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Em dia perfeito, Felix da Costa consagra vitória na primeira disputa do Festival de Berlim

Um minuto de silêncio antes da largada em homenagem às vítimas da COVID-19 e a Helder Correa, o funcionário que faleceu durante a montagem da pista semana passada. O Boletim do Paddock também aproveita o momento para relembrar Ana Luiza Khalil, a fã de Daniel Ricciardo que faleceu na manhã desta quarta-feira (05) após um AVC, Ana Luiza lutava contra um câncer há alguns anos.

E deu Antonio Felix da Costa na primeira corrida do Festival de Berlim. O português dominou a prova no Aeroporto de Tempelhof, após conquistar a pole. A única ameaça foi a de Jean-Éric Vergne no momento que o português foi buscar o modo ataque. O piloto ainda ficou com a melhor volta da prova.

A DS Techeetah estava determinada a garantir a dobradinha, mas Vergne não conseguiu manter o ritmo e para completar ficou sem energia nos últimos cinco minutos e não completou a prova.

A segunda posição, ficou para André Lotterer, na Porsche, acompanhado por Sam Bird da Virgin. Nyck de Vries ficou próximo de conseguir o pódio, pois esteve dentro do top-6, mas encerrou a prova na quarta posição. Jérôme D’Ambrosio foi o quinto, com Stoffel Vandoorne em sexto e Sébastien Buemi, Maximilian Günther, Lucas Di Grassi e Alexander Sims completar o top-10.

Di Grassi não teve uma boa classificação, mas quando chega na hora da corrida o brasileiro busca a zona de pontuação. Felipe Massa não completou a prova, pois acabou batendo ainda no início da corrida. Sérgio Sette Câmara fechou na vigésima posição.

Saiba como foi a corrida

Da Costa manteve a liderança na largada com Vergne segundo e Lotterer em terceiro. Bird pulou para 6º. Di Grassi rapidamente chegou ao 17º lugar, Massa também ganhou posições e pulou para 8º.

Após dois minutos de corrida, da Costa abriu 1.9 de vantagem. Buemi e Lotterer iniciaram intensa disputa pelo 3º lugar. 

Oliver Rowland recebeu um Stop & Go de 10 segundos e outra punição de 5 segundos. James Calado também foi punido com o acréscimo de 10 segundos ao seu tempo. 

Sette Câmara chegou a cair para último, mas voltou ao 22º lugar de onde largou. Mesmo assim, foi aberta uma investigação contra o brasileiro por ele ter se posicionado de maneira errada durante a largada.

Os pilotos pareciam contidos no começo da prova. As poucas disputas por posição provavelmente eram resultado do receio de carros sofrerem algum estrago que não pudesse ser reparado a tempo das próximas corridas. 

Aos 35 minutos, Vergne fez a melhor volta da prova 1:09.783 e diminuiu a distância para da Costa para 1.358. A calmaria durou pouco, Robin Frijns foi o primeiro a abraçar o muro, o acidente aconteceu após disputar posição com Guenther, o holandês ainda se arrastou pela pista na tentativa de chegar aos boxes, mas não conseguiu e parou na curva 10.

Sérgio Sette Câmara foi o primeiro a ativar o Modo Ataque. E pouco tempo depois o Safety Car foi acionado, após uma breve bandeira amarela local onde o carro de Frijns ficou parado.

Ruim para os dois líderes, a briga entre da Costa e Vergne tinha aberto uma distância de 4.4 segundos para o terceiro colocado, Andre Lotterer. Aliás, o alemão da Porsche segurou o restante pelotão que formou um trenzinho atrás dele.

A relargada aconteceu quando faltavam 26 minutos para a bandeirada final, após ficar 5 minutos na pista. Pela regra do Safety Car (e bandeira amarela total), houve redução de 5 kw de potência em cada carro. 

Nas disputas por posições após a bandeira verde, Bird faz bela ultrapassagem em D’Ambrosio para chegar ao 6º lugar. Da Costa, Vergne, Lotterer, de Vries, Buemi, Bird, D’Ambrosio, Evans, Massa e Lynn eram os 10 primeiros após o Safety Car.

Buemi tentou ativar o Modo Ataque, mas errou a entrada e não conseguiu. No entanto, de Vries e Calado tiveram mais sucesso. O desempenho de Lotterer melhorou após a relargada e ele se aproximou dos dois carros da Techeetah. O alemão aproveitou a distância para os demais carros e tentou ativar o Modo Ataque, mas cometeu o mesmo erro de Buemi e por pouco não perdeu a 3ª posição.

A dupla da Techeetah ativou o Modo Ataque em conjunto. Na volta anterior, de Vries também havia passado pela zona de ativação e se aproveitou da energia extra para ultrapassar Lotterer pouco depois. 

Mais atrás a disputa entre Vandoorne e Guenther se intensificou, enquanto isso, da Costa fez a volta mais rápida – 1:08.965. Com o Modo Ataque ativado, Bird ultrapassou Evans, chegando ao 5º lugar. 

Tentando se recuperar também, Lucas di Grassi chegou à 12ª posição com o Modo Ataque ativado. Lotterer aproveitou um erro de de Vries para recuperar seu 3º lugar. O piloto da Mercedes também perdeu o 4º lugar para Sam Bird. 

Bandeira amarela na curva 6 causada por Felipe Massa, o brasileiro atingiu o muro e teve a suspensão direita quebrada. 

Vergne fez a segunda ativação do Modo Ataque sem estar combinado com o companheiro de equipe dessa. O francês perdeu temporariamente o 2º lugar para Lotterer, mas rapidamente o recuperou. 

Faltando 10 minutos para o fim da corrida, a bandeira amarela em toda a pista foi acionada. Nesse momento, os dez primeiros eram da Costa, Vergne, Lotterer, Bird, de Vries, Buemi, D’Ambrosio, Evans, Vandoorne e di Grassi. 

Na volta da bandeira verde, Felix da Costa abriu grande distância para Vergne – em provável jogo de equipe para que o português ativasse seu segundo Modo Ataque sem ser ameaçado. Da Costa assim o fez, apesar de errar a entrada e quase perder a liderança para Vergne. Poucas voltas depois, foi Bird quem ultrapassou Vergne e assumiu a segunda posição em grande manobra. Com queda de rendimento, Vergne também perdeu o 3º lugar para Lotterer. 

Bird ativou o Modo Ataque e caiu para 3º, Lotterer subiu para 2º e da Costa fez nova volta mais rápida (1:08.965). Em queda contínua, Vergne foi ultrapassado por de Vries. Enquanto isso, o português da Techeetah abria 5.6 para Bird, que tinha acabado de passar Lot

Vandoorne surgiu no 5º lugar depois de uma recuperação impressionante. E volta após volta Vergne perdia posições, caindo para 7º. Mitch Evans foi atingido por Guenther e despencou para 18º. Bom para da Costa que viu seu principal oponente no campeonato ficar distante da zona de pontuação enquanto aumentava sua vantagem na pista. 

D’Ambrosio passou Vandoorne para chegar ao 5º lugar e da Costa iniciou a última volta com apenas 3% de bateria, ele cruzou a linha de chegada zerado. Lotterer e Bird completaram o pódio. Vergne seguiu com a maré de azar e terminou a prova nos boxes, após ser tocado por Di Grassi e rodar na pista, o brasileiro chegou na 9ª posição.

Um dia perfeito para Antonio Felix da Costa que conquistou os 30 pontos disponíveis para essa etapa e deu um salto rumo ao título. 

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