CEO da McLaren considera Norris e Piastri em Le Mans no futuro

O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, deixou em aberto a possibilidade de Lando Norris e Oscar Piastri competirem pela equipe nas 24 Horas de Le Mans. A tradicional prova de endurance é parte do WEC (Campeonato Mundial de Endurance), categoria em que a McLaren fará sua estreia em 2027, na classe dos hypercars, após encerrar seu programa na Fórmula E no fim da temporada 2024/25.

No momento, Norris e Piastri estão focados na Fórmula 1, onde travam uma intensa disputa interna pelo título da temporada 2025. O destaque do campeonato tem sido a forma como a McLaren tem se portado com os competidores, permitindo que eles disputem o título, mas seguindo as regras Papaya.

Os dois pilotos estão separados por apenas 31 pontos no campeonato, restando oito etapas para o fim da temporada. Ainda assim, Brown não descarta uma troca entre os programas da equipe no futuro.

Muitos pilotos têm demonstrado interesse no WEC, principalmente com a possibilidade que os pilotos da Fórmula E tem de participar dos dois campeonatos. Com poucas provas ao longo do ano, o Mundial é uma alternativa para alguns competidores, que aproveitam programas das marcas para competir nas provas de resistência.

Porém, é necessário lembrar que o longo calendário da Fórmula 1, além da mania da FIA de conflitar algumas datas, impede o intercâmbio dos pilotos da F1 com outras competições. Como a própria Indy 500.

Em entrevista durante a transmissão da ELMS (European Le Mans Series) em Silverstone, o CEO da McLaren, que lançará um livro em novembro, revelou detalhes sobre a formação da equipe para o WEC. Brown adiantou que o time terá uma mescla de juventude e experiência em seus carros e que alguns pilotos já foram contratados, embora seus nomes ainda não tenham sido divulgados.

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“[Queremos] experiência, com certeza, juventude e experiência”, disse o piloto de 53 anos. “Temos alguns pilotos contratados que obviamente ainda não anunciamos, e estamos perto de contratar os outros.”

“Acho que vamos adotar uma fórmula de dois pilotos em cada carro e depois trazer um terceiro para Le Mans e Catar, e talvez um reserva.

O dirigente também ressaltou que, para provas mais longas, como Le Mans (24 horas) e Catar (10 horas), será necessário ampliar o número de pilotos por carro. Já nas corridas mais curtas, a tendência é manter apenas duas vagas na escalação.

“Ao observar e conversar com os pilotos de algumas dessas corridas mais curtas, a maioria delas, achamos que uma formação de dois pilotos é o caminho a seguir.

“Obviamente, esse não é o caso em Le Mans, você precisa ter três, no Catar são 10 horas, mas nas outras corridas você pode nos ver com uma formação de dois pilotos [em cada carro].”

A possibilidade de contar com Norris e Piastri foi mencionada por Brown ainda no início da temporada, durante a etapa do WEC no Catar. Segundo ele, os dois pilotos da Fórmula 1 demonstraram interesse em disputar Le Mans no futuro.

“Conversei com eles [Norris e Piastri] sobre isso… No futuro, definitivamente será uma opção”, confirmou o CEO da McLaren.

A entrada da McLaren no endurance promete agitar o grid da categoria e, caso se confirme a presença dos pilotos da Fórmula 1 em Le Mans, a expectativa em torno da equipe Papaya será ainda maior.

O time de Woking está em várias categorias e algo que se fala muito é sobre a possibilidade de surgir algumas oportunidades entre os pilotos.

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