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Café com Deborah: O que foi visto no GP da Espanha

Barcelona proporcionou mais uma corrida monótona e mesmo com a entrada do Safety Car na volta 47, as voltas alucinantes do final, foram reduzidas por conta de sua permanência na pista.

lll Mercedes

Mais uma vez se mostrou imbatível, ao meu ver o melhor ano de trabalho realizado por pilotos e equipe, são cinco dobradinhas conquistadas até o momento e 96 pontos separando Mercedes e Ferrari no campeonato de construtores.

Todas as vezes o time italiano trouxe uma atualização, os alemães responderam com algo mais grandioso. Isso tem muito haver com os projetos distintos apresentados por eles, enquanto a Ferrari está tentando corrigir erros, a Mercedes anda para a frente, com o seu projeto bem nascido.

lll Ferrari

Prometeu atualizações para o circuito, além da troca de motor para obter um ritmo melhor nesta fase em que a categoria chega a Europa. Deste os treinos livres o carro se mostrava distante dos líderes da sessão e durante a classificação não teve para ninguém, Bottas sobrou com a pole.

Foi uma pena ver o time italiano, em uma tentativa de largada agressiva, pouco tempo depois se arrastar pelo grid, por conta dos pneus desgastados de Sebastian Vettel e o péssimo time para aplicar as ordens de equipe, (e para este assunto recomendo o #BPCast 32).

Mesmo com os elogios nas melhorias aerodinâmicas tragas para a Espanha, a Mercedes deu um golpe duro com as suas atualizações e novamente a Ferrari voltou a ficar atrás, precisando se preocupar com a Red Bull que segue em desenvolvimento forte.

lll Red Bull

O fator Max Verstappen é o que vem trazendo um tempero para está temporada. Durante o segundo treino livre, a equipe austríaca imprimiu um ritmo de corrida mais forte que o da Ferrari e mostrava que a disputa no domingo seria tão acirrada quanto a classificação.

O holandês vem fazendo uma temporada bem consistente, dono de dois terceiros lugares e outros três, quartos lugares, vem tirando pontos de Sebastian Vettel.

A largada ajudou a desenhar o desenvolvimento da corrida, pois foi neste momento que Verstappen ultrapassou o alemão, deixando o para trás. Este é o segundo pódio da Honda, desde que retornou a Fórmula 1 em 2015, foi também com ele, que holandês voltou a assumir a terceira posição no campeonato.

lll McLaren

Dona da posição mais almejada nesta temporada, a McLaren luta para permanecer no posto de quarta força. É impressionante o salto que a equipe de Woking deu, principalmente com a utilização dos motores Renault.

Sua rival direta é a Racing Point, que não chegou na zona de pontuação nesta última prova.

Outra equipe que visa a posição é a Haas, sexta colocada no campeonato e que vem investindo bastante no carro.

lll Racing Point

A temporada passada e todo o seu desenrolar para a Racing Point foi bem complicada, na metade do ano não se sabia se a equipe aguentaria permanecer no grid e agora vemos ela ocupando a quinta posição no campeonato de construtores.

Infelizmente ainda vemos em vários momento a equipe oscilando e sendo passageira em algumas etapas. Isso acontece com os dois pilotos, mas em especial com Lance Stroll, que possui dois nonos lugares até agora.

A chave para a sua melhora, é utilizar os testes de Barcelona para identificar o que ocorreu em Barcelona e não pode se repetir em outras pistas ao longo da temporada. Nem todo o dinheiro injetado para o desenvolvimento de peças está trazendo uma mudança significativas para o time. Pérez é o maior responsável por trazer pontos, somando sozinho 13 dos 17 que a Racing Point possui.

lll Haas

O melhor resultado da temporada até o momento veio neste GP da Espanha, os dois carros terminaram na zona de pontuação, com Grosjean faturando o primeiro ponto do ano.

A equipe se mostrava confiante e motivada com o novo pacote de atualizações estipulados para esta prova e ele surtiu efeito sim, pois durante o final de semana a equipe se impôs na pista durante os treinos livres e classificação, além de travar uma boa disputa com McLaren e Toro Rosso.

A atitude que mais prejudicou o time, foi o momento em que Kevin Magnussen se defendeu dos ataques de Roman Grosjean, após a segunda rodada de pit-stop. Naquele momento o francês acabou desgastando os pneus nas suas tentativas de ultrapassagem e se tornou alvo fácil para aqueles que vinham logo atrás.

A equipe deixou a Espanha sabendo que precisa fazer mais para conquistar mais pontos e que vão fazer diferença na disputa com McLaren e Racing Point, Alfa Romeo e Renault.

lll Alfa Romeo

Fora do Q3 a equipe perdeu a chance de se posicionar melhor para a largada. A Espanha leva a fama por não ser um circuito com bons pontos de ultrapassagem, portanto se classificar bem era a carta na manga necessária.

Kimi Raikkonen havia pontuado em todas as corridas até chegar em Barcelona. A largada acabou prejudicando o finlandês que espalhou e foi parar na brita, precisando percorrer um pedaço dele, sujando os compostos.

Antonio Giovinazzi segue com azar, após trocar peça no motor no Grande Prêmio do Azerbaijão, a equipe italiana precisou trocar a caixa de câmbio neste final de semana, acarretando uma punição de perda de cinco posições no grid.

A falta de pontos nesta etapa, colocou a Haas a frente da Alfa Romeo. O time segue confiante, apostando que Giovinazzi vai marcar pontos e auxiliar Raikkonen neste confronto.

lll Renault

O time francês não esperava esse baque e ainda mais ocupar a oitava posição no campeonato. Aparentemente a ideia do projeto era muito boa, o time investiu em um carro versátil e com várias configurações, mas o ponto crucial é lidar com todos estes acertos.

A equipe atualmente depende do erro das que estão a sua frente, para galgar pontos e precisando se esforçar para conquistar eles. Foi a segunda corrida consecutiva sem conquistar nenhum ponto, mesmo com as atualizações implementadas.
Quem olha para a equipe, aponta que está não foi a melhor opção para Daniel Ricciado, mas quem podia apostar que isto aconteceria nesta temporada, poderia ser totalmente o contrário.

lll Toro Rosso

A Toro Rosso se mostrou forte na Espanha e em alguns momentos o desempenho de corrida se equiparava ao da Red Bull. Foi uma pena a falta de comunicação levar o time ao pit-stop desastroso, onde Daniil Kvyat e Alexander Albon foram juntos para os boxes na entrada do Safety Car.

Como resultado deste confusão, Kvyat perdeu pelo menos uma posição e Albon mesmo próximo a Grosjean nos instantes finais da prova, não teve tempo suficiente para trabalhar melhor uma tentativa de ultrapassagem.

lll Williams

A equipe de Grove segue perdida e depois da Espanha, rumores começam a surgir sobre a possível substituição de Robert Kubica por Nicholas Latifi, piloto reserva do time.

A questão ainda é complicada, pois o piloto da DAMS ainda não tem os pontos necessários na superlicença para assumir o posto na Williams, dependendo de um quinto lugar ao final da temporada de 2019 da F2, para conseguir os pontos que faltam. No entanto pode-se pedir para a FIA uma liberação, mas que é muito difícil de se conseguir.

O polonês foi superado pelo companheiro de equipe em todas as disputas do ano e tem o fator agravante, pois em muitas delas, mesmo com o desempenho aquém do carro, a diferença entre eles é grande.

Enquanto alguma decisão ou melhorias não ocorrem no time, seguimos vendo a Williams se arrastando pelo grid.

A corrida de Mônaco está logo ai. Não deixem de acompanhar as novidades nos canais do Boletim do Paddock: Twitter, Facebook e Instagram.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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