Fórmula 1

Escolhendo um piloto para torcer – Parte 2

Como temos uma galera de pilotos, aí vem a segunda parte dos prós e contras para você escolher para quem torcer este ano.

A parte um está aqui: Escolhendo um piloto para torcer – Parte 1.

11- Nico Hulkenberg

Por que amar?

– Hulk é mais um dos personagens carismáticos do grid. O Johnny Bravo das pistas, está sempre envolvido na zoeira, e parece ser o tipo de piloto que leva a temporada numa boa. Chegou agora na Renault, e promete ajudar a equipe com bons resultados, baseando-se na sua performance nos testes. Promete também massacrar seu companheiro de equipe, que vamos falar já, já.

– Além do carisma, Nico Hulkenberg é um bom piloto. Fez uma boa temporada na Force Índia, e com o carro certo, promete mais podiuns pra Renault, que estava mesmo precisando de uma renovada.

Por que odiar?

– Humor de gosto duvidoso. Após o lançamento do carro rosa da Force Índia, Hulkenberg polemizou, mas redes sociais ao “zoar” sua ex-equipe, argumentando que havia saído pela cor do carro. Claramente, a Force India não deixou barato, e no mesmo dia, postou uma foto dele com a Hello Kitty. Tudo na brincadeira, mas isso é igual chamar ex-namorada de louca, da impressão de ingratidão e até de dor de cotovelo.

– Hulkenberg perdidão: o piloto não é nenhum novato, e chegou a ser cotado para substituir seu amigo/homônimo Nico Rosberg na Mercedes, na época do turbilhão da aposentadoria do campeão. Fora isso, Hulkenberg não apresenta nenhum feito de destaque em sua carreira, o que pode preocupar os fãs do piloto, afinal, sempre queremos ver o piloto favorito “subir sem parar”. Isso pode ser bom ou ruim. Bom porque precisa se superar, ruim porque pode vir a se desmotivar com um carro não competitivo. Hulk também falou coisas contraditórias na off-season. Primeiro, esperava podiums, depois, disse que Renault ainda não estava competitiva. Migo, decida-se.

12- Jolyon Palmer

Por que amar?

–  Bom, Jolyon Palmer é um novo exemplo de galã feio. Um cara que mais parece um desenho animado, mas que de óculos escuro e uma camiseta Justin há engana de gostosão e bom moço, certamente merece nossa torcida.

– Since Lotus. Palmer foi terceiro piloto da equipe em 2015, substituindo Grosjean em algumas ocasiões. Quando a Lotus se tornou a Renault, Palmer ficou como um “patrimônio” da equipe e se tornou piloto em 2016. Palmer conseguiu superar Magnussen em algumas ocasiões, e manteve sua vaga para 2017.

Por que odiar?

– Palmer é uma versão Plus advanced do Pastor Maldonado, pois, além de ser barbeiro, quando não destrói o carro, ainda conta com a zica do carro quebrar e ter que abandonar a corrida. Em 2016, tirou Carlos Sainz da pista, e encontrou o muro sozinho algumas vezes também.

– Ninguém sabe o que Palmer está fazendo na Renault. É sério. Além de não ser um bom piloto, Palmer está tomando pau para o Hulkenberg desde os testes. Palmer abandonou a corrida na Austrália, enquanto seu companheiro de equipe terminou em 11°, em um GP com muitos abandonos por problemas técnicos.

13- Fernando Alonso

Por que amar?

– LINDO, TESÃO, BONITO, GOSTOSÃO, BI-CAMPEÃO. Fernando Alonso é nosso espanhol magia muito antes de Carlos Sainz. Aliás, ele foi inspiração para Sainz, uma vez que Sainz o conheceu quando era criança e queria seguir seus passos. Além de um piloto bonito, sempre foi um piloto bom, arrojado, treteiro e que correu atrás só título com unhas e dentes. Boa pessoa para se torcer.

– Atualmente, Alonso faz parte dos veteranos da F1. Em idade, apenas Felipe Massa e Kimi Raikkonen (dois anos mais velho, inclusive) são da sua época. Hamilton está no quase, mas ainda é três anos mais jovem. Para idade, Alonso continua sendo um piloto motivado e que não pensa em se aposentar por enquanto (ou não pensava antes da Honda, né?)

Por que odiar?

– Choronso. Porque está para nascer piloto que reclama mais que ele. Essa fase começou na Ferrari e nunca mais parou de acontecer. Alonso parece ser aquela amiga dramática que coloca a culpa das coisas erradas no mundo, mas que jamais reconhecerá que errou. Algumas vezes ele teve razão, outras…

– Polêmico. Alonso vive alfinetando outros pilotos do grid sobre os mais diferentes assuntos, seja idade de se aposentar, quantidade de títulos, entre outras pérolas que ele joga para a mídia. Apesar de seu humor ter chegado após as constantes falhas da McLaren, o mesmo brincar com as situações em que tem se colocado, Alonso sempre causa alguma polêmica ou saia justa nas coletivas e entrevistas.

14 – Stoffel Vandoorne

Por que amar?

– Mais um estreante, este com 25 anos e alguma bagagem em corridas. Correu na GP2 (agora Fórmula 2), mas antes já tinha passado pela Fórmula 4 e pela Fórmula Renault. Foi contratado pela McLaren em 2013, para fazer parte da equipe de desenvolvimento, e está lá desde então. Os estreantes sempre nos trazem a sensação do esporte estar se renovando, então é sempre um motivo para amar os “novinhos” nas pistas.

– Já pontuou com uma McLaren!

Em 2016, no GP do Bahrein, substituiu o também magia (aliás, que equipe da porra essa McLaren né?) Fernando Alonso, devido ao acidente que o espanhol sofreu no GP da Austrália. Vandoorne chegou em décimo e já pontuou na estreia!

Por que odiar?

– Vandoorne, o Hamilton versão belga?

O estreante já garantiu diversas vezes a imprensa que não pretende criar um clima infernal na equipe como foi entre Alonso e Hamilton em 2007, porem, também disse que não vê em Alonso um tutor, mas sim um rival. Ora ora…parece que temos um treteirinho aqui hein? #polêmica

– McLaren Âncora. Analisando os resultados da McLaren Honda, se os carros não melhorarem e não proporcionarem aos pilotos chances de resultado, pode ser que isso deixe a carreira de Vandoorne sempre naquele patamar mediano, de segundo piloto ou em equipes pequenas, o que seria uma pena, pois mostrar talento na F1 já é difícil, e com poucas oportunidades então…

15 – Sergio Perez

Por que amar?

– AQUI É MÉXICO, PORRA!

Sergio Perez defende seu país como nunca se viu. O Mexicano, ano passado, quebrou o contrato com um de seus patrocinadores, devido ao mesmo ter tuitado uma piada sobre o Muro de Donald Trump. O piloto ainda afirmou: “Jamais vou deixar ninguém brincar com meu país”. Além disso, depois da Eleição de Trump, Sergio tem participado de diversas campanhas contra o muro que separa o México dos EUA e a Extradição dos mexicanos dos EUA. Nós amamos gente que tem fibra moral!

– Sergio Perez é um piloto de corridas de recuperação. Em sua carreira, desde a Sauber, o piloto faz corridas em que sai do “meio do grid” e acaba pontuando, ou ainda, chegando ao podium, como foi na Itália em 2010, que largou em décimo e chegou em terceiro. Sua última temporada na Force Índia lhe rendeu o sétimo lugar no mundial Motivos de sobra para amar.

Por que odiar?

– Rejeitou três anos de Renault. Se você é fã da Renault, talvez torcer pelo Perez não seja uma ideia boa. O Mexicano rejeitou um contrato com a Renault de 2017 a 2019, pois há expectativas de entrar na Ferrari em 2018. Imagina se não acontece? Vocês ficam órfãos, ou ainda, continuam torcendo para o carro rosa. Porém, na F1 como tudo é muito incerto, foi uma aposta arriscada.

– Coleguinha de equipe good vibes, nada de tretas.

Você pode revirar a internet, não vai achar uma treta de Sérgio Perez. Nem no Paddock, muito menor fora dele. Perez costuma se dar bem com seus companheiros de equipe e não arrumar tretas. Talvez, mesmo numa Mercedes ou Ferrari, jamais vamos ver Perez nos proporcionar climão por coisas da corrida ou de fora dela. Isso pode ser bom ou ruim, como eu sempre digo, gostamos de ver treta dentro da pista, mas também ficamos incomodados quando a treta começa a perder o controle, tanto na internet quanto fora dela, não sabemos se amamos ou odiamos a treta.

16 – Esteban Ocon

Por que amar?

– Uma história linda com o automobilismo. Para quem viu o GP da Austrália, sabe que rolou um momento emocionante que foi Galvão Bueno ressaltando a diferença entre Lance Stroll e Esteban Ocon. A família de Ocon vendeu sua casa para comprar um trailer e acompanhar o filho na carreira do automobilismo. Dificilmente vemos a história de um garoto simples na Fórmula 1, então vocês eu não sei, eu já estou torcendo para ele ser uma revelação incrível. Estou emotiva.

– OUTRO estreante, não…pera.

Esse negócio de estreante é complicado no caso Ocon. Ocon já estava na Manor em 2016, mas entrou no meio da temporada, numa equipe que já mostrava que viria a falir. Em 2017 será a primeira temporada completa do Francês. Como toda estreia em boa equipe, vem aquela monstrinha expectativa nos incomodar: será que vai se destacar? Escudeiro ou oponente? E assim será o restante da temporada para nós.

Por que odiar?

– Já foi rival e superou o “kirindinho” Max Verstappen na Fórmula 3 europeia em 2014, onde o Francês superou Max uma etapa antes do fim da temporada, tornando-se campeão. A relação entre os dois parece não ter sido abalada, porém podem vir tretas por aí. Teremos que escolher: Ou um, ou outro.

– Agressivo apenas quando necessário.

Ocon afirmou em uma entrevista à autosport.com que não costuma ser agressivo se não é necessário. Colocar sua própria vida em risco ou a de outro piloto não é justificável em sua visão. Desta afirmação podemos perceber que talvez haja um receio do piloto em se machucar ou machucar alguém o que é bom apenas se for moderado. Com carros mais largos essa temporada, esperamos que o Francês não tenha medo de ultrapassar caso tenha a chance.

17- Romain Grosjean

Por que amar?

–  Groselha é gente como a gente! Falo isso porque Grosjean é casado com a namorada de longa data, e tem dois filhos com ela. Além de ser muito bem casado, obrigada, ele é o marido que toda mulher pediu a Deus: Cozinha, lava, passa, conserta coisas e cuida das crianças. É como dizem: pacote completo. Piloto, bom marido, bom pai, bom companheiro de equipe…como não amar o Groselha?

– Bom piloto sem bom carro. Groselha faz uns milagres com uns carros que a gente não entende. O exemplo mais recente foi o GP da Austrália, onde largou em sexto, e vinha fazendo uma corrida consistente, até que seu carro teve um problema de motor e por isso acabou abandonando a corrida.

Apenas para deixar claro, Kevin Magnussen, com o “mesmo carro”, largou em 16º.

Por que odiar?

– Groselha. O apelido de groselha veio, além da similaridade com seu nome, porque Grosjean também já fez algumas coisas esquisitas na pista. Seu maior feito neste sentido foi em 2012, na Bélgica, onde ele PASSOU POR CIMA DO CARRO DE FERNANDO ALONSO, e foi suspenso por uma corrida. Fora isso, teve o GP do Brasil de 2016, onde o Franco-Sueco perdeu o controle do carro na volta de aquecimento e encontrou o muro.

– “Roubou” a vaga de Bruno Senna. Embora em 2012 Bruno Senna tenha ido para a Williams, seu maior rival para a Vaga da Renault era Grosjean, que acabou com a vaga na Lotus em 2012. Para qualquer Brasileiro, pode-se achar que a Renault usou de favoritismo para um francês na escuderia, então já dá para dar aquela “brasileirada” típica de quem adora botar a culpa no juiz quando o time perde e colocar a culpa no groselha. A culpa é nossa e nós colocamos em quem a gente quiser!

18 – Kevin Magnussen

Por que amar?

– Kevin Magnussen é um piloto aplicado. Em sua estréia na McLaren já conseguiu pontos, e foi segundo colocado. Embora esta conquista tenha sido devido a desclassificação de Daniel Ricciardo, é uma conquista e tanto para um Estreante. Magnussen é muito aplicado, tanto fisicamente quanto mentalmente. Em suas redes sociais, está sempre estudando e treinando para dar o melhor nas pistas. Disciplina para conquistar seu sonho, como ele mesmo escreve em suas redes sociais.

– Ama os Catioros e a namorada. Se entramos no Instagram de Kevin, podemos ver vários vídeos dele com a cachorra Elsa (Let it goooo, let it goooo…desculpem, não resisti), e várias fotos com a namorada, que segundo ele disse no twitter, ele conheceu em um restaurante japonês na sua cidade.

Por que odiar?

– Mal perdedor. Segundo fãs e em momento que pudemos acompanhar, Kevin mostrou-se um garoto teimoso. No acidente de corrida na Austrália, o piloto recusou-se a pedir desculpas para Marcus Ericsson, sendo que a culpa foi dele, o que ocasionou o abandono de Marcus Ericsson na Austrália.

– Piloto Mediano. Tirando seus grandes feitos como o podium na estréia e algumas corridas destacadas, Kevin não mostrou grandes resultados que o fizessem brilhar. Provavelmente por ter pouco tempo na Formula 1 e ter estado apenas em equipes médias, o piloto não mostrou nada de surpreendente ainda, então não se sabe se chegará a uma equipe grande ou se será sempre um piloto do “fim do grid”.

19 – Marcus Ericsson

Por que amar?

– Começou das bases e veio evoluindo em outras categorias para chegar a F1. Isto é importante para os pilotos, uma vez que entender as categorias de base tornou-se um elemento essencial para um bom aproveitamento na F1. Marcus Ericsson foi campeão de Kart, Fórmula BMW, Formula 3. Correu e não foi campeão apenas na GP2. O que significa que com um pouco de sorte e um bom carro, pode vir a ser campeão. (ou não).

– O piloto que provavelmente salvou a Sauber. No texto “o dinheiro Sueco na Sauber” aqui do boletim do paddock, foi feita a relação entre o dinheiro injetado na equipa por uma empresa Sueca, o fim da crise financeira do time e a permanência do Sueco no time. Por mais que ter um PayDriver possa ser ruim para uma equipe, a permanência da equipe viva é muito importante para o esporte, pois já perdemos a Manor, perder também a Sauber seria bem triste. Obrigada Ericsson!

Por que odiar?

– Marcus teve contrato renovado com a Sauber, mesmo com desempenho inferior a Felipe Nasr.

Por mais que o contrato do mesmo possa ter sido uma questão mais financeira/política do que de performance, podemos sim ficar meio putos com a dona Monisha por não renovar com nosso BR, e já que a culpa é nossa e colocamos ela em quem quisermos, vamos colocar na conta do Sueco que pode ter comprado a vaga e ter aniquilado a boa performance de Nasr.

– Performance bem meia-boca. Ericsson está na Sauber desde 2015, e desde então não apresentou nada que impressionasse um fã. Em 2015, ficou 18 pontos atrás de Felipe Nasr, e em 2016 não pontuou. Tudo bem, sabemos que o carro não ajuda muito, mas ainda assim, tomou dois pontos do companheiro, ou seja, se fosse um piloto arrojado, talvez tivesse tirado pelo menos uma casquinha.

20 – Pascal Wherlein

Por que amar?

– O novo queridinho da Mercedes-Benz. Pascal já correu pela equipe na DTM, onde conquistou um campeonato e os olhos da Mercedes. Tornou-se piloto de testes em 2015, e em 2016 correu pela Manor, onde conquistou 1 ponto. Wherlein chegou a ser comentado como possível substituto pra Rosberg, mas acabou indo para a Sauber.

– Um “estreante” promissor. Como a Manor já vinha com problemas de orçamento, e com carros ruins. Conquistar um ponto numa Manor foi praticamente um milagre. Agora, na Sauber, podemos considerar uma nova estreia, e assim, torcer para que Pascal Wherlein vença e traga pontos para a Sauber,

Por que odiar?

– Tirou a vaga de Felipe Nasr. Nós bem sabemos que com o fechamento da Manor, a retirada de Felipe Nasr da F1 foi confirmada. Porém sabemos também que se não fosse a influência da Mãe-Mercedes na Sauber, talvez Felipe Nasr tivesse permanecido na equipe. Por mais que a Mercedes não tenha ligações diretas, Wherlein é um piloto “patrocinado” pela mesma, e ocupou o último assento vago no grid.

– Maldonisse o tirou de duas corridas. Pascal Wherlein sofreu um acidente inofensivo, após errar e capotar na ROC, quase passando em cima de Felipe Massa. Wherlein saiu andando do carro, mas teve uma lesão no pescoço que o fez perder a semana de testes e duas corridas este ano, pois além de estar lesionado, o piloto demorou para se recuperar, atrasando também seus treinos de condicionamento físico. Será que a barbeiragem é uma característica sua, ou foi apenas um caso esporádico? teremos que ficar de olho este ano para saber…

Concluindo, é isto. Escolham seus pilotos e vamos aproveitar as próximas 17 corridas faltantes. Usem este post para escolher por quem o coraçãozinho bater mais forte e por quem gritar na sala de casa.

 

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.
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