A Haas deu preferencia por não ousar na sua escolha e com está decisão vai manter a dupla de pilotos para 2020, que vão para o quarto ano consecutivo trabalhando juntos.
O mais certo após está temporada, que ainda tem sete etapas na sua continuação, estava em optar pela mudança da dupla, até porque se ignorarmos os tramites financeiros da Racing Point no ano passado, manter Estaban Ocon e Sergio Pérez na equipe era inviável principalmente pelas trocas de faísca na pista, foi exatamente na corrida em Singapura de 2018 que os dois acabaram batendo e o francês foi eliminado da prova. Romain Grosjean e Kevin Magnussen já se enfrentaram por três vezes na pista, apenas nesta temporada e a equipe não está na posição mais agradável do campeonato para perder pontos ou até mesmo peças com suas batidas.
A equipe americana tinha em vista Nico Hulkenberg com um nome possível para integrar o time, mas após uma conversa entre Gunther Steiner e Gene Haas a opção de manter a dupla para ambos foi a escolha mais sensata. A opção se deu, por conta dos problemas que eles vem enfrentando com o carro do time, em alguns momentos ele é tão eficaz em pista e está disputando com o meio de pelotão e em outros instantes eles simplesmente não tem desempenho e habitam as margens do grid. De fato ninguém sabe o motivo para que isso esteja ocorrendo, mas Romain Grosjean vem tentando colaborar para que os problemas sejam identificados.
Outro ponto da lista está na forma de pilotagem de Magnussen e Grosjean que não combina em nada com o carro que está sendo utilizado; com isso o francês tem dez pontos a menos que o dinamarquês, mas isso não muda o fato deles somarem apenas 26 pontos juntos.
Na balança foi necessário colocar, as coisas que Grosjean fez pelo time, as soluções que ele trouxe para a equipe e até mesmo os pontos que ele perdeu, principalmente na temporada anterior. Nico Huklenberg ainda era um tiro no escuro para o time, pois eles sabem e conhecem a forma do trabalho dos pilotos que eles tem, e Hulekneberg seria correspondente a uma peça totalmente nova e desta forma eles caíram em mais questões. Para nós que estamos de fora era quase certa a saída de Grosjean, tendo em vista o que acompanhamos dos bastidores. O medo do desconhecido provou ser o sentimento mais difícil para a Haas lidar.
Fora estas opções dentre as cartas que eles tinham na mesa, o mercado de pilotos também não estava favorável para as negociações, principalmente porque vários times já haviam batido o martelo antes. A Haas cavou um buraco depois de 2018, quando fechou as suas portas para a Ferrari, não deixando o time pegar nenhuma peça do quebra-cabeças, restringindo o time italiano a fornecedor de motores, diferente do acento garantido que eles tem na Alfa Romeo, como parte das negociações. Sem o patrocinador master é difícil saber como as coisas vão ficar.
Pelo puro e simples medo da invasão italiana dentro do time americano, a Haas optou por fazer o seu caminho e se ajeitar da melhor forma, mas isso custou o quinto lugar da temporada anterior e o melhor resultado possível é o oitavo lugar que pertence a Alfa Romeo.