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Emerson Fittipaldi chega em segundo, porém brasileiros comemoram como vitória o feito na estreia de Jacarepaguá

Série 365: Emerson chega em segundo, porém brasileiros comemoram como vitória o feito na estreia de Jacarepaguá - 01ª Temporada: dia 253 de 365 dias.

O Grande Prêmio do Brasil 1978, marcou a estreia do autódromo de Jacarepaguá no Rio de Janeiro, mas para saber um pouco mais sobre está mudança e também sobre o surgimento da corrida no país, recomendo a leitura do Preview do GP do Brasil de 2016. Está corrida também foi marcada pela Copersucar-Fittipaldi que ainda necessitava demonstrar uma melhor desempenho do que o obtido, um nono lugar no Grande Prêmio da Argentina que fora realizado duas semanas antes da competição passar pelo Brasil, mas também havia a forte pressão para que a equipe brasileira conseguisse melhores resultados em relação aos outros dois anos em que já fazia parte do grid regular. A equipe contava com a direção de Emerson Fittipaldi que tinha 29 anos e já o era o bicampeão do mundo e chamava a atenção por ter deixado uma equipe de ponta (McLaren) em 1976 para se arriscar na equipe que ainda estava engatinhando.

Fonte: Coopersucar
Fonte: Coopersucar

As atividades no novo circuito começaram ainda na quinta-feira e a equipe brasileira já apresentava bons resultados, Emerson obteve um quarto lugar naquele dia e na sexta conseguia acompanhar o ritmo da Ferrari de Carlos Reutemann. No entanto o maior desafio veio no sábado, quando o semieixo traseiro do bólido acabou quebrando e levou quase toda a sessão para ser concertado, com isso Emerson necessitou se contentar com o sétimo lugar para a largada de domingo, Ronnie Peterson era o pole, seguido por James Hunt, Andretti e Reutemann.

Fonte: Contos da F1

O calor era infernal, as arquibancadas estavam cheias e Emerson ainda enfrentaria uma prova de paciência, pois antes de entrar no seu carro, foi informado pelo irmão que o carro tinha um problema no motor e eles precisariam optar pelo carro reserva se quisessem ter chances naquela prova e a esperança foi renovada quando Wilsinho deu o aval que estava tudo certo com o plano B.

Tiveram uma boa largada, com o carro da Copersucar pulando para o quinto lugar ainda na primeira curva, no entanto acabou perdendo uma posição três voltas depois para Villeneuve que fazia um melhor aproveitamento dos pneus Michelin no calor do asfalto de Jacarepaguá. Emerson também estava mais cuidadoso, já que via Villeneuve fazendo de tudo para conquistar as posições e se embolando com os outros competidores, para evitar um acidente, acabou deixando o piloto se arriscar. O brasileiro acabou conquistando mais uma posição quando Hunt sofreu com problemas de degradação dos pneus e o britânico despencava no grid, perdendo algumas posições.

Na décima quinta volta Emerson já estava em terceiro, apresentando uma melhor performance e também contado com a sorte, por Villeneuve havia colhido o que fora atrás e se enroscava com Ronnie. O brasileiro também já tinha superado Peterson.

Emeson até tentou apertar para chegar em Andretti mas logo depois que o carro começou a trepidar, mudou de planos e decidiu investir na tentativa de apenas levar o carro até o final, se manter no pódio e conseguir terminar a corrida à frente de Lauda.

Restando 10 voltas para o final o público do autódromo foi a loucura quando Andretti começou a ter problemas com a perda da quarta marcha e com isso o brasileiro conseguiu de aproximar do piloto da Lotus e na volta 57 concluía a ultrapassagem. Segundo o brasileiro foram as 7 voltas mais longas da sua vida e cada barulho do carro começou a ficar mais audível e na sua cabeça todos os problemas que poderiam acontecer, ficavam rondando a sua mente.

Carlos Reutemann dominou a corrida no autódromo de Jacarepaguá, era impossível do brasileiro conseguir alcança-lo pois esse argentino estava fazendo uma prova a parte e acabou terminando 49s13 na frente do brasileiro.

Fonte: Contos da F1
Emerson chorou muito naquele dia, foi um grande alivio para ele e para a equipe, que passaria um tempo sem ser zombada, já que acabava por realizar um grande feito.
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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