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Dos erros da McLaren até o caminho para a retomada de sua força

Talvez um dos carros mais esperados para a próxima temporada seja o da McLaren, a equipe de Woking tentou com o Motor Honda por três anos e depois da relação ficar abalada, optaram por utilizarem nesta temporada os motores Renault.

Muito se falava sobre a aerodinâmica ser boa, nos circuitos onde o motor não era altamente exigido, mas o que vemos é que em 2018 a McLaren continua não acompanhando os carros que utilizam também a unidade motriz da Renault. O grande problema da equipe não era realmente apenas a unidade motriz, mas sim vários outros.

Gil de Ferran, assumiu o cargo recém-criado de diretor esportivo da equipe, nesta temporada e com o time vem tentando concertar os erros que foram feitos ao longo dos últimos anos para melhorar a situação da mesma.

Em entrevista concedida hoje (09), nos boxes da McLaren, Ferran admitiu que é apenas eles não tem apenas um problema e vai realmente muito além ao que os espectadores estão vendo. Gil disse que existem problemas fundamentais e aqueles que mudam de circuito para circuito. Entenda. 

P – Gil, Fernando Alonso já declarou que o carro da McLaren de 2017 possuía chassis melhores que os atuais, e que teoricamente ele estaria sendo utilizado como base para o produzir o da próxima temporada. Corrigindo estas falhas o que podemos esperar do modelo do próximo ano?

GF – Não é bem que o carro de 2017 foi pego como uma base, eu acho que toda a experiência que a McLaren tem, esse ano e o ano passado e o ano anterior… a gente frequentemente olha bastante para trás, para entender tudo o que foi feito ao longo dos anos. Isso faz com que você tome uma decisão, olhando para a frente. Então não é bem que você só olha para o carro de dezessete (2017), é uma questão de absorver e rever toda a experiência que você tem ao longo dos anos. E na verdade isso é um processo que sempre é feito. E aliás experiências boas são uteis, e experiências não tão boas são também, porque você aprende bastante com os erros.

Eu acho que com relação ao carro desse ano por exemplo, a gente entende bem onde nós erramos, onde a gente não foi bem, quais são os pontos fracos do carro, a gente compreende bem isso. Toda essa compreensão, vai nos ajudar a fazer um carro melhor ano que vem.

Gil disse que o carro da McLaren para 2019 ainda está no meio do projeto.

 

P – Falando ainda do carro de 2018, o grande rumor era que o carro da McLaren, não tinha o encaixe perfeito do motor Renault, no espaço que era do Honda, o quanto isso é verdade?

GF – Olha eu não vejo isso exatamente ser um problema, claro que quando você muda de motor, que é uma coisa importante dentro da integração do carro inteiro, é um fator difícil que você tem que lidar, mas não acho que isso foi um grande problema esse ano.

Gil ressalta que esse tempo na McLaren está sendo divertido e o que conta para ele é ser maduro e experiente, além de estar se dando bem com o time. ”Acho que todos na equipe entendem bem como a gente precisa melhorar, as pessoas me parecem bem unidas e motivadas e isso cria um bom ambiente para se trabalhar.’’

P – Qual a relação de vocês com a Renault, neste primeiro ano?

GF – A gente tem um bom relacionamento com a Renault, é o primeiro ano da equipe junto com a Renault e eu peguei isso já andando pela metade, mas eu não vejo nenhum grande problema com o relacionamento com a Renault. Muito pelo contrário a gente tem um bom relacionamento com a Renault e nós estamos aprendendo a se conhecer e ao longo do tempo, eu acho que esse relacionamento deve melhorar.

A equipe está trabalhando para a próxima temporada, mas quando perguntado sobre o que a McLaren vê a longo prazo, já pensando em 2021 quando o regulamento sofre alterações, Ferran diz: ”A gente está tentando melhorar o mais rápido possível, mas ao mesmo tempo a gente entende que, o desafio é grande e a coisa é difícil e que a oportunidade mais definida, séria em 2021. Mas isso não quer dizer que a gente não esteja tentando chegar lá o mais rápido possível.’’

Fotos: Media Centre McLaren

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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