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De olho no futuro, FIA e Fórmula E anunciam mudanças

Foto: Envision Virgin Racing 

A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) anunciou nesta quarta-feira (01/07), novas medidas para garantir a sustentabilidade financeira da ABB FIA Fórmula E. A categoria já havia anunciado as primeiras ações de contenção de custos em abril deste ano e, com o campeonato prestes a receber o título de “competição mundial’, agora são apresentadas novas ideias visando a relação custo-eficiência no longo prazo. 

Já para a próxima temporada, serão aplicadas regras mais flexíveis de homologação de equipamentos. Entre as medidas na área ‘Esporte e Regras Técnicas’, estão a redução de 25% na quantidade de pneus disponíveis durante as provas simples, podendo chegar a 50% em rodadas duplas, para cada piloto. 

Além disso, cada equipe deverá levar no máximo 17 pessoas para suas garagens em dias de provas e terão apenas um escritório remoto com não mais que seis pessoas trabalhando à distância. É possível que ainda haja redução no número de discos e pastilhas de freio utilizados durante a temporada e ambas as entidades também estudam formas de diminuir os gastos com softwares, sensores e outras peças. A ideia é cortar o que não for essencial.

Foto: Reprodução Envision Virgin Racing

Junto com todas essas decisões, um Grupo de Trabalho Logístico foi montado para otimizar os custos de transporte considerando os impactos ambientais causados pela categoria.

O plano de longo prazo apresentado pela FIA que envolve eficiência e sustentabilidade quer abrir caminho para novas normas financeiras que preservem o equilíbrio financeiro da Fórmula e sua viabilidade contínua. As equipes já estão com os documentos em mãos para darem seu aval sobre o que foi proposto, mas o objetivo é realmente este: preservar a competitividade com custos controlados mantendo a categoria relevante e sustentável para os construtores. Ou seja, é para todos saírem ganhando.

GEN3

Um ponto-chave de todas essas propostas é o carro a ser utilizado a partir de 2022/23, um novo passo no avanço tecnológico da Fórmula E. O Gen3 entrará na pista na 9ª temporada e deve ficar por quatro anos. 

O processo de escolha dos fornecedores foi mais tranquilo do que se esperava. A seleção ocorreu após votação do Conselho Mundial de Esporte a Motor da FIA, após comparação entre os concorrentes. Foram considerados aspectos técnicos, ambientais, comerciais e financeiros. As primeiras mudanças serão feitas nas seguintes áreas:

  • Chassis: Spark Racing Technology (que na verdade permanece como fornecedor)
  • Baterias: Williams Advanced Technologies
  • Pneus: Hankook Tire & Technology Tyres

Até o fim deste ano deve ser aprovado o novo sistema de baterias e regeneração de energia. A potência deve subir de 250 kW nos qualis e 200 kW nas corridas para 350 kW e 300 kW, respectivamente. Além disso, espera-se que um novo sistema de regeneração integrado no eixo dianteiro permita uma que a carga total de recuperação de energia seja de 600 kW, mais do que o dobro dos atuais 350 kW disponíveis apenas no eixo traseiro no Gen2. Essas mudanças também permitirão que os carros sejam rapidamente recarregados durante as provas, um desejo antigo da tropa liderada por Alejandro Agag. 

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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