira amarela e deu a bandeira amarela também no meu painel, que vem do controle de corrida, significa que eles viram algo, e então demoraram um minuto antes de dar a bandeira vermelha, quando é uma reta, e você tem uma parte metálica, e está a 340 km/h.”

Até o momento que a bandeira amarela sinalizou que tinha algo de errado na pita, os competidores e equipes não sabiam qual era a ocorrência. O carro de Esteban Ocon foi danificado antes de Carlos Sainz ser atingido pelo bueiro, Fernando Alonso por sua vez conseguiu evitar um problema para a Aston Martin.

A discussão com relação ao ocorrido no carro de Grosjean perdurou por meses, mas a Ferrari deve correr atrás para ter algum tipo de ressarcimento pelo prejuízo, assim como fez o time norte-americano.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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