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BPBEATS 29 | Tava bom? Não, não tava muito bom? Tava mais ou menos! Agora parece que piorou…

BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

RBS – Ricardo Bunnyman Soares: Aqueles que foram subestimados ou superestimados. Qual é o lugar deles na história?

lll RBS: A vida é feita de muitos elementos. Usando um clichezão, cada um tem uma trilha sonora que remete a uma fase que passamos que a torna especial, talvez por menos que se goste do que se ouve.

lll CEV – Carlos Eduardo Valesi: Nisso estou 100% de acordo. Tem músicas que incrustam na sua história, quer você goste, quer não. E eu duvido que exista algum brasileiro com mais de 40 anos que não tenha uma memória pulando no cérebro logo nos primeiros acordes dessa próxima.

lll RBS: Óia o Valesi concordando! Milagre! E acho que o Thiago Raposo do Café com Velocidade também deve concordar, ao menos em partes por conta dos Engenheiros.

lll RBS: O 4 vezes campeão, Sebastian Vettel tem fãs e haters (e quem não tem hoje), consegue dividir “analistas” que são imparciais.

lll CEV: Capaz até de nós mesmos termos um ou outro. Mas no nosso caso, é completamente justificável.

lll RBS: 4 vezes campeão, com um carro campeão e companheiros de equipe menos talentosos. Ao encontrar pilotos que eram tão rápidos quanto, levanta-se uma das dúvidas da década: Vettel é essa Coca-Cola toda?

lll CEV: Vettel entra naquele balaio das pessoas de quem esperamos sempre mais. É óbvio que o que ele fez no começo dos anos 10 é histórico, e não se esqueçam que o alemão teve que lutar contra adversários no mínimo acima da média. O grande problema de Sebastian foi ter chegado a um patamar tão alto tão cedo. Ele sobreviveu a ponto de se tornar um vilão.

lll RBS: Uma banda que gera muito questionamento é o U2. Um grande movimento e estouro após seu segundo álbum de 1983 (War) tornou os irlandeses uma das referências do pop rock (alternativo em alguns rótulos) dos anos 80, 90 e até hoje.

lll RBS: Mas a abordagem messiânica do Bono Vox e seus discípulos gera certo desconforto até hoje. Muitas vezes tachado de hipócrita, essa fama acaba manchando parte do legado musical da banda chegando a se questionar se são tão excelentes quanto dizem ser.

lll CEV: Bunnyman, vou te contar que até o Rattle and Hum, de 88, eu acho que eles fizeram um bom trabalho. Daí pra frente, a banda se tornou outra coisa, pior. Mas vou quebrar uma regra do Beats e colocar duas seguidas do mesmo artista porque eles fizeram UMA coisa espetacular após os anos 80: o vídeo desta música (que é passável) é uma obra prima de sincronia e uma homenagem à música tão bonita que não poderia ficar fora desta coluna.

lll RBS: O que aconteceu com esse homem?… Tamos concordando!

lll RBS: Assim como “O melhor piloto do grid da F1 até pouco tempo atrás”, Fernando Alonso, bicampeão (2005, 2006), considerado um gênio excêntrico que mostra resultado. Conseguindo tomar a equipe para si em momentos que supomos conflitos internos (para não dizer ambientes infernais). Muitos o amam e muitos o odeiam. Uns acham que ele é simplesmente azarado por escolher equipes certas nas horas erradas, outros acham que foi melhor ele ter seguido seu caminho longe da F1.

lll CEV: Alonso é inegavelmente rápido, ousado na pista, inteligente fora dela. Agressivo dentro e fora, talvez tenha feito algumas escolhas erradas, mas em outros casos sua fome por ter tudo o que a equipe poderia oferecer acabou asfixiando as chances de título, como um buraco negro que sugasse toda a energia necessária para a vitória. Um gênio indomável, inegavelmente subestimado hoje. Mas não se pode remendar o que já foi feito.

lll RBS: Nico Rosberg sempre foi questionado durante sua carreira na Mercedes depois que Lewis Hamilton veio da McLaren.

lll RBS: Na época, a Mercedes não era toda essa potência e seu rival anterior, o multicampeão Michael Schumacher já não era aquele piloto dos velhos tempos de Ferrari.

lll RBS: Logo no primeiro ano, Hamilton se impôs na equipe e venceu na disputa interna assim como nos anos seguintes, com exceção de 2016 onde foi campeão e dias depois deixou a Fórmula 1.

lll RBS: Mas esse ‘pau’ que levou durante anos indica que Rosberg é um piloto ruim? Ou indica que Hamilton está um ou mais degraus acima?

lll CEV: Rosberg foi outro piloto constantemente subestimado. Eu o comparo a Barrichello: sem dúvidas muito rápido e cerebral, destacando-se da média facilmente, mas tendo que conviver com um monstro ao lado.

lll CEV: Ele nunca teria chances de ser notado. O fato de ter conseguido aproveitar a conjunção astral que lhe deu o título e, principalmente, ter saído na crista da onda, significa que ele sabia o seu lugar no tempo e na história. Eu bato palmas para Rosberg, o título dele foi como essa versão: muito acima do esperado.

lll RBS: E Lewis Hamilton que hoje está na crista da onda, com as duas mãos em seu quinto título anda ainda na sombra de antigas lendas como Prost, Senna e Schumacher quando se fala sobre “Os Melhores Pilotos de Todos os Tempos”. Eu acho que estamos em uma época histórica mas eu vou deixar essa bomba para você Valesi dissertar sozinho. É o tipo de posicionamento hoje que atrai fãs insanos e haters sem argumento. Vamos dar asas às polêmicas novamente após o Vettel lá em cima.

lll CEV: Muy amigo o senhor, hein? Eu acho que nenhum de nós (não, não irei tocar Astronauta de Mármore nem Camila, já coloquei Britney, chega) tem capacidade de analisar racionalmente a história enquanto ela é feita. E Lewis já faz parte da história da Fórmula 1 – além de seu desempenho em pista, inaugurou a era dos pilotos web celebridades, assim como Senna criou a geração de pilotos com preparo físico impecável. Seus títulos e sua personalidade o tornam um dos rostos mais conhecidos do esporte, e provavelmente o maior embaixador informal da Fórmula 1 atual. Na minha opinião, não há como superestimar Lewis Hamilton. Ele já está no meu top 5 pessoal de melhores pilotos que vi correr.

lll CEV: Aliás, Bunnyman, faz tempo que não fazemos uma seção de listas. Tô com saudades da polêmica dos rankings. E acho que vou assistir Alta Fidelidade de novo. Nem se for porque eu e o Bunnyman poderíamos facilmente fazer os papéis daqueles dois empregados da loja de discos.

lll RBS: Completamente concordado! Mas gosto de Belle & Sebastian e Katrina & The Waves. Isso aí dá ideia para fazermos algo, hein? Quem sabe se os leitores quiserem bolamos algo.

lll RBS: Muitos dizem que Kimi Räikkönen é a reencarnação de James Hunt. Já foi baladeiro, bebe, fuma,… é um ser humano “sem frescuras” e sem muitos protocolos como seus demais contemporâneos. Um dos jovens prodígios que apareceram no século 21 com uma pilotagem arrojada.

lll RBS: Mas dizem também que seu título na categoria é questionável pois dos postulantes ele era o que tinha menos chance e só foi campeão porque Lewis Hamilton e Fernando Alonso brigavam entre si na McLaren.

lll CEV: Até aí, mantemos a comparação com Hunt, certo? Título único, última prova, condições especiais no campeonato. Certo é que Kimi está aí ainda, aos 40 anos, prestes a tornar-se o homem que mais vezes participou de uma prova de Fórmula 1 e, se não conseguiu mais títulos (aliás, informação inútil do dia: Raikkonen e Rosberg pai foram os dois únicos pilotos a ter mais vitórias em uma temporada onde não ganharam o título do que na temporada vitoriosa), nos brindou com atuações incríveis e uma infinidade de frases e memes. Precisamos urgentemente achar o novo Kimi Raikkonen.

lll RBS: Um gentleman como pessoa e como piloto. O cara que sabe trocar os pneus na hora correta quando a chuva pensa em cair ou cessar. Jenson Button conseguiu fazer história na meteórica Brawn GP em 2009. Uma equipe composta de dois “grandes segundos pilotos”.

lll RBS: E mais uma vez, o mérito recai no carro. O difusor soprado foi considerado uma genialidade e um item de desequilíbrio para as demais equipes. Mas quem foi campeão com o pior carro?

lll CEV: Keke Rosberg em 82, Piquet em 83, Prost em 86, Kimi em 2007… Quer que eu continue? Eu me recuso a falar de um piloto cujo maior triunfo foi vencer a corrida MAIS DEMORADA DA HISTÓRIA DA FÓRMULA 1! Só isso já nos dá a medida da velocidade do sujeito. Para ele, fica meu recado:

lll RBS: Jacques Villeneuve é outro que tem um currículo bacana mas é questionado. Além de campeão na Fórmula 1, também é vencedor das 500 Milhas de Indianápolis assim como do campeonato da Indy ambos em 1995. Em 1997 venceu a Fórmula 1 em cima de Schumacher (inclusive foi vítima da jogada que fez o alemão ser desclassificado do campeonato).

Fato é que depois disso, Villeneuve virou cantor…

lll CEV: O que ele faz com a mesma perícia com que pilotava.

lll CEV: Mas fiquemos por aqui. Comentem o que vocês acham dos pilotos citados, ou façam algo ainda melhor: escrevam dois nomes nos comentários, um de um piloto que vocês acreditam ter sido subestimado e outro de um piloto que foi superestimado, sem dizer qual é qual. Eu, Bunnyman e quem mais quiser se juntar à brincadeira tentaremos acertar. Fiquem com uma das bandas mais subestimadas da história da música.

https://www.youtube.com/watch?v=yRCmg-22jnE

lll BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

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BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

Carlos Eduardo Valesi

Velho demais para ter a pretensão de ser levado a sério, Valesi segue a Fórmula 1 desde 1987, mas sabe que isso não significa p* nenhuma pois desde meados da década de 90 vê as corridas acompanhado pelo seu amigo Jack Daniels. Ferrarista fanático, jura (embora não acredite) que isto não influencia na sua opinião de que Schumacher foi o melhor de todos, o que obviamente já o colocou em confusão. Encontrado facilmente no Setor A de Interlagos e na sua conta no Tweeter @cevalesi, mas não vai aceitar sua solicitação nas outras redes sociais porque também não é assim tão fácil. Paga no máximo 40 mangos numa foto do Button cometendo um crime.

Ricardo Bunnyman

Ricardo Bunnyman tinha o sonho de ter uma loja de discos que também vendesse HQ's mas virou profissional de TI mesmo tendo cursado psicologia. Como ser músico e/ou DJ não foi possível, se diverte como host do AutoRadio Podcast e fundou o OsKarteiro para que pudesse andar de kart mensalmente com os camaradas.
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