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ePrix de Marraquexe: D’Ambrosio resiste a todas as pressões e aproveita o presentaço deixado pela dupla da BMW

Foto: ABB Formula E, via Twitter

A segunda etapa da temporada 2018-19 da Fórmula E aconteceu nas ruas de Marraquexe nesse sábado, 12. Havia muita expectativa para a prova, pois reviveríamos a disputa do título do ano passado, já que Sam Bird e Jean-Eric Vergne largavam na primeira fila.

A corrida foi cheia de ação com direito a batidas, belas ultrapassagens e um Safety Car no fim da prova, causado pela colisão entre os companheiros de equipe Alexander Sims e Antonio Felix da Costa, que deu a vitória de presente para o belga Jerome D’Ambrosio da Mahindra. Dos brasileiros, Lucas di Grassi foi o melhor classificado, Piquet e Massa tiveram uma corrida pra esquecer.

Logo na primeira curva, Vergne forçou uma ultrapassagem em Bird por fora da pista, quase passando por cima da publicidade do principal patrocinador da categoria. Os dois se tocaram e o francês levou a pior, Vergne rodou e caiu para a última posição. Sam conseguiu se manter na liderança e abriu vantagem para o grid que tentava se ajeitar atrás de si.

Com a rodada de Vergne, alguns pilotos tiveram que desviar da Techeetah virada ao contrário na pista. Entre os prejudicados estavam Nelsinho Piquet, que perdeu muitas posições e foi para o fim do grid. Quem se deu bem foram Robin Frijns e Lucas di Grassi, que pularam para 4º e 6º, respectivamente, e a dupla da BMW, comprovando o ótimo momento da equipe.

As posições na pista eram Bird, Sims, da Costa, Frijns, D’Ambrosio, Di Grassi, Turvey, Lopez, Abt e Rowland. Massa era o 11º e Piquet, o 18º. O Modo Ataque foi liberado na terceira volta, ele estava localizado na curva 3 e teria 4 minutos de duração, cada piloto teria direito a duas ativações.

(T-39min) Pascal Wherlein abandonou a corrida, irritadíssimo. Sua Mahindra ficou avariada após o alemão se tocar com outros pilotos na largada. Da Costa ultrapassou Sims, ficando com o segundo lugar.

(T-38min) Uma bandeira amarela foi acionada na curva 5, Gary Paffet estava parado na pista com o pneu furado.

Toto Wolff, o chefão da Mercedes, acompanhava a corrida nos boxes da HWA ao lado de Alejandro Agag e foi apresentado como “marido de Susie Wolff, diretora da Venturi”.

Ele não deveria estar muito feliz, já que Vandoorne também havia abandonado a prova.

(T-36min) Buemi, com a asa dianteira avariada durante a confusão da primeira curva, ultrapassou Felipe Massa.

(T-35min) Max Gunther foi o primeiro a ativar o MA, o piloto da Dragon estava na 17ª posição. Da Costa aumentou o ritmo e diminuiu aos poucos a distância para Sam Bird. Di Grassi assumiu o 5º lugar após ultrapassar D’Ambrosio.

(T-33min) Os 5 primeiros eram Bird, da Costa, Sims, Frijns e Di Grassi. Daniel Abt, em nono, ativou o Modo Ataque. Gunther, ainda sob o Modo Ataque, tomou o 16º lugar de Felipe Massa. Piquet, em 19º, também ativava o MA.

(T-30min) Antonio Felix da Costa insistiu na tentativa de passar Sam Bird e um leve toque entre eles aconteceu, após muita pressão, o português conseguiu levar sua BMW à frente poucas curvas depois, Alexander Sims aproveitou a brecha e também passou o piloto da Virgin num incrível bote duplo das duas BMW.

(T-29min) Daniel Abt chegou a 7ª posição com o Modo Ataque ativado. Também com o MA, estavam Turvey, Buemi e Dillman.

(T-27min) Os seis primeiros colocados estavam praticamente colados uns nos outros, eram eles: da Costa, Sims, Bird, Frijns, di Grassi e D’Ambrosio. Abt, Lopez, Turvey e Lotterer completavam o top-10.

(T-26min) Pechito Lopez ativou o Modo Ataque e devolveu a ultrapassagem feita por ABT duas voltas antes. Felipe Massa, em último, passou na zona de ativação do MA e D’Ambrosio ganhou a 5ª posição de Lucas di Grassi.

O leve toque entre da Costa e Bird entrou sob investigação. Nesse ePrix de Marraquexe, um dos fiscais da prova foi Max Verstappen. O piloto da Red Bull prestava serviços comunitários como punição pela “briga” com Ocon no GP Brasil do ano passado. O lance foi considerado incidente de corrida e nenhuma ação foi tomada.

(T-24min) Os vencedores do Fanboost foram anunciados, pela ordem, Vandoorne, da Costa, Massa, Buemi e Wehrlein receberam 25kW de potência extra cada um. Infelizmente Stoffel e Pascal não puderam aproveitar a vantagem, já que abandonaram a prova ainda nas primeiras voltas.

Sam Bird começou a perder posições. Primeiro para seu companheiro de equipe, Robin Frijns, depois para D’Ambrosio e em seguida para Lucas di Grassi. O piloto da Audi aproveitou o embalo para ultrapassar Frijns, que também havia perdido uma posição para D’Ambrosio.

Após todo esse embaralhado na frente do grid, as posições eram: da Costa, Sims, D’Ambrosio, di Grassi (MA) Frijns, Bird, Lopez, Lotterer, Buemi e Abt. Fazendo uma corrida de recuperação após a rodada na primeira curva, JEV ativava o MA na 13ª posição.

(T-19min) Da Costa e Sims ativaram o MA juntos. Além deles, também passaram pela zona da potência extra Frijns, Bird e Vergne, que já chegava ao 8º lugar após passar pelo companheiro Andre Lotterer. Piquet era o 15º e Massa permanecia na 19ª posição.

(T-18min) D’Ambrosio, muito pressionado por di Grassi com Frinjs e Bird colados nos dois, via sua distância para os líderes, da Costa e Sims aumentar para 3.4 segundos. Vergne ultrapassou Lopez e estava há 3 segundos da briga pelo 4º lugar.

(T-13min) A dupla da Virgin ativou o MA ao mesmo tempo e rapidamente passaram por di Grassi.

A diferença dos líderes para D’Ambrosio caiu para 2.8. O piloto da Mahindra ativou o MA para se livrar dos carros da Virgin. Vergne, já em 6º, passou di Grassi sem o Modo Ataque.

Faltando 10 minutos + uma volta para o fim da corrida, os 10 primeiros eram da Costa, Sims, D’Ambrosio, Frijns, Bird, Vergne, di Grassi, Lotterer, Buemi e Lopez. Nelsinho Piquet era o 16º e Felipe Massa, o 19º.

(T-9min) Sims forçou uma ultrapassagem por fora no companheiro de equipe, os dois retardaram a freada até o último instante e fritaram pneus. O português não conseguiu contornar a curva, bateu na mureta de proteção e saiu da prova. Sims ainda conseguiu voltar na 4ª posição e D’Ambrosio e assumiu a ponta.

Após a corrida, da Costa assumiu a culpa pelo acidente e Sims disse que também se sente responsável pelo que aconteceu. O chefe da equipe, Roger Griffiths, não apontou nenhum culpado pela batida.

(T-7min) Por causa do acidente, o Safety Car foi ativado e o BMW i8 pilotado pelo português Bruno Correia foi para a pista.

D’Ambrosio, Frijns, Bird, Sims, Vergne, Lotterer, di Grassi, Buemi, Evans e Abt faziam o top 10, enquanto Piquet e Massa subiram uma posição devido ao abandono de da Costa, eles eram 14º e 18º respectivamente.

Com apenas 3 minutos restantes, todos os pilotos partiram para a estratégia de ativar o Modo Ataque para tentar alguma manobra quando o Safety Car saísse da pista. As exceções eram: Frinjs, Bird e Lopez que já haviam utilizado as duas ativações a que tinham direito.

Os fiscais demoraram para retirar o carro de da Costa do muro e o Safety Car só saiu na última volta, após o cronômetro zerar.

Alexander Sims, com Modo Ataque, tentou passar Bird, mas não conseguiu. D’Ambrosio também resistiu às investidas de Robin Frijns e travou roda nas últimas curvas. Os primeiros colocados chegaram praticamente juntos, mas a vitória ficou com Jerome D’Ambrosio para a alegria de Dilbagh Gill, o carismático diretor da equipe indiana.

A dupla da Virgin completou o pódio e Sam Bird mantém sua marca de ir a pódio marroquino em todas as corridas realizadas lá. Lucas di Grassi fez a melhor volta da corrida, marcando 1:20.296.

Com uma corrida eletrizante (ba dum tsss), o ePrix de Marraquexe manteve o alto nível de Al Diriyah. A etapa do Marrocos confirmou que as principais forças até agora são BMW e Techeetah, a Mahindra aparece como uma terceira força e a Virgin corre por fora. O acidente com a dupla da BMW custou caro à equipe que ficou apenas com 12, dos 37 pontos que tinha nas mãos. Não só deixou de se isolar na liderança, como também perdeu o 2º lugar no campeonato para a Mahindra. A Techeetah segue na frente.

Jérôme d’Ambrosio (BEL) Fonte: Mahindra Racing

Entre os pilotos, o novo dono da bola é Jerome D’Ambrosio. O belga é meu destaque positivo desse ePrix, ele largou em 10º, aproveitou o presente que lhe foi dado e conseguiu a vitória, mesmo sendo bastante pressionado durante toda a prova. O ponto negativo vai para Jean-Eric Vergne que tinha grande chances de disputar a vitória, mas cometeu um erro bobo e precisou fazer uma corrida de recuperação [muito boa, por sinal]. Ponto positivo também para a própria Fórmula E que melhorou a transmissão da corrida, deixou a zona de ativação do Modo Ataque em um lugar bem mais fácil de passar e a exibiu desde o começo, além disso, e não criou punições sem explicação dessa vez.

E você? O que achou da corrida? Quais os seus destaques? Comenta aí com a gente!

A próxima etapa da Fórmula E é dia 26 de janeiro em Santiago no Chile.

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