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Nigel Mansell o Leão que precisou de apenas um título

08 de agosto, Nigel Mansell o Leão que precisou de apenas um título - Dia 79 dos 365 dias dos mais importantes da história do automobilismo

Acho que este foi o post mais demorado de todos que eu já redigi, de princípio, havia decidido falar de Nigel Mansell contando como foram os dois títulos conquistados em 1992 na Fórmula 1 e de 1993 na Cart, vulgo Indy, porém, ao ler sua biografia desconfiei que cometeria um erro ao fazer assim, pois estes dois fatos não retratam muito bem quem foi Mansell.

Comecei ele no domingo dia 06 de agosto, porém a cada pesquisa, a cada detalhe, percebia o tão grande ele foi e como a história pode ser tão má com um piloto que esteve entre os maiores, ele é o típico caso do ator coadjuvante que se não brilhar no palco irá ofuscar os protagonistas, não vejo Prost, Senna ou Piquet como os melhores da sua geração sem incluir Nigel Mansell.

FW 14 Um dos carros mais belos já construído na Fórmula 1. Fonte: Williams

| Dos Prolegômenos

Como alguns já sabem, minha catequização na Fórmula 1 tomou moldes na temporada de 1993, onde o Leão já não estava presente, porém, como sua passagem havia sido marcante aos meus catequizadores restava apenas elevar a posição do inglês dentro da sagrada equação dos mitos da Fórmula 1.

| O Sétimo Doctor

Em uma brincadeira nada criativa, decidi ver como ficaria uma relação entre os Doctors da série britânica “Doctor Who” e os campeõs britânicos, uma vez quem sendo um whovian e fã dos pilotos da terra da Rainha, essa brincadeira a muito me agradaria.

De início, relacionei a cada um dos campeões a um dos Doctors, pela ordem de regeneração e a ordem do título de campeão mundial de Fórmula 1, ficou sensacional, pois Nigel Mansell seria o sétimo Doctor, interpretado pelo grande Sylvester McCoy, ou seja, casou como uma luva à época!

Assim na minha cabeça, caso o universo permitisse, Nigel Mansell seria o sétimo Doctor e o melhor que ambos têm pontos em comum, porém devo afastar esse pequeno devaneio de fã uma vez que me autorizei a usar o espaço para refletir sobre outras séries aqui no BP e uma delas seria essa, de Doctors Vs. Drivers.

Então ficamos, assim, tudo certo e nada resolvido, sobre Doctor Who, quem tiver interesse na série recomendo e muito, sobre dicas e por onde começar, recomendo que entrem em contato com o Freddy e a Thays do Doctor Who Brasil, no site deles, que diga-se de passagem é o melhor sobre DW no Brasil e quem conhece, porém não conhecia um dos Doctors da série clássica, como o 7º Doctor, recomendo o post Conheça os Doctors da serie clássica.

| Leão

Quem diria que o Mansell seria um dia campeão de Fórmula 1, isso em 1980, quando estreava na Lotus, ao ver aquele jovem inglês de 27 anos, já nesta época, Mansell como um bom britânico, criou uma ilha, onde apenas residiria ele a esposa Rosane e os seus três filhos, aquele bigode escondia um piloto complexo e desconfiado, um piloto perfeito, pois dentro do cockpit criava ali o seu mundo, se isolava, as poucas vezes que a distração lhe fez uma visita, sucumbiu a ela, pois vamos relembrar umas passagens como no GP do Canadá de 1981 ele decide ultrapassar Prost porém realiza um cálculo errado e acaba saindo da prova.

Mansell em seu habitat natural. Fonte: @Tardis

Vale lembrar também do GP de Mônaco de 1982, quando simplesmente decide por entrar nos boxes quando não havia necessidade, deixando a vitória que lhe era certa escapar, ou quando diverte o mestre e pai celestial do HuEhUe.br, Nelson Piquet, que ao vencer o seu adversário canarinho decide cumprimentar os fãs e ao se levantar dá uma bela de uma testada em uma passarela, isso no GP da Áustria de 1987 quando disputava o título contra o seu companheiro de equipe, que lhe tirou o título ao atingir onde Mansell era mais vulnerável, no emocional, uma rocha britânica que sucumbiu as brincadeiras e tiradas de sarro do brasileiro campeão de 1987, adiando o título de Mansell.

Porém, como todo herói que tem passar por provações, com Mansell não foi diferente e o seu triunfo foi em 1992, quando a bordo da Williams FW 14 conquistaria o título e ficando desempregado a 5 corridas do fim da temporada, única concorrência dele nesta temporada foi ele mesmo, alguns apontam Ayrton Senna, porém ele só estava em pista para engrandecer o título do inglês, pois o Leão devorou a concorrência a ponto de seu própria equipe não precisar mais dele, seria o triste fim de sua carreira, contudo, do outro lado do atlântico ele poderia ainda marcar de vez o seu nome na história do automobilismo mundial, seguiu para terra do Tio Sam onde o chá já não era mais taxado e de encontrar outro brasileiro do qual também estava presente para engrandecer ainda mais o seu título na Cart, agora sim, podemos dizer que ele se aposentou, apesar de pequenos retornos a Fórmula 1 e outras categorias, ele já não tinha nada a provar, o homem que vendeu a casa para custear a sua carreira no início, que teve uma vida regrada e pautada na família e amigos próximos podia e tinha o direito de tentar um retorno, por diversão ou por mera vontade de satisfazer o Leão interno que lhe consumia atrás de velocidade, porém, a temporada de 1993 na Cart foi o seu último ato no palco do automobilismo.

Mansell em sua passagem pena extinta Cart em 1993. Fonte. @IndyCar

| Fora das pistas

O parágrafo final que me tomou um tempo valioso porém que agora ao ser finalizado sinto o peito apertado por escrever, primeiro que Mansell e Doctor Who me levaram a uma montanha russa de emoções, que agora terá o seu loop final ao falar de um dos caras mais sensacionais do tive o prazer de estudar sobre, sim um dos, nascido em 08 de agosto de 1961 eu lhes apresento David Howell Evans, ou simplesmente The Edge, por isso, um dos caras, U2 era uma das únicas bandas de rock que era permitida em casa, meu pai não era muito fã de rock e podava as nossas escolhas, porém U2 era permitido e hoje posso trazer uma música que surgiu da quase saída de Edge do U2, porém ao ficar, escreveu um peça que deu origem a uma das músicas mais icônicas da banda:

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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