Nesta segunda-feira (17), a abertura de vendas para os ingressos do GP de São Paulo de 2026 durou apenas alguns minutos antes de todos os setores aparecerem como “esgotados”. A Deputada Federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi às redes sociais no mesmo dia para anunciar que solicitou uma investigação sobre a conduta da Eventim, empresa responsável pela comercialização dos ingressos.
Nos últimos anos, vários fãs da Fórmula 1 tem relatado problemas para realizar a compra de ingressos para o evento, entre compras canceladas, as inúmeras falhas no site que ocorre a venda, além dos ingressos que aparecem como “esgotados” em minutos – mesmo dos setores mais caros na faixa de R$ 20 mil reais.
A venda dos ingressos para a edição do GP de São Paulo de 2026 foi dividida em três fases, a primeira ocorreu na segunda-feira (10) logo depois da corrida de 2025 ser disputada entre os dias 7 e 9 de novembro no Autódromo José Carlos Pace. Nesta venda os fãs com cartão Porto (patrocinadora do evento) tiveram acesso aos ingressos por meio de uma pré-venda, mas ainda nesta oportunidade o relato é que ao acessar a página 12h01, os ingressos já constavam com esgotados.
Outros fãs tiveram a oportunidade de participar também da pré-venda direcionada para os clientes da American Express no dia 13 de novembro, mas mais problemas também foram relatados.
Entre os fãs que conseguiram os ingressos para a etapa de 2026, outros tantos ficaram sem acesso ao ticket, a prática da venda e encerramento rápido chamam a atenção, pois apesar do crescimento expressivo de fãs da categoria, os problemas encontrados para a compra de ingressos de grandes eventos não são oriundos à Fórmula 1.
Depois de receber várias solicitações para uma explicação para essa prática, a deputada Hilton, levantou questionamentos sobre essa venda rápida, considerando exatamente o tamanho do evento. Em 2025, a organização do GP de São Paulo afirmou que durante os três dias de atividade em Interlagos, passaram 303.627 pessoas pelo autódromo.
“Após inúmeras reclamações e denúncias recebidas pelo meu mandato, estou solicitando que a Secretaria Nacional do Consumidor investigue a venda de ingressos para o GP de São Paulo”, falou Erika Hilton em seu X (antigo Twitter).
“Novamente, a Eventim levou o caos e a confusão por onde passou. Dessa vez, o alvo foi a Fórmula 1. Não é normal que TODOS os ingressos de um evento que recebe, anualmente, um público de cerca de 300 mil pessoas, estejam esgotados 7 MINUTOS depois do início das vendas, conforme apuração da imprensa.”
“Por isso, estou requerendo que sejam apuradas as possibilidades de que parte dos ingressos tenha sido reservada para cambistas, para plataformas digitais de revenda ou para a venda em futuros lotes “extraordinários” mais caros.”
“Também estou solicitando que a Eventim seja questionada sobre quais os métodos utilizados para proteger sua plataforma de bots de compras automatizadas e como são feitos os procedimentos de confirmação de identidade dos compradores.”
“E sim, meu mandato está investindo um pouco de seu tempo nisso. Pois recebemos essa demanda de parte da população e entendemos que é direito de todas as pessoas que elas comprem em condições justas, transparentes e funcionais.”
“Além disso, só entre 2022 e 2025, o setor de eventos recebeu cerca de R$ 60 BILHÕES de dinheiro público apenas com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, o Perse, isso sem contar eventuais outros benefícios.”
“E o GP de São Paulo ocorre em Interlagos, pois a prefeitura de São Paulo PAGA por isso. São cerca de 132 MILHÕES de reais por ano pagos à Fórmula 1, além do investimento de R$ 500 milhões feito pela prefeitura para requalificar o Autódromo de Interlagos. Isso tudo é dinheiro PÚBLICO. Um setor que recebe tanto apoio do governo e da sociedade PRECISA se guiar pelas melhores práticas comerciais possíveis.”
São vários relatos sobre a dificuldade para a compra dos ingressos, problemas que aconteceram especialmente depois de 2019 e que só foram agravando com o avançar do tempo. Os fãs ainda reclamam constantemente das questões que envolvem a organização, além de filas longas, ingressos originais que constam como “utilizados”, mas que o dono da compra e portador dos ingressos não conseguiu passar na catraca, entre muitos outros.
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