O assunto diversidade, é algo que muitos ainda não conseguem enxergar a importância, principalmente quando muitos acabam acompanhando o esporte na superfície. No entanto, a Comissão Hamilton mostra justamente o contrário, precisamos abordar esse assunto, mudar o esporte e mudar as condições.
Criada em junho de 2020, a Comissão Hamilton teve o seu nascimento com o propósito de promover a diversidade dentro do automobilismo, mas também de realizar a inclusão de pessoas negras. A iniciativa tem o apoio da Royal Academy of Engineering, que realizou pesquisas para compreender da melhor forma, o motivo da ausência destas pessoas.
O relatório aponta que menos de 1% dos profissionais que trabalham na Fórmula 1 são negros, dentre os 40 mil que estão na categoria. Após dez meses de pesquisa, a Comissão mostra que existem vários fatores para que os negros não estejam no automobilismo, com a falta de incentivo nas escolas, a própria localização das fábricas desta indústria e a falta de instrução sobre como seguir nestes caminhos.
Foi olhando uma foto do final da temporada de 2019, que Hamilton notou a falta de diversidade e a falta de representação. Ter o exemplo de outros, se ver neles é fundamental para que o interesse aconteça.
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No início da Comissão, já era discutida a nota que os jovens negros acabam tendo em exatas, algo que começa no início da sua vida escolar e perdura por todos os outros passos que estes jovens acabam dando. Acaba impactando diretamente na falta destas pessoas buscando cursos de engenharia e nos outros âmbitos profissionais.
“Com as oportunidades e o apoio corretos, os jovens podem se destacar em tudo o que desejam, mas nossa pesquisa mostra que muitos jovens negros estão sendo excluídos das oportunidades dentro das STEM e tendo seu potencial limitado”, disse Hamilton.
“Embora eu tenha desfrutado de uma carreira de sucesso no automobilismo, tem sido um caminho solitário como um dos poucos negros na Fórmula 1 e, após 15 anos de espera para que a mudasse, percebi que tinha que agir sozinho.”
Para promover a mudança no automobilismo, a Comissão Hamilton realizou algumas propostas, como sugerir para as equipes de Fórmula 1 e outras organizações do automobilismo, para implementar a diversidade e a inclusão no automobilismo. Além de convocar a F1 e os órgãos de automobilismo para ampliar o acesso ao automobilismo, expandindo os seus programas de formação e experiência de trabalho.
“Para fazer isso, eu precisava entender o que estava impedindo a indústria de ser tão diversa quanto o mundo ao seu redor. Por meio da pesquisa da Comissão, podemos ver que há passos claros e significativos que a indústria do automobilismo precisa criar um ambiente mais inclusivo onde a diversidade possa prosperar, mas também que devemos enfrentar as barreiras que os alunos negros enfrentam ao longo de sua jornada educacional.”
“Reconheço algumas dessas barreiras por experiência própria, mas nossas descobertas abriram meus olhos para o alcance desses problemas. Agora que estou armado com as recomendações da Comissão, estou pessoalmente empenhado em garantir que elas sejam postas em prática. Estou muito orgulhoso do nosso trabalho até agora, mas este é realmente apenas o começo.”
Hamilton é um símbolo, sete vezes campeão, bem-sucedido, mas não pode ser a única história de sucesso na Fórmula 1. O esporte precisa passar pela formação, falar sobre isso, rever os problemas e analisar e garantir que no futuro teremos um ambiente melhor.
“Vamos reservar um tempo para ler e refletir sobre todas as descobertas, mas concordamos plenamente que precisamos aumentar a diversidade em todo o esporte e tomamos medidas para resolver isso e anunciaremos mais ações nos próximos dias”, disse Stefano Domenicali, CEO e presidente da F1.
“Queremos um esporte que represente nossa base de fãs extremamente diversificada e é por isso que a Fórmula 1, a FIA e todas as equipes estão trabalhando duro para cumprir nossos planos detalhados para criar mudanças positivas em todo o esporte. Sempre há mais a fazer e o relatório irá estimular pensamentos sobre outras ações que são necessárias.”
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