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Diário de Bordo – Trabalhos ocultos nas salas de máquinas

Sabem quando vemos os carros nas pistas com suas pinturas lustrosas e roncos estrondosos? Então vou contar um detalhe para vocês, são pessoas que comem paçocas e escovam os dentes na torneira atrás dos boxes que fazem este maravilhoso mundo do automobilismo chegar até você em sua casa, esqueça o glamour e o luxo, estes dois itens são reservados aos vips e patrocinadores, a graxa na unha é uma benção reservada a poucos.

Kirk tinha o costume de ficar questionando o Uhura ou outra pessoa na ponte de comando sobre as forças dos escudos de defesa da Enterprise, sabe? Então o mesmo ocorre na Stock Car, em meio dia de paddock presenciei e conversei com personagens que demonstram a total semelhança de uma equipe de Stock Car e uma nave como a maior dama da ficção cientifica, a Enterprise. Esqueçam e não me venham falar de semelhanças com os “Star Destroyer” de Star Wars, lá a possibilidade de termos Ewoks pedalando como se não houvesse amanhã para gerar energia para os propulsores, é bem maior do que em Star Trek, onde que as naves da Federação tem sim fundamentos em mecânica e física, nem que sejam nos melhores sonhos e devaneios de um autor de ficção cientifica!

Enfim, foco na Enterprise!

Para os escudos da Enterprise retornarem a um estado que permitisse ao Kirk tempo de fazer uma piadinha e se desvencilhar do raio de ação do inimigo, inúmeros humanos de diversas raças e seres pensantes das mais variadas origens do universo, trabalhavam arduamente para que tudo desse certo.

Para que pilotos como Rafael Suzuki piloto do carro #8 da equipe Hot Car que provou do infortúnio na etapa passada com o estouro totalmente inesperado do seu motor, possa brigar de igual com os demais pilotos do grid, a equipe e seus mecânicos sob a batuta de Amadeu Rodrigues trabalham arduamente para afinar o motor a ser utilizado em terras paulistanas em busca do famigerado prêmio de um milhão de Reais, lembrando também que “carreras são carreras” e a busca do milhão pode favorecer os pilotos menos afortunados que realizando uma prova consistente podem e devem abocanhar pontos preciosos para o campeonato.

Enfim, os trabalhos que se ocultam nos boxes recém reformados do autódromo da zona sul de São Paulo são árduos, dolorosos, irritantes e não menos penosos, porém gratificantes ao final do domingo quando o objetivo foi alcançado, para a vitória almejada ou para os pontos conquistados para o campeonato que se desenrolará ao resto do ano.

Pessoas de diversas etnias, de gostos musicais diferentes, tatuados e não tatuados, hetero ou bi, pessoas com agendas apertadas ou pessoas que simplesmente pensam que o paddock será o meio sem antes buscar lutar pelo começo, enfim, vamos à luta oculta na bravura dos trabalhadores que sabem que segunda-feira o trabalho continuará.

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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