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De olho em 2026, Alonso mantém futuro em aberto na Fórmula 1: “não será o último”

Alonso ainda não sabe quando vai se aposentar, o piloto se sente confortável na categoria, mas o próximo campeonato precisará ser observado, assim como outro conjunto de fatores

Fernando Alonso já garantiu sua permanência na Fórmula 1 com a Aston Martin até 2026, mas deixou claro que a temporada de 2026 será crucial para definir os rumos de sua carreira. Aos 43 anos, o bicampeão mundial reconhece a importância do próximo campeonato, mas nega que ele representará seu capítulo final na categoria.

“Será muito importante, sim. Não será a última”, afirmou o espanhol, sinalizando que ainda se vê motivado para continuar competindo além do novo ciclo de regulamento técnico que começa em 2026.

Alonso é atualmente o piloto mais experiente do grid, mas tem enfrentado dificuldades em 2025. Após um início de temporada abaixo do esperado, ele só conseguiu seus primeiros pontos no campeonato durante o Grande Prêmio da Espanha, a nona etapa do ano. O competidor está atrás do companheiro de equipe, Lance Stroll; desta forma, sua permanência na categoria começou a ser questionada.

Bicampeão da Fórmula 1 (2005, 2006), Alonso ainda almeja brigar por títulos e vitórias. Em 2023, Alonso conseguiu brigar por pódios com a Aston Martin, fechando a temporada como quarto colocado do campeonato, mas desde a metade daquele ano, o equipamento começou a perder performance.

Este é o pior início de temporada de Alonso desde 2015, quando enfrentou uma frustrante passagem pela McLaren com motores Honda — marcada pelo famoso desabafo em Suzuka, chamando a unidade de potência de “motor GP2”.

Mesmo com o desempenho aquém em 2024, Alonso renovou com a Aston Martin em um acordo de múltiplos anos, apostando no novo regulamento da Fórmula 1 em 2026 e na parceria com a fornecedora de motores Mercedes para finalmente brigar por uma posição melhor no grid. Essas esperanças também são depositas pelas contratações que a equipe realizou: especialmente com a chegada de Adrian Newey.

Ainda assim, o espanhol evita bater o martelo sobre uma decisão que será tomada apenas no futuro, diante de várias condições. “Acho que preciso ver como o próximo ano começa e quão motivado estou. A cada ano, a temporada começa em um clima diferente”, declarou.

“Há uma sensação diferente em relação ao seu desempenho, o quão competitivo você se sente, o quão motivado você está para manter sua forma física em alto nível — situação pessoal, situação familiar — todas essas coisas desempenham um papel em algumas decisões importantes na vida.”

Alonso já correu com várias gerações de pilotos, mas ainda é um competidor que faz um bom trabalho em pista e é observado com outros olhos. Apesar do início de temporada difícil, muito do desempenho ruim é atribuído ao equipamento e a forma como Alonso quase tenta andar mais que o carro.

“Sei que uma decisão muito importante na vida tomará conta de mim em um futuro próximo, quando eu parar de correr. Fiz minha primeira corrida de kart aos três anos. Tenho 43 anos. Então, durante 40 anos, tive um volante em minhas mãos e sei que um dia terei que parar.”

“E essa é uma decisão importante que vou pensar com cuidado. Já parei a Fórmula 1 uma vez em 2018 e voltei porque precisava. Então, a próxima que eu tomar, tem que ser com 100% de certeza.”

Alonso espera experimentar os novos carros da categoria, até para sentir como estará o projeto da Aston Martin para o próximo campeonato. Se todo o investimento por parte do time e suas apostas, estavam corretas.

“Você precisa sentir quando chega a hora, e eu ainda não sinto. Entro no carro e estou no grid, e estou muito feliz por estar lá, motivado e com um bom desempenho”, disse ele.

“No fim do dia, o relógio também me dirá quando devo parar. Ou tenho uma condição física ruim, ou sinto dor ao dirigir, ou algo assim, isso também pode acontecer. Às vezes você se machuca um pouco e faz algumas corridas ruins.”

“Mas se o mantivermos saudável e em boas condições, o relógio também me dirá um dia que não me sinto rápido o suficiente ou que não consigo completar a volta. Mas, até agora, estou feliz com isso.”

“Fico feliz quando estou no grid. Quando termino a corrida no domingo, mesmo que os resultados não sejam bons no momento, estou muito motivado para ir para a próxima corrida e tentar superar a corrida ruim e ter uma melhor. Então, todas essas coisas estão muito vividas agora, mas não há garantia de que isso durará para sempre.”

Fernando Alonso está se mantendo aberto a possibilidade de seguir além de 2026 — ou encerrar uma das carreiras mais longevas da história da Fórmula 1.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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