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Crônicas Húngaras – Max Verstappen, o piloto da nova geração que está fazendo história

Eu sou a Melzi, uma gatinha preta que está lamentando a última corrida da Fórmula 1… Que bom que é uma breve férias e logo, logo, vou estar com vocês mais uma vez.

Bom, mas antes de me despedir, vou comentar sobre o Grande Prêmio da Hungria, onde de fato, eu mais do que Emily, não acreditava em um final de semana tão emocionante, principalmente por conta das últimas três corridas. No entanto a Fórmula 1 ainda pode emocionar a gente de diferentes formas.

Os humanos se emocionam com qualquer coisa que um filhote faz e se for de gato aí que as salvas de palmas começam ainda cedo. Eles gostam da nossa calda arrebitada, nossos pulos inesperados quando começamos a desbravar o mundo, caçando pequenos insetos. Usar a caixa de areia vira um momento de comemoração e algumas vezes ganhamos um Whiskas para incentivar o nosso desenvolvimento!

E por que falar da conquistas de um filhote para vocês? Pois bem, Max Verstappen é de certa forma o filhote da Fórmula 1… O piloto que faz parte da nova geração, que começa a desbravar as suas primeiras conquistas a cada final de semana. Hamilton e Vettel fazem parte de uma geração recente, mas não estão na mesma fase que a do holandês, de obter os primeiros feitos.

Neste final de semana Verstappen conquistou a pole, mais esperada da sua carreira. Para algumas pessoas passou a ser homem, para outros… é um garoto, ainda em fase de lapidação. O holandês já tinha sete vitórias na conta, mas nada da tão sonhada volta rápida, mais marcante de um final de semana. O fator decisivo foi a determinação, além disso ele não se contentou com o primeiro giro rápido e melhorou aquilo que já era ”perfeito”. A outra vertente, foi a equipe acreditar no motor Honda para está temporada e obter a primeira pole, desde a volta da fornecedora. 

Vocês certamente, assim como eu, ouviram comentários nos últimos dias sobre se classificar bem na Hungria ser a coisa mais importante. A Emily escutou aquela coisa chamada podcast, além de comentar comigo sobre as enumeras variações. Concordo com todos eles, faz muita diferença…

Emily ainda me falou a respeito da Red Bull ter intensificado o treinamento de largada com Max Verstappen e parece que isso de fato aconteceu, pois o holandês tracionou muito bem, assim que as luzes vermelhas se apagaram. Max deixou o lado esquerdo, para ”fechar” Lewis Hamilton do outro lado da pista e defender a posição com garra, para logo depois abrir vantagem para o segundo colocado.

A largada ainda trouxe o toque inesperado entre Charles Leclerc e Valtteri Bottas, onde o finlandês ficou com o bigode do carro avariado e após uma parada nos boxes, caiu para a última posição, precisando remar todo o grid, mas com bastante dificuldade por conta do circuito travado.

Na ponta Verstappen precisou se defender dos ataques de Hamilton e o filhote por ser mais novo, mostrava bastante destreza em seus movimentos rápidos, mas o mais velho, longe de abandonar a disputa, também mostrou todo o seu potencial.

As voltas seguiram, teve a parada nos boxes e devido a proximidade deles, não tiveram como se desgrudar e a perseguição continuou. No mundo dos felinos é normal isso acontecer, existe uma troca, nos aprendemos muito sobre defesa e ataque, por isso assisto as corridas de Fórmula 1, com tamanha emoção.  

As estratégias traçadas contaram muito para o resto da corrida, pois Verstappen e Hamilton tinham altas chances de precisar de um segundo pit-stop. E isso de fato aconteceu, mas apenas para o inglês que soube o momento certo de parar, por conta da equipe. A Red Bull por outro lado perdeu o momento e passou a contar com a sorte. 

Nas últimas quinze voltas, parecia que o holandês cruzaria a linha de chegada na primeira posição tranquilamente, mas com os pneus desgastados, começou a perder rendimento e cometer alguns erros. Hamilton aproveitou para diminuir a diferença e a cinco voltas do final já havia caído para menos de um segundo e a ultrapassagem aconteceu na pista.

Verstappen ofereceu o lado errado, talvez se tivesse mantido o traçado, teria arrastado a disputa um pouco mais… em contrapartida os pneus estavam bem desgastados. O segundo lugar não era uma vitória, mas passou muito perto, até porque ele tinha ditado o ritmo da prova até aquele momento.

Da segunda posição, para o terceiro lugar a distância estava a se perder de vista e a Red Bull resolveu parar o Max mais uma vez, para lutar pela volta mais rápida. E assim foi até a última volta. Hamilton cruzou a linha de chegada na primeira posição, com Verstappen logo atrás em ritmo de classificação.

Como mencionei, o terceiro colocado concluiu a prova, quase um segundo depois, Sebastian Vettel, demostrando uma nova fase, após ultrapassar o companheiro de equipe na pista, com pneus mais macios por ter conservado o primeiro jogo tão bem.

Mesmo com a disparidade entre os dois primeiros carros e a dupla da Ferrari, o GP da Hungria forneceu boas disputas, principalmente com a formação dos famosos trenzinhos, por aqueles que disputavam a décima posição.

Até aqui foram vários momentos de aprendizado, Leclerc aprendeu a ser mais aguerrido, a recompensa de Verstappen veio, Vettel recuperou as suas forças e por ai vai…Max Verstappen colocou seu nome na história, a ser lembrado como o centésimo piloto a conquistar uma pole… O que será que a segunda parte da temporada nos reserva? 

Volto para o GP da Bélgica, com uma tristeza pelas férias, mas ainda tem muita ação nas pistas, principalmente com a Stock Car. A Emily completa mais um ano de vida no dia da Corrida do milhão da Stock Car, não deixem de parabenizar ela e os presentes, vocês podem reverter em Whiskas…

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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