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Do C.2 Phaeton ao Porsche 911 GT3 Cup 2 4.0, assim vejo os esportivos de Stuttgart

Um gole de Pepsi!

Como não amar uma marca?

Fácil meu pequeno padawan, não há entenda!

Cresci quando criança assistindo a uma briga terrena entre chevroleteiros defensores dos seis canecos em linha contra os fordeiros e os seus V8, ambos tinham boas defesas e acusações contra os adversários, porém sempre tivemos um carinho especial aos mais simplistas e felizes donos dos Fuscas, esses não sabiam que possuíam uma obra de arte ou como alguns já a trataram, joias sobre rodas e que poucos davam valor ali entre morros e colinas nas ruas de Guaxupé, contudo no DNA desses carros ou melhor, ao mais divino, mais contemplativo a beleza expressa desses carros, no gênesis dele existia um carro e um homem que não faziam a menor ideia que um dia aquela iniciativa passaria pelo Fusca e teria uma passagem vitoriosa de longa data pelo Porsche 911.

Como dito acima, os fãs das marcas estadunidenses GMC e Ford entendiam dos carros e caminhões que possuíam, as histórias das duas marcas sempre foram marcadas pelo folclore do sonho americano, já dos carros alemãs tais como Porsche e até da Volkswagen eram histórias maculadas por um passado de guerra, o que muitos não se coçavam de curiosidade para saber.

Uma paçoca!

Sabe aquela sensação de possuir algo do qual você tem total confiança que o valor pago por ele está nitidamente atrelado ao que se gastou na sua construção porém, você ignora vergonhosamente o que a história, sangue, suor, café e paçocas foram gastas na sua concepção, do qual ao meu ver valoriza e muito mais o carro.

Ferdinand Porsche, o criador, que já foi reverenciado por mais de uma vez aqui nas páginas opositoras a flatline presente nos demais portais que se aventuram pelas ondas do motorsport, este homem materializou um “concept car” que por mais de anos segue em uma constante evolução porém mantendo as suas linhas originais, linhas estas reconhecidas por qualquer ser imortal ou que um dia a terra a de comer, porém linhas que ainda vão se perpetuar pelos próximos anos.

Em sua maestria Carlos Eduardo Valesi tratou sobre a vida do artesão automobilístico em uma postagem que você pode conferir o link Ferdinand Porsche.

Chega uma tábua de frios!

Porém aqui vou tratar da marca Porsche, os rodeios acima foi só para situar o nobre leitor em um cenário distorcido pelo mercado popular brasileiro que trata a realidade dos carros no Brasil como peças ornamentais que são caras e de uso simplista, sem o devido respeito de que se faz ao amar ou compreender a marca.

Acima dei uma linkada entre a Porsche e a Volks, sim, há semelhanças que muito já sabem, porém o que eu desejo que seja entendido é de como ao adquirir um Fusca a pessoa descarta no ato o que esta realmente fazendo, é como uma pessoa que compra um mangalarga marchador e o coloca para fazer a lida de gado, você esta pegando um animal que foi moldado nos verdejantes pastos do sul de Minas Gerais atrelados por anos de uma compreensão humana dessa máquina de músculos que evoluiu de animais selvagens para ser o mais belo equino sobre cascos, com uma marcha refinada e crescente incompatível com as molduras do pastoril, o mesmo se dá aos carros que possuem em seu DNA uma herança dos traços simples do C.2 Paheton, passando pelos belos carros que fizeram história em Le Mans aos atuais esportivos que os seus proprietários são acima de tudo amantes quase que sexuais dos carros de Stuttgart.

Me alongo e peço a carta de cervejas

Pelo que vi neste sábado em Interlagos os consumidores dos produtos do escudo dourado veneram o que se tem nas prateleiras dessa boutique. Uma simples e bem realizada apresentação da Michelin que contou com a ilustre presença do Lucas di Grassi, aglomerou inúmeros proprietários e fãs da marca, somente e tão somente para entender um novo composto de pneus que será disponibilizado pela fabricante francesa aos felizes e contentes proprietários de Porsches desde de lendários 911s e até as SUVs que diga-se de passagem estes, são tão esportivos quanto os seus irmãos de pista.

Durante a corrida a beleza dos carros semelhantes se diferem-se entre si pela destreza dos pilotos que despontavam e os que enfrentavam friamente as diversidades de uma prova de longa duração.

E foram nessas provas de longa duração que os carros da Porsche foram maturados em longas lutas contra os carros esportivos norte-americanos e as tão celebradas Ferraris, do qual, peço licença em afirmar que sou mais dedicado a apreciação dos carros alemães do que os finos italianos.

Peço a conta

Resumo da opera, Porsche Império Cup é um campeonato dedicado e bem contagiante, próximo dos pilotos e equipes porém mais próximo dos fãs do que a maioria das demais categorias, assim, digo que foi sensacional fazer este post, não sentei e o redigi direto, o fiz homeopaticamente, um pouco a cada hora após chegar em Interlagos e por isso ele não é linear, porém eu o desejei!

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.
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